- 𝗡𝗮𝗿𝗿𝗮𝗱𝗼𝗿 𝗣𝗼𝗶𝗻𝘁 𝗼𝗳 𝗩𝗶𝘀𝗶𝗼𝗻 -Eram por volta das cinco horas da tarde quando os Madrigal começaram a receber os moradores de Encanto para o evento.
Estavam todos muito eufóricos, alegria pairando sobre o ar, música contagiante e a comida extremamente cheirosa. Estavam todos de alto astral.
Camilo estava a receber as pessoas na porta da casa, se transformando em cada uma delas. Luísa ajudava com os "transportes", bem, os burros.
Os Rodríguez foram recebidos exclusivamente pela matriarca da família, aparentemente, ela já vos conhecia.
– Antonella, minha querida! – Alma cumprimentou a matriarca dos Rodríguez, curiosamente ela parecia... nostálgica?
Seus olhos transmitiam um ar de saudades, como se já a conhecesse faziam anos, mas a mente de Margarida não encontrava algum porquê.
– Sejam muito bem-vindos a nossa vila, a Encanto.
– É uma honra estar a visitar este maravilhoso lugar, Alma, somos muito gratos pelo convite. – Antonella agradeceu gentilmente.
– Não é nada, estamos contentes por virem presenciar a cerimônia do nosso pequeno.
– Oh sim, tenho certeza que o pequeno Antônio ganhará um dom tão especial quanto ele.
— 𝗠𝗮𝗿𝗴𝗮𝗿𝗶𝗱𝗮 𝗣𝗼𝗶𝗻𝘁 𝗼𝗳 𝗩𝗶𝘀𝗶𝗼𝗻 —
Abuela e a Sra. Madrigal estavam a papear algumas coisas, nem estava a prestar minha atenção até que vovó fala algo. Antônio? Como ela sabia o nome do garotinho?
– Estamos ansiosos também, pelo que eu saiba você tem uma garotinha também, não é? – O quê?
– Ah claro! – Abuela exclama de supetão – Sofía, cariño, pode vir até aqui? – ela pediu com calma para Sofía que estava observando algumas formigas. Ela foi até Abuela timidamente.
– Esta é a minha neta mais nova, Sofía, tem quase a idade do seu menino. – Antonella apresentou Sofía enquanto afastava os seus cabelos do rosto, Sofía por sua vez, cumprimentava a mais velha com um baixo "Olá".
– Que gracinha, tenho certeza que se dará bem com Tônito! – Quanta demora. – Bem, vamos agora, se sintam em casa!
Finalmente, graças ao bom Deus.
Fomos caminhando por um caminho extremamente movimentado e decorado, crianças correndo com chuvinhas acesas nas mãos, muitas velas acesas, flores por toda parte. Era bonito de se ver, principalmente quando se olhava para frente e você podia ver, o que eu suponho ser a casa principal da vila, a dos Madrigal.
Era uma casa obviamente com dois pisos, e havia uma pequena torre do seu lado direito. Era pintada com diversas cores e possuia muitas flores e enfeites, estava realmente bonita.
Meu palpite estava certo, os supostos moradores de Encanto estavam todos a caminho do grande sobrado colorido, assim como nós fomos. Alma nos levou até a casa onde parecia maior ainda pelo seu interior.
Muita comida, música, dança, conversas e principalmente, pessoas.
Pessoas.
Não era um problema para mim, mas eu sabia exatamente quem não estava gostando nada daquilo.
Antônio.
Irmão gêmeo de Miguel, filho da tia Valentina, vulgo meu primo.
Antônio era um garoto tímido ao extremo, anti-social, detestava locais aglomerados. Porém ele era uma jóia rara, diferente da peste do seu gêmeo.
Olhei pro lado, não via mais ninguém da minha família. Procurei alguém conhecido pelo espaço e achei ele, no cantinho, tentando de alguma forma desparecer dalí. Estava desconfortável.
Fui até ele, agarrei a sua mão, e o arrastei para o lado se fora. Antônio soltou todo o ar do mundo, e pareceu nem notar que havia prendido.
– Margarida, p-porque você fez isso? Eu tô bem.. – ele me questionou com a sua voz doce, ele era um anjo. Eu apenas coloquei a mão no seu ombro.
– Está tudo bem, você não precisa ficar lá se não quiser, mas quem sabe você não deixe sabe uma certa prima sua um ano mais nova que você, ahn, não sei sabe, tentar te fazer se divertir um pouquinho... – eu insinuei boba fazendo o rir um pouco.
– Olha... – ele olhou pros meus olhos pidões. Suspirou. – Tá bom, vai.
Isso! Eu sorri e puxei o seu braço novamente o trazendo pra dentro, porém em um lugar um pouco mais afastado, com menos gente.
Comecei a balançar os seus braços em uma dança divertida, enquanto ele permanecia duro feito uma porta, porém com um sorrisinho amarelo.
Antônio passou a se soltar um pouco mais, até esbarrou com um garoto perto dalí e começou a conversar com ele. Ele estava mais feliz.
Agora quem estava cansada era eu, ofegante de tanto rodopiar e rir com Antônio, parecia que havia passado horas, quando a cerimônia começaria?
Precisava ir ao banheiro, então adentrei mais a casa a procura do mesmo. Lá dentro estava um tanto escuro, tanto que eu nem percebi o momento em que eu tropecei em alguém e dei de cara no chão.
– Desgraça!
Eu conheço essa voz, espera, Miguel?
Procurei pelo rosto do indivíduo e era exatamente quem eu suspeitava.
– O que diabos você está fazendo aqui?
– Hum, talvez seja porque eu fui convidado assim como você, priminha.
– Tanto faz, dá licença que eu preciso ir ao banheiro antes que a cerimônia comece.
– Não vai entupir a privada, Rida. – ele zombou
Fiz um gesto obsceno e ele riu, tonto. Finalmente pude ir fazer minhas necessidades e agora estava muito melhor. Voltei para a sala principal e percebi que agora estavam todos quietos. Havia começado.
Avistei a minha família toda reunida perto das escadas e fui discretamente até eles.
– Onde você estava? – Catarina me murmurou.
– Não importa.
Estavam todos muito ansiosos, apenas esperando a matriarca dar início, e ela o fez.
– 50 anos atrás. No nosso momento mais sombrio esta vela nos abençoou com um milagre e a nossa maior honra é usar nossas bênçãos para servir esta tão amada comunidade. Esta noite, nos reunimos enquanto mais um dá um passo pra luz, para nos orgulhar.
Batidas e aplausos foram ouvidas e a cortina que escondia a entrada principal foi aberta revelando um menino de cabelos cacheados.
Ele parecia atordoado em meio de tantas palmas. Olhou para o lado como se houvesse alguém alí e estendeu a mão, os olhinhos suplicantes, e para minha surpresa tinha, porque uma menina de óculos redondos surgiu e pegou na sua mão.
Ouvi alguns murmúrios pelo salão todo, e notei a família Madrigal ficar confusa e... desconfortável?
Os dois caminharam lentamente até as escadas, e assim até a porta mágica que ainda se formava. Ele fez seu juramento, e se direcionou a porta. Quando sua mão tocou a maçaneta dourada uma enorme claridade passageira tomou conta do lugar, não me permitindo abrir os olhos.
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𝐎𝐏𝐔𝐄𝐒𝐓𝐎𝐒, camilo madrigal
RandomOs Madrigais não eram a única família mágica, nunca foram, pelo menos na Colômbia. A vila Sileo era um lugar encantador, colorido e muito alegre. Assim como Encanto, havia uma família mágica, a família que fundara Sileo, os Rodríguez. Os dois povoad...