Capítulo 17

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Cooper

Porra por que esse celular não para de tocar? Essa é terceira vez que ele toca, sinto o Kulap resmungar com a cabeça sobre meu peitoral, certo, eu não tenho escolha se não atender a chamada pois temos que o meu namorado possa acordar de mau humor, ainda de olhos fechados procuro pelo celular em cima do criado mudo e ao achar ele atendo mesmo sem me preocupar ver quem é o idiota me ligando a essa hora, quando eu gostaria de estar aproveitando mais esse tempo dormindo com o meu namorado.

“O que você quer?”

“Oh cara, isso não é uma chamada.” Certo pela voz esse é o Aam. “É um vídeo chamada, agora afasta esse celular da sua orelha que não é ela que queremos ver.”

Abri os olhos de imediato e olhei para o celular, Aam ri da minha reação atrás dele estão Pat e Mean que acena para mim.

“Merda!” Digo. Kulap resmunga novamente.

“Porra!” Exclamou Aam, ele puxou a tela para mais perto de si para que Pat e Mean pudessem visualizar. “Olha o namorado dele dormindo no braço dele.”

Ao ouvi-lo dizer isso me dou conta de que estou expondo o Kulap na chamada, imediatamente me sentei com cuidado para não acordar meu namorado, e posicionei o celular em um ângulo em que eles não possam vê-lo.

“Digam logo o que vocês querem.”

“É algo importante que a gente precisa te dizer, você precisa vir logo pro campus.” Explica Pat.

Suspirei coçando a cabeça.

“Por que vocês não me digam logo já que me ligaram?”

“Porque se fosse pra falar por vídeo chamada não pediriamos para você se apressar em vir pro campus nos encontrar.” Rebateu Mean.

“É sobre o P’Kulap.” Aam sussurra. O que me deixa intrigado, o que eles querem me falar sobre o Kulap? O que há mais eu preciso saber? Ele deve ter percebido a minha dúvida, e então voltou a sussurrar. “Veja na página do campus.”

“Ok.” Digo e encerro a chamada.

Ouço o despertador tocar sobre o criado mudo, Kulap começa a acordar se remexendo na cama até que ele abre os olhos e me ver, ele sorrir.

“Bom dia.”

“Bom dia.” Digo.

Ele se senta buchechando.

“A quanto tempo está acordado?”

“Não faz muito tempo.” Digo. Olho para o cabelo dele. “O seu cabelo…”

“Ah, está uma bagunça não é?” Ele pergunta com um sorriso no rosto. “Ele é sempre assim, durmo com ele arrumado e acordo com ele bagunçado, eu não queria que você se deparasse com essa cena.”

“Ei, não se preocupe com isso, esse é você e eu gosto de você de qualquer maneira.” Envolvo meu braço envolta do pescoço dele. “Mas para ser honesto, você não pode sair com o cabelo bagunçado assim.”

Faço uma careta pra ele, fazendo o rir.

“Oh bobo, é claro que eu não vou sair por aí com o cabelo nesse estado.” Ele buchecha outra vez. “Com quem você estava falando no celular?”

“Eu?” Me sinto pego de surpresa.

“Sim, eu ouvi você falando com alguém no celular, apesar de eu não ter entendido nada já que vocês estavam falando em tailandês.” Ele explica o que me deixa aliviado por ele não ter entendido a conversa.

“Eu estava falando com os meus amigos.” Digo. “Eles me pediram para eu chegar mais cedo no campus, pois temos um assunto para resolver.”

“Deixa eu adivinhar: é sobre o acampamento que vocês estão organizando?”

Juntos Por Um TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora