CAPÍTULO 06

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Kulap

Meu relógio biológico só pode está de brincadeira com a minha cara, acordei em plena seis da manhã se sábado, tentei voltar a dormir, mas o sono foi-se pro beleleu, ninguém merece. Ainda contínuo deitado na minha cama mergulhado no edredom, encarando o teto cinza sem saber o que fazer.

"Papai do céu você tá ligado que eu também sou seu filho, então me dê um sinal do por que eu acordei cedo. Prometo ajudar alguém." Fechei os olhos e cruzei os dedos esperando por um sinal.

Senti uma leve brisa soprar em meu rosto, olhei para a janela da varanda, eu não me lembro de ter deixado ela aberta pois normalmente eu durmo com janela fechada, talvez eu tenha me esquecido de fechá-la ontem a noite antes de dormir.

Caminhei até a varanda, a manhã estava deslumbrante, normalmente eu não paro para observar a vista, estou sempre indo direto para o campus sem da bola para as coisas em minha volta, lá embaixo o estacionamento cheio de veículos, pequenos gramados verdinhos espalhados pelo terreno do dormitório, árvores frutíferas com as suas folhas verde vivo, posso ouvi os cantos dos passarinhos voando pelas suas copas. Uma lembrança da conversa de ontem na lanchonete com o Bright me vem em mente:

"Então, você está gostando da Tailândia?"

Balanço a cabeça dando uma colherada no bolo.

"Não tenho uma resposta pronta para essa pergunta, ainda não tive tempo de sair por aí e conhecer os pontos turísticos."

Isso é a mais absoluta verdade, desde que eu cheguei em Bangkok, eu não tive chances de conhecer nenhum lugar na Tailândia.

É isso, tenho que aproveitar este fim de semana para conhecer os pontos turísticos da Tailândia, mas com quem? Por um instante pensei nos meus amigos Mali e Prin, mas acho melhor não, eles só vão perturbar meus ouvidos com assuntos que não estou interessado, isso só vai estragar meu dia. Então uma pessoa me vem em mente, ela é uma ótima ajuda.

"Obrigado papai do céu, eu prometo cumprir a minha promessa." Corro pra dentro para me arrumar.
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Toc Toc Toc

Dou umas batidas na porta, torço pra não ter que esmurrar a porta como eu fiz da última vez. Olho para o meu relógio de pulso, infelizmente eu vou ter que esmurrar a porta para a infelicidade do dono do quarto e dos vizinhos.

TOC! TOC! TOC!

"QUEM É A PORRA QUE ESTÁ BATENDO NA MINHA PORTA A ESSA HORA?!" A porta na minha frente é aberta violentamente. O dono do quarto me olha surpreso.

"Oi primo." Digo acenando para ele na maior inocência. "Bom dia pra você."

"Porra Kulap!" Ele diz esfregando o olho, indício de que acabou de levantar da cama. "Você tem sorte de ser meu primo, do contrário eu chutaria sua bunda pra longe daqui."

"Que agressivo." Ele abre espaço para mim. "Obrigado."

Ao entrar no quarto dele me deparo com um quarto todo bagunçado.

"Cara, você foi pra guerra e nem me convidou." Zombo me sentando na beira da cama dele, único lugar que eu julgo está limpo.

"Engraçadinho você em? O que faz aqui tão cedo?" Ele coloca as mãos na cintura, e percebo que ele está só com uma box azul.

"Gostei dessa box." Falo olhando para ela. "E esse volume aí?"
Ele olha meio envergonhado para a box.

"O que tem? Você quer chupar ou quer que eu te foda?"

Reviro os olhos. Tarado. Ele se aproxima de mim segurando a borda da box, como se estivesse preste a removê-la. Me levanto às pressas indo para o lado da escrivaninha.

Juntos Por Um TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora