chapter 4

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Kylie on...

Fui acordada do túmulo por um garoto que parecia ser uns anos mais velho do que eu mas eu nunca o tinha visto e não fazia ideia quem ele era. Ele estava usando uma roupa um tanto quanto estranha e tinha uma coisa na mão e deitava luz, parecia uma vela quadrada, bem estranho. Pelos vistos meus pais realmente não sobreviveram e por algum motivo a bruxa não veio me tirar daqui porque acabei dessecando. E eu também estava bastante confusa porque eu não fazia ideia quanto tempo tinha passado ali dentro, seriam semanas? Meses? Anos? Centenas de anos?

Ele me deu sangue e me levou para o lado de fora do túmulo e nos sentámos em umas pedras. Ele olhava para mim com muita curiosidade mas parecia estar dando tempo para minha cabeça acalmar. Olhei para o sol e ao mesmo tempo que sentia que ainda ontem o tinha sentido, parecia que já não olhava para ele nem o sentia tinha muito tempo.

Logo lembrei das minhas últimas memórias. Meus pais e minha aldeia morrendo por mim causa. Era eu que eles procuravam e acabei sendo eu a sair da situação intacta. Lembrei de tudo o que eles me disseram, do toque deles me abraçando e depois de todas as casas a arder e as pessoas a gritar. Meus olhos se encheram de lágrimas e as deixei escorrer não importasse quem estivesse olhando. Mas sempre me incomodou que as pessoas olhassem para mim e quanto chorava porque não gostava de estar vulnerável para as pessoas verem.

O garoto não disse nada e quando consegui acalmar meu choro, ele coçou a garganta e se preparou para falar.

•Xxx: É... podemos conversar agora? - ele perguntou com algum receio - Me chamo Malachai Parker, mais conhecido como Kai. E você é? - limpei as últimas lágrimas que tinha no meu rosto e me apresentei.

•Kylie: Kylie Rays, prazer. - baixei levemente minha cabeça como cumprimento educado, tipo uma vénia mas mais simples. Ele começou a rir e achei um pouco falta de educação - Está rindo do quê?

•Kai: Pela sua vénia, ninguém faz vénias... - ele disse mas eu continuei séria. Como assim ninguém fazia vénias se eu sempre fui ensinada que vénias é uma forma de cumprimento educado para quem não conhecemos? Ele olhou para mim intrigado e logo pareceu se tocar de algo - Há quando tempo você está dentro do túmulo?

•Kylie: Eu não faço ideia... - eu realmente não fazia ideia.

•Kai: Melhor pergunta... em que ano você foi para o túmulo?

•Kylie: 1020. - ele me olhou muito surpreso e pareceu "triste" por mim - Em que ano estamos? - ele não respondeu mas eu repeti a pergunta de uma forma mais agressiva - Me responda, em que ano estamos?

•Kai: 2014. - senti minha pressão cair um pouco e uma vontade de desmaiar incrível. Me levantei e comecei a andar de um lado para o outro um pouco nervosa.

•Kylie: Não, não... isso não pode estará conhecendo. 2014? Como assim eu estou naquele sítio à quase 1000 anos? - Kai se levantou e me fez parar de andar descontrolada.

•Kai: Respira um pouco... vamos conversar. - ele me levou de volta para a pedra e nos sentámos de novo - Me conta as últimas coisas que você se lembra e o porquê de você ter estado no túmulo.

•Kylie: Eu não vou simplesmente contar minha história de vida a um garoto que eu acabei de conhecer...

•Kai: Esperta! Temos mais coisas em comum do que você pensa... nunca confiar em ninguém de primeira, muitos fazem e logo se dão mal. E tal eu posso começar pela minha emocionante história de vida porque eu tenho o sentimento de que posso confiar em você e quero que você também consiga confiar me mim. - ele respirou fundo e se preparou para começar um grande discurso sobre a sua vida - Nasci em 1972 em Oregon com a minha irmã gémea Josette. Tenho dois irmãos gémeos mais novos, Olívia e Luke, tenho outro irmão Joey e outros três que... morreram. Eu acabei por matar também minha irmã gémea porque ela estava grávida de gémeos e o poder que eu estava possuindo não podia ser disputado com mais um par de gémeos. Eu me tornei um sociopata porque quando descobrimos que mimei lado de sifão estava ganhando vida, meu pai me chão de "aberração" e isso acabou noivo. Acabei por fundir a energia e os poderes com meu irmão Luke e acabei por ficar também com seu lado amável e que realmente consegue ter sentimentos e distinguir o bom e o mal. - ele disse tudo meio de seguida e e fiquei muito sem reagir.

•Kylie: Você vai me matar também? - ele riu de leve.

•Kai: Eu salvei sua vida, e já não sou o mesmo Kai de antes. Ainda faço algumas besteiras, mas consigo pensar por mim. Continuando... meu arrependo de ter matado os meus irmãos e ter feito mal para eles mas acabou que minhas sobrinhas não morreram, foram transferidos para um corpo de uma garota, Caroline, e elas agora estão bem. Tive um tempo também preso em um mundo prisão com Damon Salvatore e Bonnie Bennet, acabei por sair de lá... aconteceu muita coisa em pouco tempo e não consigo bem explicar tudo.

•Kylie: Bom, então acho que agora é a minha vez...

The Lost MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora