Capítulo 1

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    Todos os tripulantes do barco Tornado, estavam no convés. O capitão estava no centro, ao lado de um outro homem que eu não reconheci. O estranho usava uma túnica roxa e tinha um Pentágono desenhado na testa. Ele não tinha cabelo e nem sobrancelha, e sua boca era costurada, de modo que ele não poderia falar, mesmo que quisesse.
    Lembro-me da imagem de um homem parecido com esse. Era de uma pintura, que encontrei num dos velhos baús de madeira que guardavam objetos saqueados. Ele era um Tickey.
     Tickey eram homens responsáveis por rituais envolvendo bruxaria. Em cada ritual é usado uma cor específica de túnica, por exemplo a túnica vermelha são usados em rituais de transferência de magia. A cor roxa, significava a extinção dos bruxos, não só a perda dos poderes, como a sua morte.
     Dois piratas me seguram, para que eu não possa escapar, e o Tickey vai se aproximando me mim. Ele coloca a mão na minha teste e fecha os olhos. Sua mão era gelada e suas unhas eram compridas e pontiagudas. Sinto uma dor aguda em meu corpo todo. É como se uma faca estivesse rasgando minha pele e meu músculos.
    Eu urro de dor e os piratas apertam meus braços mais forte. Fecho os olhos e sinto minha pele queimar. Quando abro novamente os olhos, o navio está em chamas. O fogo engoliu os tripulantes que gritavam em desespero, os piratas que me seguravam tentaram pular no mar, mas falharam, o fogo transformou os seus corpos em cinzas. O Tickey morre de foram silenciosa, já que sua boca havia sido costurada.
    As chamas vão se apagando lentamente, e vejo a figura de um homem. O capitão do barco, Noggard. Ele me olhava com raiva quando pegou a espada de sua bainha e correu em minha direção. Puxo uma espada que encontro no chão, provavelmente pertenceu a um dos piratas que me seguravam.
    Noggard tenta me atacar por cima, mas bloqueio sua agressão e tento cortar seu pescoço com a espada. Ele me bloqueia e sinto a espada ragar minha roupa e depois minha pele, que resulta num corte profundo no meu ombro. Mesmo assim continuo lutando com ele, me defendendo e atacando. Eu giro a espada na altura do pescoço de Noggard e corto seu pescoço, mas não tão forte a ponto de mata-lo. A espada que eu estava usando não era firme o suficiente para conseguir cortar profundamente a pele de alguém, mas é a única arma que tenho.
    Corro o mais rapidamente que posso até o que restou de um pirata caído e pego sua espada de ferro. Era muito pesada, mais do que eu estava acostumada a usar, mas tinha de servir. Ataco Noggard, tentando perfurar a pele de seu peito. Mas ele desvia. Novamente, corto o ar com a espada, e atinjo a espada do capitão, que é jogada para longe, o deixando desarmado. Não perco a oportunidade
- Eu até poderia te torturar, mas já estão separando você no inferno Capitão - falo em tom autoritário e corto sua cabeça.

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É isso pessoal!! Não ficou bom, mas prometo melhorar 🤎🤎

Adaga de PrataOnde histórias criam vida. Descubra agora