Adaga de Prata

Capítulo 2

    Como não restará muito do barco, me obriguei a pular no mar. A água estava fria, mas suportável. Tive sorte, porque o navio estava perto de uma ilha, então consegui nadar até ela. Pelo que vi não havia nenhuma construção humana ali, apesar de existir uma densa floresta que cobria a maior parte da ilha.
    Por hora, decidi me abrigar na costa. Pego alguns pedaços de madeira e os coloco amontoados. Uso meu dedo indicador para lançar uma chama que acende a fogueira sem dificuldade. O crepitar do fogo me deixa mais calma, logo o sono começa a surgir e eu me deito na areia da praia. Porém, antes que meu corpo relaxasse por completo, ouço um barulho vindo da floresta e levanto abruptamente.
     Iluminando o caminho com chamas, vou até o local. Afasto as folhas e meus dedos tocam em algo que me lembra cabelo. Puxo-o para cima e ouço um gemido de reprovação.

-Ai, você está me machucando - era um garoto, provavelmente tinhamos a mesma idade. Seus cabelos e olhos eram quase pretos, e sua pele muito branca.

Coloco ele no chão, mas o rodeio com fogo.

- Quem é você? - pergunto. A muito tempo sonhei em conhecer alguém além dos piratas com quem eu vivia, mas agora, a única coisa que eu queria fazer era ficar sozinha.

-Jack Brase - a voz dele era grossa e um pouco rouca. Seus olhos me fitavam com curiosidade - Parece que você está meio perdida não é Foguinho? Não se preocupe, não tenho porque machuca-la.

Apago as chamas que circundam Jack.

- Eu me chamo Corinna, não Foguinho - retruco.

- Saim daí idiotas - Jack fala num tom divertido - se apresentem para Foguinho.

- E aí, eu sou a Klars, Klars Klavares - a garota estava com um sorriso enorme no rosto. Ela tinha cabelo roxo e os olhos eram pretos - e essa mau humorada aqui é minha irmã gêmea, Deméter - a irmã dela por outro lado, não esboçava nenhum tipo de alegria. Klars e Deméter eram idênticas, exceto pelo cabelo, o de Deméter era preto.

- Eu sou o Percy - o garoto tinha cabelo ruivo e olhos azuis. Tinha sardas espalhadas por todo seu rosto - meu pai é dono da Dungle Bersz, a fábrica de armas mais conhecida de Aragon. O seu pai é importante? - o seu olhar transmitia nojo.

- Não ferrugem - minto

Jack e Klars começam a rir.

- Parece que a Foguinho é bem estressadinha, não é ferrugem? - Jack fala, com a pele vermelha de tanto rir.

- Bom, eu sou o Lucca - esse outro tinha os cabelos loiros muito encaracolados. Ele era o mais alto de todos ali, arriscaria dizer que tem uns 2 metros.

- Eu sou a Nay - a voz dela era muito doce, e seus cabelos eram loiros. Ela da um sorriso, pequeno, mas verdadeiro.

- E eu sou o Dino - ele tinha a pele morena e pouco cabelo cobria sua cabeça.

- Esses são meus amigos! - o sorriso de Jack era contagiante. Esbocei um mini sorriso e parece que ele percebeu porque falou - a Foguinho sabe sorrir!

- Eu sou Corinna Bro...selin - quase falo meu sobrenome, mas consigo troca-lo pelo sobrenome de um dos tripulantes do Tornado.

- Não me importo com o seu nome Foguinho - Deméter retruca com raiva.

- Parece que é a única não é meu bem - falo em tom ameaçador e me aproximo dela.

Jack me puxa para trás e Klars segura a irmã.

-Agora que estava ficando divertido! - Dino fala.

-Esses comportamentos violentos são desnecessários - já estava começando a ficar com raiva do Percy.

- Mas quem exatamente são vocês? - pergunto

- Somos rebeldes Princesinha, lutamos contra o Rei e seu governo opressor - Deméter fala, eu nem a conhecia direito mas ela já me irritava.

- Isso pode ser meio novo para você, mas não é tão ruim quanto parece - Nay começa - Ai meu Deus, você está machucada!

Eu já sabia do que ela estava falando, o corte no meu ombro.

- Parece fundo. O que você fez - Klars pergunta

- Noggard - falo

- O pirata? - Lucca pergunta assustado - ninguém nunca sobreviveu a ele. Dizem que é um dos piores assassinos do mundo!

- Não importa, eu o matei - respondo naturalmente

- Como? - Jack pergunta com a mesma cara de surpresa de todos.

-Vivi no Tornado desde que eu tinha 3 anos. Passei toda minha vida saqueando navios e lutando contra inimigos. Estou acostumada - respondo

- Uau! Conta mais amanhã - começa Klars - agora preciso dormir...Depois leva ela até a barraca Jack.

Todos entram na floresta e desaparecem nas sombras da noite.

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-Broselin? - Jack pergunta, me observando de canto de olho.

- O que? - tentei fazer com que parecesse que eu não tinha entendido.

- Você se perdeu toda quando ia falar seu sobrenome. Não é Broselin não é.

    Por alguma razão eu confiava em Jack, então, antes que eu pudesse avaliar a situação, falei

- Não.

- Então qual é? Pode confiar em mim.

- Se você contar aos outros eu te mato.

- Você é bem agressiva não é Foguinho? - ele ri - mas sim, eu prometo.

-Eu sou filha de Reginald Browel.

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Continua...

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Desculpe gente, tive uns probleminhas ontem e não conseguir postar o capítulo 2, mas tá aí.
🤎espero que estejam gostando da história🤎