AMOREIRA

28 3 0
                                    

Novamente, me sento debaixo daquela amoreira que se torna a cada tarde ensolarada, o palco para o canto de mil espécies diferentes de pássaros raros.
O meu marca-texto está jogado sem tampa no gramado, minha cabeça se enfurece e se perde no drama do livro sobre meu colo.

Aberto a naturezas, fechado a incertezas.
Folhas caem, folhas caem. As amoras estarão maduras amanhã, mas não sei se ainda estarei aqui.
Vento passa, vento cessa. Todas as árvores da rua são capazes de contar minha história.
Tenho calma, tenho pressa.
Grito forte, mas o silêncio se dispersa.

                                  |  David Stanley |

VERSOS DE UMA VIDAOnde histórias criam vida. Descubra agora