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Aidan: tá ruim a comida? Não tocou nela até agora

S/n: ok Aidan, temos que abrir o jogo - respiro fundo pois sabia que iria chorar.

Aidan: pode falar, estou aqui para isso.

S/n: eu escondo algumas coisas de você como a ansiedade e ataque de pânico, fora elas eu também tenho Transtorno Alimentar, que creio eu que você saiba o que é, estou tentando me curar porém o caminho é longo e a estrada a se trilhar é mais longa ainda.

Aidan: amor, me desculpa, eu vou te apoiar em tudo o que você precisa até ficar melhor.

S/n: e fora isso eu nunca te contei o motivo de eu e minha mãe brigarmos tanto e em que consiste os meus pesadelos frequentes.

Aidan: hm, prossiga - ele fala prestando MUITA ATENÇÃO no que eu falei.

S/n: quando eu era pequena - meu olho começa a lacrimejar - nos acampávamos - sou interrompida por Aidan.

Aidan: é, posso te perguntar uma coisa que estou de fazer a muito tempo?

S/n: claro

Aidan: porque você sempre usa roupas exageradamente largas, e sempre tampando metade o seu braço?

S/n: era isso que eu ia explicar amor. Continuando, nos acampávamos sempre que tínhamos um dia livre, eu minha mãe e meu pai, era um lance nosso, até que um dia estávamos acampado naquela floresta como sempre fazíamos, entramos na barraca e fomos dormir.
S/n: mãe, posso dormir com vocês?

S/m: pega o seu colchão e traz para cá suas coisas

A nossa barraca era uma grande que tinha quartos e uma sala?!
Juntei as minhas coisas e levei para o "quarto" da minha mãe, como estava de noite nós deitamos fechamos o zíper do quarto e da barraca como sempre fazíamos e pegamos no sono, um tempo depois acordo com o meu corpo sentindo algo gelado em minha pele porém parecia que eu estava queimando, cutuco minha mãe que logo acorda e começa a gritar, meu pai acorda e me pega no colo saindo do quarto e me colocando no carro, minha mãe também entrou no carro, eles estavam preocupados e dirigindo rápido de mais me assustando, estava sentindo uma dor de cabeça insuportável.
S/n: mamãe...

Sarah: oi hija

S/n: meu corpo dói, meu braço tá formigando.

Sarah: calma meu bem, vai ficar tudo bem

Sinto meu corpo pesado e logo desmaio, durmo não sei muito bem.
Acordo e estamos na estrada

Meu pai estava muito rápido algo como 180km/h, 200km/h não sei muito bem, meu pai feriou o carro rapidamente e eu percebo que estamos na frente de um hospital. Meu pai parou o carro de qualquer jeito e logo me pegou no colo e eu acho que ele pressionou meu cotovelo, um enfermeiro e um médico apareceram e me levaram junto com meu pai e minha mãe para uma sala de emergência, eu ainda não havia entendido o que estava acontecendo. O médico disse que meu músculo está paralisado e que talvez eu não estivesse sentindo nada no meu cotovelo, ele colocou algo no soro que o enfermeiro havia colocado no meu outro braço, a última coisa que escutei foi "você vai ficar com sono", "a mamãe está aqui com você" e eu apaguei.
Acordei já era de tarde, minha mãe veio na minha direção e depois chamou o médico, meu pai havia ido para o trabalho pelo que eu sei, o médico veio e me disse que eu estava bem e talvez perdesse a sensibilidade no meu braço esquerdo perto do cotovelo. - explico bem detalhado.

Aidan: amor não entendi nada.

Levanto e mostro para leve a minha cicatriz no cotovelo esquerdo.

S/n: naquele dia eu havia sido picado por uma cobra coral verdadeira(mídia), eu dei foi sorte de estar viva ainda, no entanto perdi totalmente a sensibilidade ao redor do meu cotovelo esquerdo.

Aidan: amor - fala olhando para mim com cuidado. - come um pouquinho não quero que meu possível filho morra de fome e depois vamos dormir, é muita coisa para eu assimilar.

S/n: entendo.

Sento novamente na cadeira e como um pouco do que havia no meu prato, depois eu comi o que eu havia deixado pois eu realmente estava com fome.

S/n: só para completar, as minhas discussões com a minha mãe é o fato de que se não fosse por ela eu estaria morta porque teoricamente ela que me salvou. Ela usa isso como se fosse um verdadeiro argumento, é isso de certa forma me atinge. - falo e levanto retirando o prato da mesa e colocando na pia, pego quase tudo que está na mesa enquanto Aidan está paralisado.
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"O Passado e uma roupa que nao me serve mais!" - Elis Regina

Autora: espero que gostem, deixem a estrelinha e comentem.

Maratona: 2/10

Aquele dia no shopping Onde histórias criam vida. Descubra agora