Through The Dark ❦Adaptação❦

Capítulo 12

Through The Dark ❦Adaptação❦ - Capítulo 12

Esta obra é uma adaptação autorizada. Todos os créditos são da autora original @LouTommo-Styles

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── Esse é o meu antigo quarto ── Harry disse abrindo a porta.

Para o ômega era um pouco nostálgico estar naquele cômodo, ele tinha passado anos felizes ali. As delicadas flor de lis que sua mãe tinha pintado a mão, ainda estavam lá. Apesar de estarem em um tom fraco de amarelo agora, elas ainda se destacavam no meio do azul claro das paredes.

Quando Harry tinha uns sete ou oito anos, ele resolveu que queria pintar seu quarto de outra cor, queria um quarto com personagens, igual dos seus amigos de escola. Mas sua mãe disse que gostava tanto do jeito que estava, que Harry se convenceu a ficar assim por mais algum tempo. Logo depois Lily ficou doente e Harry nunca teve coragem de pintar por cima, ele queria preservar o máximo da memória da sua mãe ali.

Marvolo entendia todo o fator afetivo, afinal seu ômega viveu ali os momentos felizes com sua mãe, mas agora ele entendia porque Harry nunca achou aquele dormitório da universidade ruim. O quarto onde estavam deveria ter o mesmo tamanho, tinha uma cama de solteiro com armação de metal, um grande guarda roupa de madeira, uma cômoda, uma mesa de estudos e cadeira. 

A decoração se devia mais as pinturas na parede, que apesar de serem muito bonitas e bem feitas, já estavam envelhecendo, ficando cada vez mais claras. Harry tinha contado que tinha sido Lily que fez todos os desenhos, o que fazia sentido Harry gostar tanto de artes, já que a mãe era tão talentosa.

── Eu sinto falta dela ── o ômega sussurrou tocando na pintura da parede.

── Eu queria tê-la conhecido ── Marvolo murmurou abraçando seu ômega por trás, deixando um beijo em seu ombro.

── Mam teria adorado você, ela amava viajar, pena que não podíamos fazer muito isso ── Harry suspirou ── mam também amava artes e cozinhar, se ela estivesse aqui teria feito tanta comida, que você não teria aguentado comer ── ele falou saudosista e Marvolo riu baixo.

── Se sua mãe estivesse aqui, já a teríamos levado para Londres conosco e tenho certeza que vocês iriam em todos os musicais que estão em cartaz ── o lúpus comentou e Harry sorriu.

── Ydw e ela ficaria louca com todos eles ── ele sorriu triste, com lágrimas nos olhos ── fy blaidd, se minha mãe soubesse que era lúpus teria feito diferença? Ela ainda estaria viva?

── É complicado te responder isso, mas se ela vivesse com os lúpus provavelmente teria descoberto antes, nossos corpos se tornam mais fortes e se ela tivesse despertado o seu lobo, acredito que teria mais chances de estar viva.

Harry colocou seu rosto contra o peito de seu alfa e deixou que as lágrimas rolassem, fazia tempo que ele não chorava assim, mas a dor da perda sempre esteve presente em seu peito. A diferença era que agora ele tinha alguém para lhe segurar e confortar. Marvolo não disse coisas bobas como "não chore, já passou" ou "fique feliz pelas lembranças com ela" ou o julgou por se sentir daquele jeito. Seu alfa apenas o abraçou apertado e sussurrou que Harry podia chorar o quanto precisasse, porque estava tudo bem.

Marvolo levou seu ômega até a cama, que rangeu quando eles se sentaram. Ficaram abraçados até o ômega se acalmar, seus olhinhos estavam vermelhos e um pouco inchados do choro, ele suspirava fundo. O alfa o mantinha em seus braços e beijava seu rosto. Marvolo aromatizou o ômega para que se sentisse mais protegido, isso o ajudou a se acalmar.