Skin To Skin | Drarry One-Shots¹

XXXII. Amour | @tatayoongina | +18.

AMOUR | DRARRY VERSION.

Obra originalmente escrita por tatayoongina.
Adaptação autorizada. Todos os créditos a autora! | CRÉDITOS

Harry não acredita que amor tenha a ver com o tempo. Ele acaba por comprovar sua teoria quando conhece Draco em um festival de arte e cultura. Juntos eles descobrem a intensidade de um sentimento mútuo e imediato. | SINOPSE

au | +18 | 3.3k de palavras.

Capítulo Único.

Certa vez me disseram que leva-se menos de um segundo para se apaixonar. Eu concordo com essa afirmação, já me apaixonei muitas vezes antes. Por pessoas, filmes, objetos, por um dia de chuva onde posso tomar um chocolate quente na cama acompanhado de meu gatinho, Buble.

Dizem que a paixão é passageira, tão passageira quanto o pouco tempo que o levou a ela. Mas e para amar? Por que alguém nunca calculou um tempo exato para explicar o tempo que leva para amar alguém?

O tempo é a palavra mais citada quando esta pergunta é feita. Minha mãe sempre dizia: "Harry, não se ama alguém em um só dia. Para amar se leva tempo". Tempo, tempo, tempo.

Eu não concordo com essa afirmação. Não concordo, pois tenho a mais pura certeza que o amei assim que meus olhos pousaram sobre seu perfil incrivelmente perfeito. No momento em que deslizei o olhar por seus olhos azuis e brilhantes, eu o amei. No instante em que desenhei mentalmente a curva de seu nariz adequado, eu o amei. Quando seu sorriso abriu-se para mim como uma linda rosa desabrochando em seu tempo correto, eu o amei com tudo de mim. Então dizer-me que amor tem a ver com o tempo não me é convincente. Amor tem a ver com entrega total, e eu havia me entregado para ele no milésimo de segundo que ele entrou na minha linha de visão, que pode ser considerada bem ampla para alguns — tenho olhos grandes.

Ron me ligou duas semanas antes do amor bater em minha porta. Eu estava em casa me afogando em lágrimas, após terminar de assistir um documentário muito sensível sobre a vida e carreira de nossa saudosa Amy Winehouse. Acredite, eu juro que chorei litros de água. Quando atendi a ligação, Ron pensou que algo terrível pudesse ter acontecido, pois eu soluçava em meio às lágrimas.

Não me julgue, eu sou um grande fã de minha querida Amy.

Voltando para a ligação — que hoje reconheço ter sido uma das mais importantes da minha vida. Depois de me acalmar e limpar meu nariz vermelho que pingava água pelo recente choro, meu amigo revelou o tal motivo de estar me ligando à meia noite e meia de uma sexta-feira.

Dali a duas semanas aconteceria um pequeno festival de arte e cultura geral para convidados em um Museu próximo ao centro. Ron estava bastante empolgado, e me convidou para ir com ele já que possuía dois convites, que segundo ele, havia ganho de sua mãe que é artista plástica. Fui convidado, por ocupar o posto de melhor amigo de Ronald Weasley, um escritor em ascensão. Eu não entendo nada de arte, pelo menos eu achava que não, até conhecer o amor.

Duas semanas depois eu estava lá de pé no meio de tanta gente rica que podia sentir o cheiro do dinheiro de longe. O Museu estava cheio, mas ainda sim tínhamos espaço o suficiente para circular livremente pelas salas e salões. Ron me deixou sozinho por alguns minutos, disse-me que iria cumprimentar alguns escritores que iniciavam sua carreira de sucesso, e que eu poderia me distrair bebendo champagne da melhor qualidade e de graça.

Lembro-me de beber pelo menos três taças do líquido borbulhante, enquanto observava alguns dos quadros expostos nas paredes altas e limpas até cansar de tentar entendê-los e caminhar para outro salão. A plaquinha de ouro o identificava como "literatura clássica", entrei sem rumo pois haviam tantas estantes espalhadas com tantos livros coloridos que como uma criança atraída por cores segui seu caminho com pezinhos apressados.