A Murta que Geme

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A garota não conseguiu dormir muito naquela noite, ficou se virando na cama a noite toda e teve muitos pesadelos quando finalmente conseguia pegar no sono.

Na manhã seguinte os olhos de Lili estavam inchados, ela ficou tão em choque que até esqueceu de abrir o presente que sua mãe havia lhe dado.

Quando a garota abriu a caixinha viu que era um colar, a correntinha era fina e prata e o pingente era um ponto de luz branco, na parte de trás do ponto de luz havia uma frase super minúscula escrita "Eu te amo" com o nome da mãe de Lili embaixo da frase.

A garota levantou da cama e foi se arrumar para aula. Quando ela saiu de seu dormitório e foi para a comunal de sua casa se deparou com Draco sentado no sofá.

— Bom dia

— Bom dia - ele disse direcionando o olhar para Lili – Achei que não iria para a aula

— Não iria faltar já no primeiro dia – disse a garota com tom de voz baixo – O que é isso na sua mão? – apontou a mesma para a mão do garoto

— São nossos horários

— Ah ótimo, onde consigo um?

— Com o monitor

Lili e Draco seguiram para o salão principal e como já era de se esperar quase todos os alunos estavam direcionando seus olhares para ela e para seu irmão que estava sentado na mesa da Corvinal.

— Bom dia

— Hum, bom dia - disse Edmundo enquanto comia

O irmão da garota estava com uma cara péssima igual a da mesma ou um pouco pior, Edmundo não era tão apegado a nossa mãe igual Lili era.

Os dois estavam dividindo o mesmo pensamento, não conseguiam parar de pensar no seu pai, no seu tio e em sua prima. A garota estava pensando mais em sua prima, ela viu tudo, além dela ver sua tia morrendo ela presenciou a morte da própria mãe, isso é horrível e traumatizante para uma pessoa de 9 anos.

— Bom dia – disse Fred chegando para se sentar a mesa

— Bom dia gente bonita – disse o outro gêmeo, George

— Bom dia, vocês podem se sentarem nas mesas fora da sua casa? – questionou ela ainda de pé

— Sim – respondeu George

— E sentimos muito pelo o que aconteceu – complementou Fred

— Obrigada. Ah! – exclamou a garota – Este é Draco meu amigo

— Prazer – disse o loiro

Fred e George se olharam com cara de desconfiados, eles sabiam que Draco era um Malfoy, e a fama dos Malfoy não era lá essas coisas.

— Prazer - disseram os dois juntos

— A gente tem que ir pra aula, a primeira é de Transfiguração – disse Draco

Lili e Draco saíram para a aula e praticamente andaram o Castelo inteiro só para achar a sala de aula.

— Deveria ter uma placa indicando o lugar ou um mapa – disse a garota parando sem fôlego

— Acho que é ali

— Você acha? Se estamos assim na primeira aula imagina nas outras

Aquela realmente era a sala de Transfiguração e por sorte chegaram no minuto em que a professora chegou, era a bruxa da noite passada Prof° Minerva McGonagall. Harry e Ron chegaram atrasados, o dia passou muito devagar por ser o primeiro.

— Finalmente hora do almoço, parece que eu vou desmaiar

— Claro, você não comeu nada no café da manhã

— Eu não consigo comer no café da manhã, fico com dor de barriga

— Que nojo – disse Draco fazendo uma careta

— Isso é até normal de se dizer. Agora imagina o que eu escuto nos jantares quando meu pai e minha mãe voltam de uma cirurgia

— O que eles são?

— Meu pai é neurocirurgião e minha mãe é enfermeira e também assistente dele... quero dizer, ela era... – disse a menina ficando calada

— Oi - diz se sentando do outro lado da mesa de frente para a Lili

— Oi - disse Lili enquanto bebia um pouco de suco de abóbora

— Meus pêsames

— Credo, jogaram um saco de açúcar nesse suco? – disse a garota fazendo uma careta – Obrigada Penny

— Suco de abóbora é doce mesmo - diz um garoto alto se sentando ao lado de Penny – Meus pêsames

— Obrigada – disse Lili unindo as sobrancelhas

— Não tá lembrada de mim é? - diz o garoto dando um sorrisinho besta

— Desculpa... Mas eu te conheço?

— Mudei tanto assim é?

— É o Cedric – disse Penny

Lili ficou parada olhando para o rapaz e não conseguiu dizer nada e quando ela iria abrir a boca para tentar falar algo o Gêmeos chegaram.

— Já conheceu a namorada do seu irmão? – questionou Fred

— O que? – questionou a garota surpresa

— A namorada do seu irmão, eles já saíram da mesa sempre fazem isso – disse George

— Ágatha é o nome dela

— Hum... Ágatha – a garota desviou o olhar para Cedric de relance e para a surpresa da mesma ele estava a encarando

Quando se encerrou as aulas daquele dia, Lili foi para o banheiro feminino antes de ir para sua comunal, ao chegar lá foi surpreendida por uma foz fina, irritante e feminina.

— Ei, você era a garota que estava aqui chorando hoje a tarde não é? – questionou a voz

— Quem é você?

— Eu sou a Murta, porque você estava chorando? - ela estava sobrevoando por cima da garota

Murta era um fantasma. Ela podia ir a todos canto do castelo mas preferia ficar no banheiro feminino, as garotas não gostavam dela, por conta disso o banheiro feminino era pouco utilizado.

Lili não respondeu a pergunta de Murta

— Foi você que perdeu a mãe?

— Bem que meu irmão me disse que o pessoal daqui é fofoqueiro – sussurrou a garota

Murta começou a puxar assunto com Lili e as duas ficaram conversando ali por horas até que estava quase dando a hora do jantar.

— Eu tenho que ir – disse a garota se levantando do local no chão que estava sentada

— Já?

— Sim, tchau. Foi legal conversar com você

— Sempre que quiser conversar apareça... sabe eu sou muito sozinha – disse Murta

— Tudo bem, eu volto sim...

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