Sem companhia alguma

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— Calma, tá tudo bem... agora está tudo bem

Minha vista estava embaçada e eu não sabia ao certo aonde eu estava e quem estava falando comigo, eu sentia alguém mechendo no meu cabelo, não reconhecia a voz.

— Já passou – dizia a voz enquanto passava uma de suas mãos em meus cabelos – Eu estou aqui, tá tudo bem

Eu estava deitada e uma luz muito clara estava em cima de mim.

Olhei para o lado para ver de quem era aquela voz e vi minha mãe, olhei novamente e não era ela, minha visão ainda estava embaçada; a voz não era a mesma que a dela talvez parecesse a voz dela mais jovem.

Pisquei repetidas vezes e minha visão foi voltando ao normal, era um quarto muito claro e dava para ouvir as vozes de várias pessoas ao mesmo tempo, eu queria levantar mais não me deixaram.

— Ei ei ei – disse alguém não deixando eu nem me sentar na cama – Calma calma

Olhei para o lado para ver quem era e vi que era meu pai, ele estava sentado do meu lado na cama.

— Você não pode levantar ainda, acabou de fazer uma cirurgia arriscada não pode fazer nenhum movimento brusco

Olhei para ele sem entender e apertando os olhos.

— Você está no hospital, Edmundo está lá fora... ele te trouxe as pressas junto com Eustáquio, ele está lá fora também junto de Edmundo e está preocupado tanto quanto Edmundo

Entendi menos ainda. Ao mesmo tempo que queria levantar eu também queria dormir.

— Vou chamar ele – disse ele colocando a mão no tope de minha cabeça – Ele queria te ver assim que acordasse – ele levantou e saiu do quarto

Eu estava com um fio ligado no meu braço, não sabia exatamente para o que era, havia também um aparelho medindo meus batimentos cardíacos e uma porção de outros aparelhos que eu não sabia os nomes.

Não demorou muito Edmundo e Eustáquio entraram no quarto e suas caras estavam péssimas principalmente a de Edmundo.

— Finalmente você acordou – ele se sentou ao meu lado aonde meu pai estava sentado antes – Achei que não iria mais acordar – lamentou ele

— Você está bem? – questionou ele aparentemente bem preocupado

Eu franzi o rosto e fiquei sem entender mais ainda.

— Por que ela não está respondendo? Ela ficou muda?

— Claro que não Eustáquio, a Lili odeia falar quando acorda daqui a pouco ela começa a falar

— Me desculpa por favor por favor Lili – implorava ele  afundando a cabeça na cama em que eu estava – Não foi por mal Lili... eu te levei para você conhecer Nárnia, não era para nada disso acontecer... acho que se você não tivesse entrado na ilha nada disso teria acontecido – lamentava ele pegando na minha mão direita

— Não se lamente tanto; ela está aqui está viva – disse ele abrindo um sorriso – Quanto tempo ela ficará no hospital?

— É verdade... não sei ao certo talvez algumas semanas até ela estar totalmente bem internamente para ir para casa

Afundei minha cabeça no travesseiro fechei os olhos e gemi de tédio. Eu iria ficar lá por semanas deitada naquela cama vegetando, pelo menos em casa eu podia andar.

— Comprei seu material para Hogwarts hoje cedo mas caso você ainda esteja no hospital quando começar as aulas você poderá ir depois, papai já combinou com Dumbledore

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