Para um homem cujo o principal lema é "minha hora é agora", ele pensava demais. Com o fim de um relacionamento de seis anos, John Cena precisa aprender a se virar sozinho e decreta que ficará solteiro por um longo tempo... mas seu coração o trai.
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Revirei os olhos pela quinta vez quando minha irmã reclamou, mais uma vez, sobre o fato de eu ter negado todos os convites para todas as festas de halloween da cidade. Eu não tinha planos para esse feriado, apenas sairia com Nina para pegar doces e voltaria pra casa, aproveitando que meus pais ficariam com ela e assistiria todos os filmes e séries que eu pudesse assistir. Além do que, eu estava sentindo um cansaço absurdo.
— Teresa, você tem trinta e três anos. — Tina reclamou — Até a nossa mãe é mais animada que você.
— Eu não quero sair hoje, respeita a minha vontade. — bufo
— Você está um porre desde que o John esteve aqui. — me encara — O que aconteceu entre vocês dois?
— Nada! — me exalto
De fato, nada aconteceu. Nada! Eu enviei uma foto de Nina dormindo abraçada ao cinturão, ele respondeu com apenas um "boa noite" e depois nunca mais falou comigo. Não houve nenhuma mensagem surpresa de "boa tarde, Cinderela do México, como você está?" e nem mensagem me chamando pra sair. Eu sei que ele ainda está em Los Angeles, ao menos é o que o Twitter dele diz, no entanto, não houve mais nenhum contato.
Eu sei, fui eu que pedi pra que não ficássemos mais, mas eu pensei que pudéssemos ser amigos ou, sei lá, qualquer outra coisa. Na real, eu acho que não pensei muito sobre isso. Eu estive tão ocupada pensando em não me apaixonar por ele, que acabei não pensando no quão legal ele é e no quão chato seria perder o contato. Com o John, bom, em todas as vezes estávamos rindo — tá certo que em quase todas as vezes, também estávamos transando —, brincando, fazendo piadas. Ele se deu tão bem com a Nina naquele dia.
O problema é esse! Naquele sábado, enquanto ele rolava pelo chão da sala com a Nina, eu cometi outro grande erro. Observá-los e sentir meu coração acelerando feliz por vê-los juntos. Foi algo novo, claro, eu não costumo ver Nina interagindo com nenhum homem a não ser meu pai e Ethan. Talvez, só talvez, isso tenha mexido comigo de verdade. Seria legal ter alguém pra dividir esses momentos fofos da Nina comigo. É meio solitário.
Foi estranho, mas meus olhos começaram a arder e, antes que eu pudesse notar, comecei a chorar.
— O que foi, minha irmã? — Tina se sentou ao meu lado e me abraçou — Desculpa ter gritado, mas você sabe como eu sou. Eu falo alto assim mesmo, não queria te assustar.
— Tá tudo bem, Tina. — fungo — Você não me assustou. — tento limpar o rosto e ela aperta meu rosto contra seu peito — É que tem sido tão solitário aqui. Eu queria que o Dominick ainda tivesse aqui, queria que ele dividisse esses momentos comigo. Queria que ele visse a filha inteligente e incrível que ele me deu.
— Oh, Teresa. — Tina lamentou, beijando minha testa e acariciando meus cabelos
Eu venho colocando a culpa por não me relacionar com ninguém em Nina há três anos, quando na verdade eu é que me fechei para qualquer possibilidade de amar alguém. Deixei passar pessoas legais que demonstraram interesse em mim, que se mostraram dispostos a criar Nina comigo com todo amor, carinho e dedicação que ela merece. A verdade é que eu não consigo pensar como seria me apaixonar e amar alguém de novo, só para depois perdê-lo.
