003: Fire

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ATENÇÃO: CAPÍTULO CONTÉM REFERÊNCIAS A EPISÓDIOS DE ASSÉDIO, VIOLÊNCIA SEXUAL E PEDOFILIA, QUE PODEM GERAR GATILHOS. O MOMENTO DO CAPÍTULO EM QUESTÃO QUE TOCARÁ NESTAS TEMÁTICAS SERÁ MARCADO ENTRE DOIS AVISOS EM LETRAS MAIÚSCULAS E ANTECEDIDOS COM "⚠️". CASO NÃO CONSIGA OU PREFIRA NÃO LER, É SÓ PULAR A CENA. GARANTO QUE NÃO HAVERÁ MUITOS PREJUÍZOS PARA ENTENDER O ENREDO SEM A CENA EM QUESTÃO.


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A rua estava deserta e eu não sabia bem onde eu estava. Diferente do que seria normal, eu não estava nervoso. Namjoon, apesar de estranho, parecia bonzinho demais para fazer algo de ruim comigo. Certo que poderia ser só fachada, mas eu já estava ali, já tinha pagado para ver no que aquilo daria. Estava muito longe de casa para me arrepender agora. Além disso, eu estava curioso para descobrir o tal local que ele queria me mostrar.

Namjoon seguia animado, mas não falava tanto como antes. Ele disse que não devíamos fazer barulho na rua e eu concordei. Não queria ter que lidar com moradores nervosos àquela hora.

— Chegamos. — ele disse baixo enquanto parava em frente a uma casa.

— É a sua casa?

— Não.

Aproximei-me dele e observei a construção. 

— De quem é então?

Namjoon estava parado olhando para a casa. Ele nem piscava e sua postura era perfeita. Um sorriso surgiu em seu rosto e ele se virou para me encarar.

— Temos trabalho a fazer, vem. — ele me estendeu a mão e eu a peguei.

— O quê? Como assim?

Namjoon me puxou até a porta da garagem da casa. Isso tudo estava bem estranho. O jeito do Namjoon simplesmente mudou quando chegamos a aquela casa, passou do garotinho doce para algo que não sei bem o que era. E sem contar que ele ainda não havia respondido de quem era aquela casa e o que fazíamos ali. 

— Junte essas folhas secas e faça várias bolas. — ele disse e apontou para as folhas.

Fiquei de joelhos no chão e comecei a fazer o que ele pediu. Não sei bem porque, mas algo me dizia para obedecê-lo. 

Assim que terminei, olhei para Namjoon e o encontrei apenas observando a rua.

— Por que você não me ajudou? — perguntei enquanto me levantava.

— Alguém precisava ficar de vigia. 

— Que conveniente. 

— Vem, pega isso aí e me segue. 

Fiz o que ele pediu e o segui. Namjoon parecia conhecer o caminho. Ele parou em frente a uma janelinha de vidro e depois me encarou.

— Coloque fogo nessas bolas e depois jogue-as dentro da casa. — ordenou.

— O quê? Tá maluco? — perguntei, espantado, mas ele apenas sorriu. — Olha aqui, garoto, o que te leva a acreditar que eu vou fazer isso? Eu hein, não me mete nas tuas coisas, não. Se isso sobrar pra mim, eu quebro a tua cara.

— Calma, Jin. — o canalha ainda sorria. Sorria tanto que os seus olhos não passavam de dois riscos e as suas covinhas estavam bem evidentes. 

— Que calma o quê? Eu posso ser taxado de garoto problema, mas não saio por aí colocando fogo na casa das pessoas. E você não vai me obrigar a nada!

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