A flor chamada de Íris, uma espécie rara, simboliza fé, recomeço e esperança.
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Ao ver o meu ômega saindo correndo daquele jeito, o meu coração se apertou em carência. Eu não conseguia descrever o quanto estava num misto terrível de tristeza e raiva. Raiva por Hoseok aparecer nesse momento. Por isso, olhei o Alfa com os olhos cintilando em puro ódio, esperando que ele sumisse feito poeira, ou eu mesmo faria ele sumir.
- Me desculpa, Jungkook. - Sua voz soou baixa e ele ainda fez uma reverência. - Eu vim dizer que estou indo atrás da pista que o Sang-woo nos deu sobre Lalisa.
- Poderia simplesmente pedir ao Park para me avisar. - Respondi impacientoso.
- Ele também vai investigar algumas coisas. - Falou baixo, então notei sua atenção ser capturada por algo próximo aos meus pés. - Esse cheiro amargo vem desses lençóis? Isso é seu?
- Não. Taehyung estava limpando os quartos. Deve ser de um dos hospedes. - Olhei aqueles lençóis e só agora reparei no aroma insuportavelmente amargo.
- Caramba, é horrível. Vou levar isso daqui. Isso nem lavando sai. - Ele pegou o tecido, talvez num ato para compensar o que tinha feito minutos atrás. - Espero conseguir algo substancial para livrar Taehyung de tudo isso e dar um fim nessa história. - Tocou meu ombro e eu rosnei. - Logo você poderá viver em paz com seu ômega. Até mais, senhor Jeon.
Ele saiu pela porta, carregando os lençóis imundos que meu ômega havia deixado para trás. Estava contrariado, nervoso e agora necessitado por Taehyung. Precisei de um ar para me recompor, e assim que eu saí do quarto, fui atraído pelo lado oposto do meu destino. O local de onde o Kim estava vindo.
O corredor era estreito, havia quartos de ambos os lados, o piso de madeira escura rangia ao ponto de que eu pudesse ser ouvido. Ser discreto era impossível. As paredes e portas brancas tinham uma pequena proteção contra ruídos, mas nada que escapasse algo tão alto quanto o peso de quase cem quilos apertando a madeira velha.
Estava quase chegando ao final do corredor, aqueles eram os quartos dos Kim, provavelmente pela falta de hospedes, se apossaram dos dormitórios sem culpa. Outro barulho rompeu os ruídos que eu produzia, este era um homem alto, de cabelos escuros, estava de cabeça abaixada olhando para suas calças enquanto as batia para tentar se livrar de alguma coisa ou sujeira nelas. Ao levantar o rosto, o homem me cumprimentou seco, continuando seu caminho como se não tivesse nem me visto. Ora pois, ele era Kim Hwang, o pai do meu ômega.
Eu ainda me lembrava do rosto dele pelas fotos, mas existia aquele sentimento de que eu já tinha o visto antes em algum momento e em algum lugar. Seu rosto não era comum, não poderia estar associando a outro. Eu parei, continuei olhando para o homem seguindo na direção oposta de onde eu estava indo, e brevemente eu senti um aroma forte e ruim.
- O que tá fazendo aqui? - A voz de um outro Alfa cortou o silêncio repentino.
- Apenas observando o local. - Virei minha atenção a Namjoon, respondendo sem exitar. Seu olhar frio e indiferente se tornou aliviado quando percebeu que a figura do homem mais velho, seu pai, havia sumido.
- Esta não é uma área para hospedes. - Ele disse quase me expulsando do local. Eu não hesitei e saí junto com ele.
Durante o trajeto até a cozinha, boa parte percorremos em silêncio, até que minha curiosidade falou mais alto. Eu precisava perguntar mais sem ser indelicado.
- Aquele é o seu pai, não é? - Não tínhamos uma diferença grande de tamanho, porém, Namjoon era sem duvidas maior e mais forte que eu.
- Sim. - Respondeu direto e sem muita explicação.
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Primavera - Taekook+ABO
FanfictionJeon Jungkook é um Alfa caçador de recompensas, leal a um juramento de integridade e ética em seus assassinatos. Suas vítimas quase sempre eram homens ricos, envolvidos em políticas ou tráficos, mas desta vez, o alvo era um homem doce, carinhoso, mu...