Capítulo 1 - Palhaço da meia-noite

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- Cas POV -

Eu estava naquele lugar novamente... era tão... escuro e fedorento. Eu me lembro de saber que tinha mais alguém ali, mas eu simplesmente não sei quem. Eu estava com fome, muita fome, mas não tanta sede, pois tinha água lá. Quando eu falava eu conseguia ouvir minha voz em um lugar distante, não sei como. Eu chorava todos os dias. Queria minha mãe. Aquela pessoa que estava comigo era pequena e me abraçava dizendo "vai ficar tudo bem, Cassy.", mas eu apenas não lembro quem era. Esse apelido me era familiar, me trazia conforto, mas eu não lembro quem me chamava assim. Após cinco dias trancado naquele lugar eu ouvi um barulho vindo de cima, quando de repente uma luz de lanterna veio em meu rosto e eu fechei os olhos, pois estavam ardendo com o contato com luz após dias de escuridão total. Ouvi a voz de um homem falar "Eles estão aqui!". Não me lembro de sair daquele lugar, apenas de acordar em uma maca com meu pai adotivo. Mas eu sei que desde aquele dia eu não fui mais o mesmo.

De repente eu acordo de meu sonho lúcido suando frio, com um toque de celular ao fundo. Me levanto para atender.

- Agente especial Novak. - Digo.

- Hey, Cas. - Charlie, minha melhor amiga e colega diz.

- Charlie! - Me dirijo ao banheiro enquanto pego uma escova de dente e ponho pasta na mesma. 

- Eu mesma. Adivinha? Temos novidades. - Pelo tom de sua voz dá para perceber a ansiedade da mulher.

- Pode falar tudo. - Digo com a voz abafada devido ao ato que faço agora: escovar os dentes.

- Sabe o caso do Palhaço da meia-noite? - Assinto. - Então... Uma das vítimas dele foi Jason Truman, filho de Paul Truman, o primeiro ministro da casa branca.

- Sim, eu sei. Mas qual a novidade? - Pergunto curioso ainda escovando os dentes.

- Vão mandar um batalhão do exército pra cá. A princípio para tentarem agilizar mais ainda o caso e descobrirem quem é esse assassino misterioso. A princípio eles pensam que o FBI precisa de uma ajudinha. - Mesmo não a vendo, sei que revirou os olhos. - Nos deram esse caso ontem!

- É... Mas vamos conseguir finalizar esse caso e vamos esfregar na cara deles o quanto somos bons. - Charlie riu e assentiu. Terminei de escovar os dentes e fiquei falando com Charlie por aproximadamente 15 minutos enquanto me vestia para o trabalho. Ainda faltava algum tempo, mas eu iria chegar cedo para terminar esse caso o quanto mais rápido possível.

Terminei de dar o nó em minha gravata e peguei meu sobretudo bege enquanto saía pela porta da frente. Cheguei em meu carro e dei partida a caminho da minha cafeteria favorita. Peguei um café, o de sempre, e fui para a delegacia. Ficamos horas pensando sobre o caso e em nenhuma conclusão chegamos. Apenas sabíamos que o assassino era um serial killer e que havia matado um total de 11 pessoas. Mas esse homem é um profissional dos bons, duvido que tenha assassinado apenas 11 pessoas. As suas vítimas não tinham nenhuma ligação. Pareciam totalmente aleatórias. Mas não eram. Esse assassino torturou-as antes. Provavelmente em busca de informação ou vingança.

Estávamos pensando ainda. Revendo tudo quanto é detalhe quando o elevador que dá em nosso andar abre e um total de 6 militares invadem a sala que estamos e todos nos levantamos.

- Bom dia, senhores. - Um homem velho, que estava em frente à todos os militares cumprimenta. - Eu sou o General Singer, enviado pelo governo dos Estados Unidos da América para os ajudar com o caso Palhaço da meia-noite. - Noto que um dos homens que acompanham o General Singer, um com cabelo grande amarrado, começa a ficar nervoso. Me pergunto o motivo.

- Bom dia, General. - Cumprimento. - Agente Especial Novak, o responsável pelo caso. - Me apresento e aperto sua mão.

- Esses são meus melhores homens. - Aponta para os cinco homens ao seu lado. - Tenente Jo Harvelle, Capitão Benny Lafitte, Major Jody Mills, Tenente-Coronel Sam Winchester - O homem nervoso. -  e seu irmão, Coronel Dean Winchester. - Cumprimento-os e fico meio desconfortável pois sinto o olhar fuzilador do Coronel Winchester em mim... Por que? Me pergunto. - Certo.. O que temos até agora? - Sentou-se à mesa junto de seus militares.

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