Capítulo 2 - A descoberta

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- Dean POV - 

Chego em casa e cumprimento Sammy, indo para meu quarto. Deito em minha cama e suspiro. Como aquele Agente conseguia me fazer sentir? Como? Eu simplesmente não sabia. Eu sou uma pessoa tão... errada. E ele é tão puro. Eu sinto coisas por ele. Deus, eu sinto! Nunca senti nada em minha vida inteira. Eu amor apenas com Sammy, mas na verdade eu não sei se é amor. Eu não sei como é sentir o amor. Eu apenas sei que tenho que proteger Sammy e cuidar dele. A regra número um é cuidar dele. Mas agora tem Castiel... eu mal o conheci, mas sei que cada minuto longe dele é uma pressão para estar com ele, mas cada minuto com ele é tão nervoso que eu queria apenas estar longe, mas quando eu estou com ele eu sinto algo que nunca senti antes. Eu sinto que... que sou amado.

Me levanto de minha cama e vou direto ao box do meu banheiro tomar um banho. Termino o banho e coloco uma camiseta do Led Zeppelin, uma calça moletom e um boxer preto por baixo. Dou boa noite para o Sammy e escovo meus dentes. Logo em seguida me jogo mais uma vez na cama e depois de longos e longos minutos tentando parar de pensar em Castiel, adormeço. 

- NÃO, DEAN. VOCÊ NÃO PODE SER COMO EU! - Ouço a voz de meu pai. Era aquele pesadelo novamente. - Dean... DEAN! NÃO! VOCÊ NÃO VAI FAZER IS-- -Ele começa a engasgar com o próprio sangue quando eu cravo uma faca em sua barriga. - S-Seu mer-merdinha! - Tenta me bater mas eu o esfaqueio mais e mais vezes, depois o cadáver dele cai morto no chão e eu coloco ele no carro, saindo desesperadamente por aí. Não poderia ir na polícia nem no hospital. O levo para o barco que ele tinha e o dirijo até o meio do oceano, quase. Jogo o cadáver dele em um lugar que tem correnteza e saio com o barco. Limpo todo o sangue que tinha no barco e vou para casa. O chão da cozinha está repleto de sangue e eu o limpo. Logo vou para meu quarto e deito em minha cama. Eu havia adorado aquilo. Eu não poderia não fazer novamente. O que diria para Sammy quando ele chegasse do acampamento?

Quando acordo de meu pesadelo estou suando frio e com a respiração ofegante. Já são cinco da manhã. Eu me levanto e vou para o banheiro, tomo um banho, visto meu uniforme do exército e desço as escadas, encontrando Sammy todo bagunçado fazendo o café da manhã.

- Ué. - Sam fala com uma cara confusa. - Você sabe que horas são?

- Hmm... - Olho para o relógio em meu pulso. - Cinco e meia? - Pergunto enquanto dou um gole de café. - Eu vou tomar café com o Agente Novak.

- Ui. - Começou a rir. - Eu vi o jeito que vocês se olhavam ontem.

- O que? - Pergunto desnorteado.

- É! Você, Castiel Novak, tensão gay. - Gargalhou.

- E como você está lidando com o caso do palhaço? - O mesmo para de rir e agora é minha vez de gargalhar.

- Agradecendo por estar acabando o caso.

- Nem sabemos como pegar o tal Gabriel Collins.

- Mas sabemos que é ele.

- É... mas o Castiel pode estar errado. E se prendermos o homem errado? 

- Ele não está errado. - Sam olhou para mim. - Você não viu como ele ficou quando falou sobre o culpado?

- É... - De certa forma eu sinto... empatia pelo Castiel. Eu e ele tivemos infâncias de merda, mas a dele foi... pior. Ele ficou pior. Eu não entendo como ele consegue seguir com a vida.

Por fim me despedi de Sammy e entrei no Impala, indo em direção a cafeteria que Castiel tinha dito para ir. Era a favorita dele. Estacionei o carro e vi o mesmo já sentado em uma mesa. Saí do carro e entrei no estabelecimento.

- Dean. - Me cumprimentou.

- Castiel. Como vai? - Perguntei.

- Bem, e você?

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