Capítulo XXXIII

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Anarda Resboc

Ceifador pousa e corre até onde estamos.

— São muitos e se aproximam rápido. – Diz arfante.

— Me diga algo que eu não saiba. – Respondo irritada enquanto pego todas minhas armas espalhadas e minha maleta infinita onde todas as outras estão.

— So temos as montanhas como método de fuga, lá temos as tocas subterrâneas, conseguimos deixar o povo la se corrermos, é impossível alguém entrar depois que o portão é fechado. – Meu gêmeo diz apontando para as duas montanhas interligadas a distância.

— Então vocês tem que correr agora, suas armas e soldados não serão o suficiente para dete-los. – Ceifador diz observando toda a movimentação ao nosso redor, soldados corriam com os cidadãos, os tirando de suas casas, mães carregando seus filhotes, pais carregando seus mantimentos e espadas enquanto olham ao redor atentos, prontos para protegerem suas famílias.

— Talvez não para dete-los aqui, mas para impedir que entrem nas montanhas. – Murmuro enfileirando o máximo de espadas a minha frente, as tirando aos montes de minha bolsa.

— O que está fazendo, Ana? – Marcos pergunta quando chega perto de nós, junto minhas mãos e deixo meu poder fluir para as lâminas.

— Espere. – Digo fechando os olhos e recitando o feitiço em um murmúrio, quando abro os olhos, a parte negra das espadas havia sumido, ficado apenas a parte vermelha que indica que aquelas espadas eram matadoras de demônios. — Se armem com essas espadas, vocês poderão usar elas até o sol aparecer, quando a cor negra começar a surgir, larguem elas imediatamente, ou morrerão. – Aponto e eles não perdem tempo, se armando e entregando as espadas para os soldados, explicando o que eu disse sobre a parte negra voltar.

— Eu irei segurar o máximo aqui, vai com eles e impeça deles entrarem nas montanhas. – Diz pra mim enquanto alonga suas asas, aceno com a cabeça, sabendo que ele não ira deixar que eu receba o primeiro golpe.

— Lillian. – Chamo e minha irmã corre em minha direção, a entrego um arco de guardião e minha aljava cheia de flechas com pontas vermelhas . — São encantadas, então quando você liberar elas, elas reaparecem na aljava depois de um tempo. Lembre-se de tudo que te falei, respiração, mão, posição, tudo bem? – Ela acena com a cabeça, prendendo as flechas com rapidez em suas costas e segurando o arco com uma mão.

— Está pronta? – Alex chega, uma Frenza assustada em seu colo.

— Sempre estou, e você? – Minha irmã volta para perto de nossa mãe e eu me levanto, pegando a pequena em meus braços que pedia por meu colo.

— Estamos, Marcos e eu já organizamos e armamos o máximo de soldados com suas espadas. Vamos partir agora.

— Ótimo. Vá indo, estarei logo atrás. – Ele acena e sai, olho para Frenza que se tremia e engulo em seco. — Welin. – Chamo, e o guardião se vira para mim, em suas mãos está suas espadas,  suas asas estão metalizadas e afiadas.

— Quando passarem por você, me encontre o mais rápido possível, nós dois lutando conseguimos acabar com eles mais rápido. – Ele acena concordando e antes que se vire, eu adiciono. — E não morra.

— Não irei. Não morra também. – Sorri carinhoso e volta a sua posição, esperando os malditos.

— Frenza, irei lhe deixar no chão e me transformar, você sobe em mim e segura forte, ok? Irei correr.

— Mama...– Murmura com os olhos cheios de lágrimas, agarrando minha camisa.

— Será só por alguns segundos, tudo bem? Será corajosa para mim?

 𝙰 𝚐𝚞𝚊𝚛𝚍𝚒ã - 𝘓𝘪𝘨𝘢𝘤𝘢𝘰.Onde histórias criam vida. Descubra agora