Anarda Resboc
Enquanto eu luto, lembro de coisas da minha infância interligadas ao que acontecia agora.
Eu enfrentei um demônio pela primeira vez quando tinha cinco anos de idade, eu estava tensa quando praticamente me jogaram dentro de uma caixa de metal com um deles la, mas quando ele sorriu para mim, de seus dentes negros escorrendo veneno, eu tive coragem e sorri de volta.
Foi a primeira vez que sorri.
Foi uma luta brutal que me rendeu três cicatrizes no meu lado direiro, nas costelas, feitas pelas garras dele. Em compensação eu arranquei seu coração de sua caixa torácica com minhas próprias mãos.
A outra coisa que me lembro é de minha primeira aula de vôo.
Nós, guardiões, ja nascemos com nossas asas, mas só conseguimos tira-las a partir de nossos quatro anos, quando nossos músculos das costas estão mais desenvolvidos de que quando nascemos. No momento que suas asas saem, você vai para sua primeira aula. E doi.O sangue ainda escorria pelas minhas costas quando Ceifador media minhas asas, que haviam rasgado caminho pelo meu corpo para sairem, elas eram pesadas e eu bambeava para os lados, sem conseguir manter ambas em pé sem encostar no chão como me havia sido ordenado.
"Ótimo" Ele havia falado, dando duas batidas leves sobre minha cabeça. " Agora salte daqui e tente planar". Então apontou para o precipício a nossa frente, eu engoli em seco, mas dei passos a frente, sem olhar para meu pai e avô que estavam atrás de mim, me observando. Eu pulei então, esticando minhas asas ao máximo para tentar planar.
Eu caí de cara no chão e quebrei meu nariz no processo.
Então levantei, subi a pequena montanha de novo e pulei ao comando de Ceifador até conseguir planar, é claro que até eu conseguir o fazer, eu ja estava toda machucada e suja de terra.
Mas quando eu aprendi a voar, não tinha ninguém que conseguisse ms alcançar.
E hoje eu uso isso ao meu favor.
Minhas asas são grandes e fortes, resultado de muitos treinos que me fizeram ficar de cama por dias, eu sou rápida, então giro minhas ceifadoras, matando os demônios que aparecem e aparecem a minha frente. Um olho sobre eles, outro sobre a montanha, sobre os que eu me importo, vendo se eles precisam de ajuda, se algum demônio conseguiu uma maneira de entrar na montanha e aterrorizar minha família e alcatéia.
— Sombra! – Ceifador surge, mandando por um momento os demônios para longe. Mas voltam um segundo depois.
— Até que enfim você chegou! O que? Parou pra fazer um lanchinho no caminho?! – Falo em um grunhido enquanto luto, escutando sua risada baixa em resposta.
— Temos muitos demônios de nível alto aqui, estava matando o máximo deles antes de te encontrar.
— Que tristeza. – Murmuro e sinto um arranhar em minha bochecha, olho para o culpado e exponho minhas presas em ameaça antes de mata-lo. — O desgraçado me arranhou no rosto!
— Que tristeza. – Welin me imita e antes que eu possa rosnar, ele sai voando, arrastando metade dos demônios consigo. Idiota.
Uma maldita hora de luta.
Ainda tem muitos, mas sei que isso não é tudo que nosso inimigo tem a oferecer, essa não é a luta final, essa é uma luta para tentar nos enfraquecer.
Percebo, então, os demônios indo aos montes para os portões, querendo derruba-los e se banquetearem com todos la dentro, só tem um problema, pessoas com quem eu me importo estão la, então não vai acontecer.
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𝙰 𝚐𝚞𝚊𝚛𝚍𝚒ã - 𝘓𝘪𝘨𝘢𝘤𝘢𝘰.
WerewolfⒺⓜ ⓐⓝⓓⓐⓜⓔⓝⓣⓞ ▼▲▼▲▼▲▼▲▼▲▼▲▼▲▼ De cada 1.000 seres sobrenaturais nascidos, apenas um é designado para ser guardião... Anarda nasceu em uma noite cinzenta e chuvosa em uma época ruim em sua alcateia, mas seu nascimento trouxe felicidade a todo...