AQUI ESTOU EU NOVAMENTE TRAZENDO MAIS DESGRAÇA PARA ESTE FANDOM!Esta história vai abordar temas pesados, então, POR FAVOR preste atenção aos avisos, certo? Eu piorei o canon de certa maneira.Este capítulo possui duas cenas que eu considero realmente delicadasA primeira vai se referir a assédio sexual contra um menor, ela está marcada com "****" ao começar e ao terminarA segunda, também marcada da mesma maneira, possui cenas de tortura infantilPor favor, leiam com responsabilidade e caso se sinta mal, interrompa a leitura imediatamenteOs link para as playlists estarão no final do texto!
Aviso de gatilho: Violência, abuso infantil, negligência, fome, assédio sexual, violência domestica, tortura, ataques de pânico, vômito, sangue, assassinato.
Andrew não entendia muito sobre muitas coisas, mas ele sabia que estava sozinho há algum tempo. Muito tempo. Tempo demais.
A Ama do orfanato, como ela gostava de ser chamada, sempre dizia que crianças crescidas deveriam se acostumar a ficarem sozinhas, porque ninguém iria querê-los se fossem bebês que não podem se cuidar.
Ele não era um bebê.
E ele em breve não estaria mais sozinho.
Andrew estava esperando inquieto sentado à janela; a voz da Ama explicando a ele e mais um grupo de crianças sobre o que eram almas gêmeas e que, quando uma das partes de uma alma completa sete anos de idade, uma marca surge nele e em sua outra metade. Essas marcas têm propriedades, fazem com que vínculos cresçam e se desenvolvam. Cada uma das almas possui um vínculo diferente de seu parceiro, mas se completam para se manterem seguras. Habilidades que só poderiam ser usadas um com o outro.
A ideia de não estar mais sozinho era tão estranha que Andrew custou acreditar. Mas ele fez.
E lá estava ele.
Hoje era seu aniversário. Hoje ele fazia sete anos.
Não foi muito difícil para aprender mais sobre isso uma vez que ele decidiu aceitar que a chance era real ― Andrew então decidiu que o assunto seria seu novo fascínio e, por quase seis meses leu tudo o que sua mente infantil pôde acumular sobre as almas gêmeas.
Então ele agora lutava para manter seus olhos abertos, usando a luz da lua como fonte de claridade para checar se em algum lugar de seus braços, peito ou rosto a marca surgia — a esperança e o desejo sendo as únicas coisas que o impedia de cair no sono.
Quando estava quase cedendo, Andrew sentiu cócegas em seu pulso — no começo leve como uma pena gentil passando por sua pele, e então se tornando em pequenas pontadas. Rapidamente ele olhou na direção onde a sensação pulsava e sorriu largamente ao ver uma pequenina mancha escura surgindo. O relógio marcava 04:17, seu pulso não doía e Andrew estava quase em êxtase pela ideia de realmente ter alguém ao seu lado.
Começou como um pequeno ponto, quase como se uma caneta tocasse o papel de leve. Mas cresceu e se moldou como tinta. Ele observava fascinado como as formas mudavam, se contorciam em formas e sombras. Todo o processo não levou mais que cinco minutos, a marca em si não era muito grande e nem nada de extraordinário como ele já havia visto em alguns livros. Algumas eram coloridas, vibrantes e enormes, outras eram pálidas e desanimadas, como uma tatuagem delicada feita apenas por traços simples.
A sua não era extravagante, entretanto não se parecia com uma tatuagem.
Eram dois animais aninhados sob a lua, eles pareciam confortáveis um com o outro — o menor com o focinho enfiado no pescoço do outro e o maior tinha seu focinho sobre a cabeça do pequeno, se pareciam com raposas ou alguma espécie semelhante. Era bonito, mas o que realmente intrigou Andrew foi o modo como as linhas escuras ficavam brancas contra a luz, mas não a ponto de desaparecerem. Era como se elas se transformassem em pontilhados luminosos ― algo como cristais em sua pele. Quase como se fosse feita com uma das canetas de gel brilhantes que a Ama não o permitia usar na hora dos jogos porque dizia que era para as crianças menores.
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Everything's Alright
FanfictionAlmas não foram feitas para serem deixadas existindo sozinhas, por isso elas se dividiam e se entrelaçaram, buscando sempre sua outra metade. Não importa quanto tempo levasse, no momento em que uma alma passava a existir, ela buscava aquela que a co...