A luta por nosso lar

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Eu realmente esperava conseguir escrever o que restava da fanfic em um unico capitulo, mas como tudo na minha vida, essa ideia também não funcionou conforme o plano

MAS, tecnicamente estamos na reta final! Apenas mais um capitulo!


Aviso de gatilho: Breve menção a passar fome, ataque de pânico, homofobia, menções a assédio, violência, alusão a uso de drogas, descrição de ferimentos, tentativa de assassinato, menção de assassinato, descrição de cicatrizes, menções a abuso infantil.

O vôo estava atrasado e Neil nervoso além do que pensou que ficaria.

— Você sabe que essa ideia é terrível, não sabe, garoto?

Neil suspirou enquanto tentava resistir à tentação de desligar na cara de Stuart. Não era como se ele não soubesse que o plano era no mínimo difícil e no máximo era quase suicida.

Mas Andrew parecia tão confiante, ele parecia tão certo que funcionaria, que Neil não havia conseguido lutar contra o desejo de se agarrar àquela pequena esperança infantil de uma vida sem mais dor, apenas sendo normal. Acordando todos os dias e tendo a chance de ver Andrew, ir poder visitar seu tio sem se preocupar se acabaria em um saco de cadáveres, conhecer seus primos que haviam nascido a menos de seis meses de acordo com o que tio Stuart havia dito.

Neil nem mesmo conseguia fazer uma lista de quanto ele queria fazer — era muito e ao mesmo tempo era pouco. Ele não era uma pessoa com muita imaginação, mas às vezes permitia sua mente voar e imaginá-lo aos quarenta anos, cercado de gatos com uma casa grande com um quarto cheio de instrumentos, um grande piano e um estúdio de artes para que ele pudesse pintar e ensinar Andrew a como trabalhar com telas, pincéis e tintas.

— Eu sei. — Respondeu sincero. — Mas é uma chance.

Seu tio resmungou algo sobre Neil ser exatamente como Mary.

— Ao menos decorou o número onde estarei depositando o dinheiro para você e o pequeno Gremlin?

Neil revirou os olhos.

— Tio Stuart.

Certo. — O tom mau humorado do homem fez com que ele sorrisse um pouco. — Mas recupero meu sobrinho e um ano depois um garoto o rouba de mim novamente. Além disso, sou responsável por você, criança. Eu tenho direito de agir como um pai inútil, Deus sabe que era o que você merecia desde o início.

Uma das coisas que Neil realmente gostava em Stuart era como o homem era genuinamente apegado a ele desde criança. Foi necessária muita resistência de Neil para que Stuart não fosse visitá-lo quando veio para os Estados Unidos recuperar os ossos de Mary.

Visitá-lo era, inclusive, um termo suave para arrastá-lo para a Inglaterra e começar uma guerra contra todo o império Moriyama e Wesninski para conseguir tirar as pessoas que estavam atrás dele de seu rastro.

Ele bufou enquanto trazia sua mochila mais para perto de si, os olhos não saindo de onde estavam sendo feitas as chamadas para embarcar.

— Eu sou legalmente um adulto, tio Suart.

— Sim. Isso não vai me impedir de rever todos os privilégios de tio que fui negado por minha irmã incrivelmente estúpida todos estes anos.

Dando uma risada nasalada, Neil pensou no quão estranho era Stuart. Ridiculamente parental, protetor e mole para ele — ao mesmo tempo em que ele era quase tão temido quanto o próprio diabo no submundo de todo o reino unido.

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