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O meu plantão estava perto do acaba, olho a hora, 4:20 da manhã, meu corpo está cansando pedindo cama

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O meu plantão estava perto do acaba, olho a hora, 4:20 da manhã, meu corpo está cansando pedindo cama. 
Ando pelo corredorrredor em direção ao quarto do paciente 105, um senhor, com 75 anos que mora aqui na comunidade mesmo. 

Ele não tinha família, chegou aqui ja doente e esta ate hoje internado, troco seu soro injetor seu medicamento e anoto tudo no prontuário. 
Sigo o corretor suspiro em fim terminando meu plantão. 

Deixo minhas coisas no armário, e saio logo en seguida. 
Aqui onde trabalho e dentro da comunidade, um posto de saúde grande mais um hospital mesmo. 
Assim quando tem confronto os envolvidos não precisa descer pra pista e se arrisca. 

Por isso Murillo  equipou todo, o que o governo não fez, ele faz. 

Sigo em direção a minha casa, no caminho vou cumprimentando algumas pessoas, não sou de falar muito, também mal saio de casa. 

Mais agora por ser "primeira dama" algumas pessoas falam. Assim que cheguei Murillo tava sentado vendo TV,dei um selinho nele e sai pro quarto toma banho, assim que terminei  visto um vestido soltinho.
Quando voltei ele ainda  estava na sala. 

— Você vai treina.  — Do nada ele solta essa. 

—Como ?

— A anjo vai te ajuda, caso algo aconteça você vai saber se proteger. 

—Certo, eu ia pedir mais não sabia como. 

— Você começa amanhã.  — Concordo sentando no colo dele beijando sentindo o gosto do blek.

Os dias foram passando, comecei a treinar luta, box, tiro e tudo que fosse defesa, a anjo pega pesado, ela não estava se importando se estava doendo. 

Apenas que eu teria que aguenta, caso contrário eu seria morta no primeiro tiroteio.
A Nanda junto do meu irmão falou, falou muito para eu não fazer isso, mais era minha vida, era a minha segurança e a do meu filho que estava em jogo. 

Eu tinha que está treinada, para proteger ele, meu irmão não queria isso pra mim, falou que ja bastava ele nesse mundo, eu entendo tambem não queria isso.

Mais aqui estou eu, mais treinada que nunca, mais fria que muitos. 
Talvez minha vocação fosse essa. 

Matar. 

Quando chegou a hora de matar eu senti, não foi medo, pânico nada disso, senti a adrenalina correndo em minhas veias fazendo o sangue passando rápido de mais por todo meu corpo.
Eu estava fria, parecia um cadáver, não me reconheci.

Era mesmo eu?
Era isso que eu tinha mim tornado?
Como minha mãe estaria ao vê a princesinha dela assim.

Um monstro.

Cheguei em uma sala ainda dentro do galpão  não daria para ouvi os gritos, os pedidos de socorro ou ate mesmo os ossos quebrando. 

Abri a porta da sala onde estava Alfredo sentado em uma cadeira, desmaiado os dias, hoje fazia um mês que  fiquei vendo ele sofre cada vez que apanhava.

Ele sofreu por ser x9, depois de algum tempo chegou a hora de fazer ele morrer e paga por todo mal. 
Dou um soco em sua cara ouvindo o barulho dos ossos de seu rosto quebrando fazendo ele acorda assustado.  

—Acordou príncipe.  — Olho pra ele vendo ele assustado assim que me ve, talvez não esperasse uma mulher aqui. 

Nenhum homem espera vê uma mulher no camando assim. 

—Quem e você? — Ele fala assustado. 

—Não importa,  olha que ironia eu que vou te matar.  —Seu sorriso cheio de sangue morre aos pouco. 

Outro soco e mais um dente sai jorrando sangue, os socos foram cada vez mais forte ele estava fraco então não iria aguentar muito. 

Olha a mesa cheia de objetos pontudos, pego uma faca grande quando olho pra ele vejo que desmaiou, seguro sua mão descendo a faca rápido vendo o sangue escorre rapido demais, ouço o grito e sei que ele acordou.

Depois de uma dor dessa ele teria que acorda mesmo. 

—Porra como doi. —Ouço mais gemidos que ele solta. 

—Sério ?  Não estou sentindo. 

A sequência de tortura contínua, quando ele ja está sem os dedos da outra mão e sem alguns dentes eu paro, olho pro seu rosto quase sem vida, não sinto nada apenas raiva. 

Era pra ser assim ? Era pra mim não sentir nada ? Eu não ligo Com ele todo quebrado, não me importo se ele sente dor. 

—Me deixa ir,eu juro que nunca mais vai ouvir falar de mim.  —Concordo com a cabeça.

—Você vai sair da cidade e nunca mais vai fala, ouvir ou vê nada que seja aqui. 

Olho bem pra ele vendo concorda rápido, viro as costa vendo o meu irmão em pé olhando tudo ao lado dele está coringa, talvez eles não fosse acreditar que eu iria me torna isso. 

Nem eu acreditei, hoje se me olha no espelho não mim reconheço. 
Uma pessoa sangue frio.

Um mostro. 

— Vai mesmo deixar ele vivo ? Deformado ainda por cima.  —Sorri parecendo satisfeito. 
O que não acontece com meu irmão, ele não queria isso. 

—Você acha que depois de tudo eu vou deixar um asqueroso desse vivo ? Está louco.  —Viro em direção ao homem mais morto do que vivo, pego a arma em minha cintura e atiro fazendo pega na testa e ele cair pra trás ainda na cadeira. 

Estou boa de mira, a anjo mim treinou bem, passei mais de um mês com ela e com a lua.

Eu me tornei ela, ela fez uma cópia perfeita dela.

—Xauzinho. 

Saio da sala plena e com a sensaçao de dever comprido. 

—Enfim a imperatriz.  —Sorrio pra ele que me abraça de lado.  —Bem vinda a família. 

Mal sabia que ele era apenas o primeiro a morrer em minhas mãos.

Eu estava apenas começando. 

Desço na moto que o Murillo  mim deu, pego meu filho na creche e vou pra casa, meu filho e minha família são a unica parte boa que restou de mim. 

Eu não seria isso se não tivesse passado por tudo, eu não sou culpada, ele que me tornou assim quando fez isso. 
Ele mim tornou quem sou hoje, e se tem algum culpado posso dizer que é ele. 

A imperatriz esta aqui, mais forte que antes, e um dia ele vai sofre tudo que eu sofri, e quando ele implora pra para eu vou continuar. 

Assim como ele fez comigo. 

Mim aguarde.

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