O avião Mustang

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 Hopper não conseguia entender uma palavra sequer daquela moça que era idêntica a Onze, a menina não parava de tagarelar como se Hopper confuso fosse entender alguma coisa que ela estava dizendo.

Vy dolzhny mne pomoch', ya bezhal ot kuchki sovetskikh soldat i potom ya byl v lesu i ya upal v yamu i kogda ya ochnulsya ya byl na kukuruznom pole, v etom meste kotoroye vonyayet zharenoy kuritsey. (Você precisa me ajudar, eu estava correndo de um bando de soldados soviéticos e aí eu estava numa floresta e caí dentro de um buraco e quando acordei estava num milharal, nesse lugar que fede a frango frito).

- Olha só tente se acalmar...

- Uspokoit' menya? Ty ne ponimayesh', chto proiskhodit, moy drug, ya popal v drugoye izmereniye (Me acalmar? Você não tá entendendo o que ta acontecendo, meu amigo, eu vim parar em outra dimensão). - A moça começa a se irritar.

- Olha só não estou entendendo nada do que você tá falando. - Hopper estende as mãos.

- Kak ty ne ponimayesh', chto ya govoryu? Ty tupoy? (Como assim você não entende o que eu digo? Vcoê é burro?)

- Espera um pouco, tenta se acalmar. 

- Podozhdi sekundu. YA ponimayu, chto vy govorite. No kak? O, mne plokho. (Espera aí. Eu entendo o que você fala. Mas como? Ai, eu to me sentindo mal.)

A garota de repente desmaia. Hopper ao invés de ajudar fica um tanto indignado por não saber o que está acontecendo ao certo, ele olha para Elizabeth que o olha com orelhas de pé e diz:

- Acho que você precisa de ajuda. 

  Hopper apanha Elizabeth com o braço esquerdo e com o direito ele consegue jogar a garota desmaiada por cima do ombro. 

- Que ótimo dia. - Resmunga Hopper. 

   Em Hawkins, uma multidão de curiosos estava assustada com o rastro de fumaça preta de fuligem no céu que se direcionou para a floresta ali perto. Jonathan, que era jornalista local, se deslocou para a floresta afim de encontrar alguma pista do que aconteceu, convenientemente Nancy Wheeler que estava junto com ele, veio para ajudar a documentar por escrito o que viram. Enquanto caminhavam pela floresta, Jon percebeu que as copas das árvores próximas estavam destruídas indicando que o suposto avião que as testemunhas falavam sobre estava próximo.

- Que sorte que a gente vai chegar primeiro que os curiosos. - Diz Nancy a passos apressados.

- Eles não devem estar muito longe. - Diz Jonathan com a câmera em mãos.

- Vai ser um furo de reportagem.

  Eles chegam até um avião que aparenta ter saído de um museu, lataria cor de verde óleo, cheia de furos de balas, as duas asas estão destruídas e o vidro do cockpit está quebrado, além do mesmo estar vazio. 

- Espero receber algo por isso. - Diz Jonathan erguendo a câmera e tirando as fotos. 

- O que eu digo?

- Fala sobre a aparência do avião, de uma origem misteriosa.

- Não transformar isso em uma história de fantasia, aqueles idiotas do escritório iam me zoar de novo.

- Olha, não liga para eles. - Diz Jonathan dando a volta para tirar mais fotos. - EU li os textos do Wild, e nem se comparam aos seus. 

- Bom, é que... sabe como é... Machismo. 

- Não entendo muito, afinal eu não sou uma mulher, mas, vá em frente, faz como sempre, escreve o que vê.

- Tá. - Nancy sorri timidamente enquanto aponta a caneta para o papel de sua caderneta.

Stranger Things Into StrangerverseOnde histórias criam vida. Descubra agora