A batalha de Indianapolis Parte 1.

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 Hopper apanhou o seu Jipe, colocou Onze, Amélia, e Ivana no banco de trás. Hopper não permitiu que os meninos fossem por achar a missão muito perigosa, afinal resgatar uma variante de sabe-se lá quem, era uma missão muito arriscada, ainda mais quando se envolviam os riscos de um confronto. Olhando para a paisagem que ia passando, Amélia tinha algumas lembranças de sua infância. 

- Vocês tem um Mike também? - Pergunta Onze. 

- Bom, o nome dele era Mike Saint Wheeler, eu o amava muito. -  Ela diz com olhos longíquos na campina verde.

- Chto tam bylo? (O que houve?).

- Certo dia, estávamos designados a missão de invadir o norte francês, um tanto longe da Normandia, mas igualmente perigoso. Eu estava no fronte da esquadrilha, e o Mike em terra, nós não esperávamos um fronte nazista ao norte, na verdade a gente acreditava que só haveriam algumas defesas poucas. Quando o céu se incendiou de balas, sabíamos que havia algo de errado, o nazistas nos pegaram de surpresa, mas mesmo assim, éramos um número maior, e a operação teve um sucesso relativo.

- Relativo? 

- Sim, porque para mim, depois que eu pousei em segurança e procurei pelo Mike, três horas depois eu encontrei o corpo dele, eu Não o vi bebendo com os rapazes, então me embrenhei pela floresta, e depois de tanto procurar, eu o encontrei... Sem vida... - Ela começa a soluçar, mas segura o choro. - Eu o enterrei ali mesmo, porque na guerra não há tempo para lamentar, e até hoje eu convivo com essa dor. 

- Eu... Lamento muito. - Diz Onze segurando sua mão.

   Depois de duas horas de viagem, eles chegaram a estrada principal de Indianapolis, o viaduto que dava vazão para a metrópole. Estava um horrível engarrafamento, incomum para aquele horário, Hopper viu helicópteros da polícia sobrevoando baixo pelo viaduto, e então desceu do carro e avistou mais de 4 helicópteros posicionados próximos a um prédio. 

- Está ali. - Ele aponta para a esquerda.

- Estão tentando capturar ele. - Diz Onze. 

- My dolzhny pomoch' yemu (Nós temos que ir ajudar ele). - Diz Ivanka descendo do carro.

- Ivanka, espera! - Amélia desce atrás e Onze a segue.

- Ei ei ei ei. - Hopper tenta acompanhar.

  As três meninas correm pelo viaduto em meios aos carros que caoticamente lançam suas buzinas como uma esperança de fazer as pessoas se moverem, no entanto, mais a frente um barreira policial foi montada por causa do homem aranha. As três chegam até essa barreira e são paradas por um policial.

- Essa área é restrita temporariamente.

- O que está havendo? - Pergunta Onze.

- Operação do exército dos Estados Unidos da América, agora voltem para o carro de vocês. - Ele ordena.

  Enquanto Onze e Ivanka - que gesticula - tentam convencer o homem que lehes dava um sermão sobre voltar para o carro, Amélia sentiu algo estranho advindo do sul, era como energia massiva, muito grande e anormal. E realmente do sul, uma nuvem de areia estava vindo destruindo as janelas dos prédios por onde passava.

- Gente. - Ela cutuca Onze e Ivanka apontando para a nuvem de areia que se aproxima da parte mais frontal do viaduto além da barreira policial.

- Chto eto za fignya? (Que porra é essa?).

- Atenção comando, vocês estão vendo uma nuvem de areia gigante passando pelo viaduto?

 A areia arrasta os carros da policia e faz com que policiais caiam do viaduto e morram. O policial a frente sai correndo na direção dos carros capotados sacando sua arma e atirando na areia viva. Onze, Amélia e Ivanka aproveitam a abertura e passam pela barreira descendo pela rua lateral do viaduto. Enquanto todos correm de seus carros apavorados, Hopper tenta romper a multidão para alcançar as garotas. No arranha-céus onde se encontravam os helicópteros da imprensa e da policia, o Homem aranha estava encurralado, com armas apontadas para ele, não podia se mover.

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