Jersey City

Christmas Gift - FINAL

24 de dezembro, 16:30 - Casa de Vinchelle, Los Angeles

Michelle olhava atentamente todas aquelas pessoas presentes na sua casa naquela véspera de Natal.

Ela estava no andar de cima da casa, parada atrás do guarda corpo de vidro onde apoiava as mãos, daquele local ela tinha toda a visão da sala onde estavam todos e a grande árvore de Natal, que representava a ocasião.

Sua mãe, sua sogra e seu sogro conversando no sofá tomando café, talvez compartilhando as preciosas experiências deles. Raul, Sonia, Sam e Frank conversavam rindo no outro sofá tomando alguma bebida quente. Já os seus filhos, Luna e Rafa, estavam reunidos com a prima Sinclair fazendo carinho na Hemi e na Coco sentados no tapete em frente a lareira.

Ainda encostada no guarda corpo, Michelle mirou seus olhos nos filhos, e observou Luna correr até Raul para dizer alguma coisa, na qual ele riu divertido logo depois e a menina riu de forma doce para o tio. Michelle sorriu vendo a interação deles.

Michelle sentiu que também estava sendo observada e virou o olhar para trás, sorriu ao constatar que estava sendo observada pelo marido que sorriu ao ser pego. Michelle piscou para ele sorrindo e tornou a olhar para sala no andar de baixo. Vin andou até ela e a abraçou por trás, tendo a mesma vista que ela tinha.

- Eu não poderia pedir mais do que isso. - Michelle disse tocando a mão dele que estava em seu abdômen. - Nossa família reunida.

- Eu estou feliz que finalmente sua mãe veio passar o Natal com a gente. - Ele disse.

- É incrível o poder que nossos filhos têm sobre ela. Eles têm o poder de convencer ela, coisa que em 42 anos eu não aprendi direito a fazer. Você pode acreditar, amor? - Michelle disse com leve desapontamento.

- Eu acredito. Nossos filhos são especiais demais, baby. A esperteza deles me assusta as vezes. - Disse Vin, cheio de memórias.

- Mas você também consegue amolecer ela. - Michelle disse fazendo biquinho.

- Sabe o que é? Vocês duas são pessoas difíceis. - Vin disse beijando o pescoço dela. - Então, se eu consegui com você... consigo com ela facinho. Vocês me amam.

- Ahh engraçado. - Ela disse e riu. - Eu te amo, mas não precisa ficar se achando. Já a minha mãe baba você como se fosse filho dela.

- Assim como você é a queridinha dos meus pais? - O marido disse fingindo indignação. - Você tem ciúmes porque a sogrinha me ama demais?

- Não, eu adoro isso. - A esposa respondeu se virando para abraçar ele. - Essa é uma das poucas coisas que eu consegui convencer ela, amar você.

Vin sorriu fabuloso e Michelle se desvinculou dele.

- Não foi fácil, meu amor. Ela te chamava de tanta coisa engraçada 20 anos atrás. - Ela deu risada chegando na escada para descer.

- Do que ela me chamava? - Vin perguntou indo atrás dela, rindo também.

Michelle descia as escadas fugindo da curiosidade dele.

- Me conta, amor. - O grande homem ia atrás dela. - Por favor, Michelle.

Michelle apenas olhava para ele e ria, até que chegaram na sala e os gêmeos correram até eles.

- Podemos abrir os presentes agora? - Rafa e Luna perguntaram quase juntos.

- Vocês sabem que só vamos abrir os presentes mais tarde. - Vin respondeu.

- Mamãe, eu preciso sair rapidinho, vamos comigo? - Michelle perguntou sussurrando no ouvido da mãe.