Três Formas Diferentes De Amar

♡Capítulo Sessenta E Cinco♡

》Dean Meyer P.O.V《

    Eu sabia que essa noite iria ser diferente por três motivos.
     Primeiro: Eu estava ansioso e curioso sobre almoçar com a minha família.
     Segundo: Ryan me fez uma massagem no corpo todo que me deixou completamente relaxado.
     Terceiro: Meu namorado ficou por mais de uma hora conversando comigo sem parar, eu até fiquei zonzo! Eu acho que ele tentou não me deixar com a mente sobrecarregada.
     E isso teve um resultado muito positivo. Eu consegui dormir uma noite toda sem ter pesadelos.
     Foi tão bom acordar de manhã com beijos super carinhosos do meu namorado. Ele ficou orgulhoso de mim e eu feliz.
     O dia já começou bem!
     A Isa não dormiu aqui, então nós tomamos café sozinhos e ficamos um tempo sem fazer completamente nada.
     Quando deu 09h00, a ansiedade me consumiu! Eu estava nervoso, a ficha não caiu que vou voltar naquela casa e ter um almoço em família depois de tanto tempo!
     Ryan vai comigo, sinceramente eu não quero ir lá sozinho, da última vez eu quase apanhei, não sei o que esperar de hoje! Meu namorado está simplesmente tomado por nervosismo e até medo. Eu não sei se tento acalmar ele ou a mim.
     Nos arrumamos juntos, levamos cerca de 30 minutos, então resolvemos ir. Não tinha mais como escapar mesmo!
     Eu nem acredito que vou ver a minha família toda, que vou me sentar naquela mesa e comer com eles mais uma vez! Eu só espero do fundo do coração que meu pai não trate o Ryan mal. Sei que ele deve estar se esforçando muito, mas se ele fizer comentários homofóbicos ou desprezar meu namorado, sou capaz de levantar e sair de lá no mesmo momento!
     Quando o carro parou em frente à casa azul, eu meio que travei completamente, tomado pelo nervosismo, com as lembranças a mil passando pela minha mente.

     — Tudo bem? — escuto a voz de Ryan e sinto a sua mão na minha, eu faço sinal positivo, respirando fundo. — Vai dar tudo certo, eu não vou sair do seu lado!

     Saímos do carro e andamos juntos. Paramos lado à lado na porta, eu me senti tremer, lembrando do dia em que fui expulso daqui...
     O que eu estou fazendo? Eu ainda posso desistir?
     A resposta é claramente não. Ryan percebeu que eu travei completamente e quis me ajudar, tocando a campainha por mim e segurou a minha mão com segurança, me mostrando um sorriso calmo.

     — Vocês chegaram! Entrem, entrem! — a minha mãe abriu a porta com um sorriso lindo no rosto, toda agitada e arrumada.

     Nós entramos, eu olhei em volta, sentindo arrepios contínuos pelo corpo, lembrando de muitas coisas que eu vivi nessa sala, nessa casa! Parecia que um filme tinha passado pela minha cabeça, mostrando todas as minhas memórias, os momentos bons...

     — Que bom que você veio, Ryan!

     — É um prazer vê-la novamente, senhora Maya, eu não poderia negar o convite!

     — O prazer é todo meu! Mas como vocês estão?

     — Bem, estamos bem! — o Ryan conversava com ela e eu ainda perdido nas minhas lembranças...

     Eu costumava dormir naquele sofá com os meus dois irmãos depois de comer muita besteira em noites que nossos pais saiam e ficávamos sozinhos.

     — Filho? — sinto a mão delicada de minha mãe no meu ombro, olho para ela. — Está tudo bem? — pergunta calmamente, eu faço um sinal positivo agitado para ela que sorri, passando a mão no meu rosto. — Que bom que os machucados do seu rosto sumiram, você está lindo de novo! — comentou, eu acabei rindo, Ryan também.

     — Então eu estava feio antes, mãe?

     — Só um pouquinho! — ela faz cara levada e nós rimos.