♡Capítulo Sessenta E Três♡

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》Dean Meyer P.O.V《

      Para ser sincero, estou péssimo, acabo chorando sempre quando estou sozinho, lembrando de toda maldade que fizeram comigo. Para piorar, tem as marcas por todo o meu corpo que quando melhorarem, algumas delas vão se tornar cicatrizes, estando sempre ali para me lembrar...
     Na frente de qualquer pessoa, eu tento ser forte, eu tento sorrir, ser o Dean que sempre fui, porque eu não quero que tenham pena de mim, eu não quero viver dias de melancolia, eu não quero que olhem para mim e pensem que eu fui raptado e espancado, eu queria que todos esquecessem essa vergonha que vou levar para a vida toda.
     Eu só percebi que os dias e, principalmente as noites, eram melhores no hospital do que em casa, talvez pelos remédios e sedativos, no primeiro dia de volta ao meu apartamento...
     Ryan e eu chegamos já tem um tempo, eu tomei um banho, me vestindo com calça e blusa de manga cumprida mesmo sem estar frio. Meu namorado preparou um jantar maravilhoso que nós comemos juntos enquanto ele fazia de tudo para me deixar o melhor possível.
     Eu nem sei explicar o quão sou sortudo por ter um homem tão incrível ao meu lado.
     Nós assistimos um filme juntos, então meu namorado me chamou para dormir. Isa voltou para casa dos tios e só voltaria amanhã, Ryan não quis sair do meu lado.
     Fomos para o quarto, Ryan ficou só com um shorts e arrumou a cama, se sentando a me olhar.

     — Vai dormir assim? — perguntou calmamente e não é por menos, acho que nunca dormi com mais do que uma cueca com ele.

     Eu fiz um leve sinal positivo, meio que abraçando meu próprio corpo, Ryan se aproximou dos pés da cama, onde eu estava de pé.

     — Está com medo de mim?

     — Não, não é isso... — desviei o olhar. — É que... O meu corpo está horrível, eu não consigo ficar nú, de shorts ou roupas mais abertas. — sussurro meio triste, Ryan segura as minhas mãos e me faz olhar para si.

     — Eu posso ver? — pergunta, eu não respondo, me sentindo mal. — Não se preocupe, eu vou te amar para sempre, independente de qualquer coisa! — me faz carinhos.

     Respiro fundo olhando em seus olhos, então solto as suas mãos, tirando a blusa de manga cumprida, engolindo em seco. Ryan observa cada corte, cada marca roxa... Me pega pela mão e puxa para o meio das suas pernas, toca calmamente a minha cintura e sinto um beijo calmo na minha barriga em um dos machucados.

     — Eu te amo! — sussurrou a me olhar, soltei um sorriso e ele foi beijando cada machucado que viu, na barriga, pelos meus braços, nas costas...

     Retirei a minha calça, ficando só de cueca, Ryan me fez deitar e deu beijos pelas minhas pernas, parou nos meus pés, onde fez carinhos muito bons. Depois de algum tempo, ele se deitou ao meu lado e segurou meu rosto, dando vários beijos em minha face e eu sorrio, feliz pela sua atitude, tocando em seu peitoral.

     — Eu te amo! — ele sussurra e me abraça, beijando a minha testa e eu sorrio, me deitando em sei peitoral, sentindo o cobertor por cima de nós.

     Eu não demorei para ficar com sono escutando o coração de Ryan bater calmamente, as luzes se apagaram e foi então que tudo começou.
     Eu não sei direito por quanto tempo eu dormi, mas fui acordado com pressa por Ryan, de um pesadelo horrível. Eu estava chorando, tremendo e com muito medo, na minha cabeça eu acreditava ainda estar preso naquela casa, que eles me espancavam...
     Ryan me acalmou, mas foi desse dia em diante que eu vi que eu não iria superar isso tão facilmente quanto eu pensava que seria...

~•~•~

     No dia seguinte, o Ryan queria que eu começasse a ir no psicólogo, ele estava assustado e muito preocupado pela noite anterior, mas eu disse que estava tudo bem e não precisava.
 

Três Formas Diferentes De AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora