☆Capítulo Dez☆

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》Raviel Clifford P.O.V《

     A noite foi péssima, fiquei até muito tarde esperando o Dean dormir, até ele fechar os olhos, então eu não aguentei mais e acabei dormindo, mesmo sabendo que ele fingia esse sono porque, com tudo que aconteceu, ele não tem mais psicológico para conseguir lidar com isso e tentar descansar.
     Logo cedo, levantei junto do meu amigo, ele estava péssimo, cheio de olheiras e os olhos inchados, disse que ia trabalhar, insisti para ele ficar, mas ele foi de qualquer forma. Mesmo me sentindo mal por ele, eu voltei a dormir um pouco, estava com muito sono e só acordei quando era por volta das 11h00 com a campainha tocando.
     Estava só de shorts e com os cabelos todos bagunçados. Passei água de pressa no rosto e fui para sala colocando uma camisa todo atrapalhado. Quando abri, fechei a cara na hora. O que Seth faz aqui?

     — Ah, é você! — e dei as costas de cara fechada, ele entrou fechando a porta.

     — Só vim porque você pediu ajuda para estudar. — me seguiu calmamente, ele estava com uma mochila nas costas.

     — Preferiria tirar zero no teste do que te ver aqui hoje!

     — Posso ir embora se quiser.

     — Agora que já veio, fica! — passei as mãos no rosto, tentando acordar direito e fui para cozinha, ele me seguiu.

     — Bom... eu também vim porque queria me desculpar! — ele falou meio baixo enquanto eu mexia na geladeira e continuei sem olhar para ele. — Eu sei que exagerei, desculpa, eu fiquei um pouco tonto, juro que nunca mais faço isso! — e então o olhei com um abacaxi na mão.

      — Tonto? Qual é? Você bebeu um copo de bebida se não menos! — bufo pegando o liquidificador para fazer suco.

     — Eu já estava bebendo antes de você me encontrar! — resmungou, ri sarcástico. — Me desculpa, por favor, estou muito arrependido, eu juro que nunca tocaria em você em sã consciência! — implora, respiro fundo colocando o suco em uma jarra.

     — Ok, mas nunca mais toca em mim, não vou te poupar de novo! — resmungo pegando algumas coisas para comer, ele soltou um riso baixinho.

     — Acordou agora? — se senta, dou um copo de suco para ele.

     — Não dormi a madrugada toda.

     — Por causa do seu amigo? — pergunta, afirmo. — falando nisso, como ele está?

     — Péssimo. Foi trabalhar, por mais que insisti para ele ficar. — me sento à sua frente, começando a comer.

     — Eu sinto muito, sei como isso dói, mas ele vai ficar bem! — resmungou olhando a mesa, o encarei.

     — Você já... — deixei a frase no ar, ele afirmou.

     — Foi no ensino–médio, ela me traiu com um dos meus melhores amigos que eu tinha. Por isso eu odeio traição, é uma dor insuportável, eu penso que é melhor ficar solteiro do que trair alguém. Eu jurei para mim que não iria namorar novamente se não tivesse certeza que gostaria o suficiente de alguém para ficar só com ela! — comenta, fico pensando sobre isso.

     — Eu também penso assim, mas ao contrário de você, eu não fico com qualquer pessoa. Quase todas garotas que eu fiquei, namorei.

     — Eu não fico com qualquer pessoa! — diz incrédulo, solto um riso. — Ok, talvez eu fique com qualquer pessoa, mas eu tenho parado com isso.

     — Tá! — ri dele que revirou os olhos.

     — Acredite se quiser. Quantos namoros você teve? — perguntou, pensei um pouco.

Três Formas Diferentes De AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora