18- Não É Uma Competição

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TONI Point of View

(12 anos antes)
(Dia seguinte)

Eu podia ver a confusão no rosto da Cheryl quando me viu parada, na minha moto, à frente de seu prédio. A ruiva veio até mim, ainda desconfiada.

- O que está fazendo aqui?

- Nós falamos que iríamos tentar, essa sou eu tentando.- estendo o capacete para ela.- Vim dar uma carona para você, não gostou?- ela pega o capacete e sorri pequeno.

- Estaria mentindo se dissesse que não. E, se você fica tão atraente em cima dessa moto, eu ficarei muito mais.- reviro os olhos, mas ainda sorrio.- Eu te elogiei, só contei que fico melhor. Estou tentando, não me julgue.

- Tá bom, ruiva. Agora sobe aí.- ela coloca o capacete e sobe na moto. Assim que ela me segura pela cintura, eu dou partida em direção a escola.

Quando acelero um pouco mais, Cheryl me abraça mais forte, provavelmente com medo de cair. Isso me fez rir, a tão corajosa e orgulhosa Cherry Bombshell demonstrando medo. Eu diminui a velocidade para acalmá-la, o objetivo não era assusta-la para depois acontecer mais uma briga e voltarmos para antes do nosso "acordo".

Ao chegar na escola, estaciono na mesma vaga de sempre e saímos da moto. Andamos até a entrada da escola e, assim que passamos pelo portão, sou surpreendida por Cheryl segurando minha mão. Olho para ela, mas não consigo conectar nossos olhares, pois ela olhava para o outro lado, mas posso ver que suas bochechas estavam coradas.

- Não me olhe assim. Você está tentando, quero provar que estou tentando o mesmo tanto.- movo a mão, entrelaço nosso dedos e a puxo para mais perto.

- Pela primeira vez desde que nos conhecemos, isso não é uma competição entre nós duas. Tente seu melhor, que eu tentarei o meu.

- Ridícula, não me faça ficar com vergonha!- solto uma risada em divertimento.

- Sua ridícula?- agora ela me olha, espantada.- Estou brincando.- Quem sabe um dia no futuro, eu não esteja brincando.

CHERYL Point of View

- Vim de colete, mas levei o tiro na testa.- falou Veronica.- Vocês estão muito fofas juntas.

- Eu sou fofa naturalmente.- falou Toni convencida.

- Você é ridícula naturalmente.- Acho que tenho que parar de chama-la de ridícula e de implicar tanto.- E fofa também...- resmungo, tentando "consertar" minha fala.

- Quero ver um beijo.- falou Hope.- Beijo! Beijo!- e então Helen, Ronnie e Betty acompanharam a loira.- Beijo! Beijo!

- Vocês não precisam ver nós nos beij- seguro o rosto da Toni e a beijo, interrompendo sua fala. Teve língua e tudo, querem um beijo, vão ter uma baita de um show. Encerro o beijo puxando o lábio dela.

- Caramba! Isso que eu chamo de beijo.- disse Hope.- Até fiquei com calor!

- Quero mais uuummm.- diz Toni manhosa.

- Não!- eu até queria mais um, ou melhor, mais vários. Porém não com elas nos olhando.

(Uma semana depois)

Essa semana passou rápido, acho que foi porque tudo estava estranhamente diferente, mas ao mesmo tempo não estava tão diferente assim.

Eu e Toni estávamos nos dando um pouco melhor. Ainda trocávamos implicâncias com bastante frequência, ainda chamávamos de nomes como ridícula, idiota, convencida, doida e coisas do tipo. Mas tentamos agir mais como pessoas que estão juntas: Toni me buscou algumas vezes em minha casa; eu a chamei para tomarmos um milkshake no Pop's; e alguns beijos trocados aqui e ali sem ser escondido.

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