Quando o sol descansou totalmente atrás das colinas, eu comecei a me arrumar, já que não conseguiria fugir da ida ao baile. Se estivesse em Lynx, seria bem mais fácil, mas a essa altura eu já havia reparado que não tinha mais nada o que fazer para me livrar daquilo.
Dara realmente voltou em uma hora, junto a outra mulher de aparência mais velha e pele cor de oliva. Era tão simpática que me deixou brevemente esquecida que estava prestes a fazer aquilo que eu menos queria na vida.
Elas prepararam meu banho, que eu havia reparado que estava mesmo precisando. Quando senti a água quente em meu corpo, logo que entrei na banheira, meus músculos puderam relaxar quase instantaneamente, diminuindo toda a rigidez que tomou conta de mim durante a viagem.
Quando terminei o banho, Dara me ajudou com a parte de trás do vestido, que por ser trançada era difícil de vestir sozinha. Era um modelo sem mangas, com pequenos babados no busto. Era de um azul que lembrava um diamante, e era elegante ao mesmo tempo que continuava discreto, como eu gostava. Alguns detalhes de folhas prateadas delicadas desciam da cintura por todo o cumprimento saia.
Sento-me frente ao espelho para a outra mulher arrumar meu cabelo. Ela possuía grande destreza, assim como a minha assistente pessoal Estela, que havia ficado em Lynx. Colocou meus fios castanhos, quase amendoados, de cabelo para trás, olhando-me através do espelho.
– Como gosta dele, alteza? – a moça, Syla, perguntou.
– Não precisa fazer nada tão trabalhoso – articulei – Irei usar aquela tiara que está sobre a cama em minha cabeça essa noite, que já será extravagante. – ela sorriu quando pareceu decidir o melhor penteado.
– Farei um coque baixo e lateral, então... – mostro um sorriso em resposta e ela começa a mexer, de forma experiente, em meus cabelos.
Syla era bastante habilidosa, arrumou meu cabelo divinamente em poucos minutos. Eu mesma coloquei minhas joias – apenas um brinco e o meu colar favorito, presente da minha mãe no meu aniversário de dezoito anos – e por fim, a tiara. Não era nenhuma das tiaras extravagantes que eu tinha, mas era a minha favorita.
E, todavia, eu não planejava ser o centro das atenções essa noite. Qualquer coisa que me levasse a ser o mais discreta possível estava de bom tamanho.
Quando me aprontei, alguns minutos depois meu irmão bateu em minha porta. Dara a abriu, e a contragosto eu saí do quarto.
– Olha só, você até que está parecendo com a princesa, achei que fosse se recusar a se arrumar para ele baile. – ele zomba, e eu o lanço um olhar aterrorizante.
– Ainda não perdoei você por dizer a rainha que eu amo bailes e fazer ela acreditar que estou aqui disponível para me apaixonar loucamente pelo filho dela, já que é isso que metade das garotas que estarão nesse baile vieram fazer. – ele ri de mim, bem na minha cara, e me guia sem delicadeza para fora.
– Sabe que papai quer desesperadamente casar você com o Rei Kim desde muito antes da coroação e há uma grande chance de ele insistir nisso justamente agora, não sabe? – eu sinto o nó na minha garganta se afrouxar um pouco.
– Então foi isso que você veio fazer, não foi? Preparar o caminho para quando ele me vender para o Rei, não sentir a culpa de eu sequer conhece-lo direito antes? – falo, enquanto descemos a escada. Eu sentia um nervosismo repentino, não sabia porquê.
– Você o conhece, Lis. Vocês cresceram juntos...
- O conhecia quando tinha seis anos, não é, Yoongi? Fora isso, não o conheço. E você sabe que não tenho quase nenhum interesse em realmente conhecer. – faço ma careta de desagrado enquanto falo.
O problema não era Kim.
Claro que eu não queria e não me casaria com quem não conheço, mas a questão não é apenas sobre ser ele. Odeio que tenham que mandar em mim, odeio ter que proteger uma coroa que não é minha. Amo meu irmão, mas odeio ser a sombra dele. Amo Lynx, mas o reino não me pertence. Por que sou eu quem tem que tomar decisões para proteger uma coroa que jamais me pertencerá? Reconheço os meus próprios motivos para defini-los como bons o suficiente para ser contra essa ideia.
No presente, meu irmão me guia majestosamente pelo corredor, quando já estávamos perto do salão. Yoongi parecia sentir remorso por ter tocado no assunto, e antes de passar pela porta ele me olha por breves segundos, tocando a meu rosto com cautela e carinho.
– Prometo que quando tudo isso acabar, você poderá voltar para nossa casa e fazer o que quiser. – tanto ele quanto eu não tínhamos total convicção nas palavras, mas eu reconhecia as suas intenções.
O salão estava realmente cheio, no momento que entramos.
Claro que estaria. Era o primeiro baile oficial de Seokjin como rei. Faz dois anos que assumiu o peso da coroa, e além de sua coroação, ele não gostava de reuniões badaladas como esses bailes. O reino viveu um esticado período de luto após a morte do antigo rei. Mas quanto ao novo rei, por tudo que tenho escutado, sua corte o tem cobrado muito a respeito de tudo. E também sobre se casar.
Eles acreditam que Kim não deveria ser rei, que o seu trono deveria ser passado a seu irmão mais novo, Taehyung. Algo que é extremamente comentado, com más intenções. Eu não sei o que se passa em sua corte, mas eu vivo em uma.
Nobres não são muito diferentes, independentemente do que lugar onde vivem e em que tempo vivem. Eles decidem o que é certo e errado por si só, em sua maioria de forma injusta. Em sua maioria de forma suja.
Certa vez quase me obrigaram a casar com alguém que eu jamais tinha visto na vida, e estavam prestes a fazer isso novamente. Para eles, Kim tinha que se provar digno da coroa que carregava há dois anos sobre a sua cabeça. Vinha de uma linhagem de reis fortes e dignos, pelo que diziam. Tinha que se casar e tinha que se provar capaz de gerar herdeiros. Tinha que guerrear, tinha que ser um Grande Rei, no mais literal significado das palavras.
Eu não compreendia, e nem sabia se Seokjin merecia toda essa perseguição. Mas como eu havia fixado, não sei o que se passa em sua corte. Seus problemas realmente não são algo que eu esteja preocupada em tomar conhecimento.
O salão estava tão cheio que era difícil identificar todos os rostos que via logo de cara. Mas foi totalmente fácil localizar a Rainha rapidamente. A encontramos ao lado de outra lady, de cabelos tão loiros quanto o da moça ao seu lado. Não precisava perguntar para saber que era sua filha.
– Há muitas candidatas em potencial aqui, não acha? Bem mais lindas que eu... – sussurrei para Yoongi, que esboçou um sorriso no canto da boca.
– Que eu saiba, nenhuma outra entre elas é princesa de Lynx. – meus ombros caíram no mesmo instante. Eu estava odiando aquela situação mais que tudo, em um todo gritante. Sentia a atmosfera daquele ambiente claustrofóbico me consumindo, em cada mínimo pedaço do meu corpo, pensamentos e energia. Queria ir embora.
Era por isso que odiava bailes.
Tudo seria mais fácil se, nesse momento, eu fosse uma pessoa simples fora da corte. Ser princesa, acompanhada por um futuro rei, automaticamente me dá vantagem sobre a maioria das garotas dentro neste salão. Não odiava ser princesa, apenas aquele momento.
– Majestade. – fizemos uma reverência para a Rainha Lydia, que apresentava toda a sua felicidade genuína ao nos ver.
– Queridos, espero que estejam contentes com a organização da festa. – Fala, olhando em volta com nossa companhia.
– Está tudo perfeito, majestade. – Yoongi falou, mais por educação do que por qualquer outra coisa. Mas ainda assim não mentia, eu teria que concordar. Estava tudo deslumbrante, em cada pequeno e visível detalhe.
A rainha se vira para mim. Está usando um lindo vestido verde musgo com detalhes dourados. É linda e majestosa, alguém que realmente nasceu para ocupar aquela admirável posição.
– Lis, querida, você está deslumbrante como um diamante. – eu abri um sorriso verdadeiro, de felicidade genuína. Aquele era um elogio de muito valor, vindo de uma mulher que eu admiro desde criança. – Quero que conheça Lady Bloom, e a filha dela, Lady Valentina. – as duas mulheres que estavam com a rainha, cumprimentaram a mim e meu irmão.
– Encantada. – eu digo, tentando não esboçar a ansiedade que cobria cada mínimo pedaço do meu corpo.
Eu não consegui mais prestar atenção em nada, por um bom tempo. Fiquei inerte, sem sequer pensar. Dei uma resposta automática quando a rainha falou algo sobre passear com Valentina algum dia, que esperava ter soado interessada.
Eu olhava para Yoongi tentando dizer para ele por meio de telepatia que fizesse o tempo passar mais rápido. As outras damas conversavam, mas eu ainda estava absorta, olhando para cada pedaço do salão sem realmente prestar atenção em nada específico.
Olho para cima, e ironicamente meus olhos me guiam ao camarote do rei. Vejo sua figura no mesmo instante. Ele era belo como eu me lembrava.
Era surpreendente a beleza daquela linhagem, que aumentava a cada filho.
Estava com as mãos apoiadas no parapeito, usava uma roupa totalmente preta, sem capa, apenas um terno que caiam perfeitamente bem em todo o desenho do seu corpo, mas ainda com toda a majestade que o traje de um rei deveria ter. Ele chamava a atenção.
Estava olhando para o salão, sendo capaz de enxergar todas as pessoas que estavam a baixo dele, com certeza. Seus olhos vagavam de um lado para outro até que param em mim.
Ele não era alguém sério, não era alguém sorridente. Na verdade ele nem parecia esbanjar alguma emoção. Era como um rosto esculpido em mármore. Lindo e sem vida.
Percebo que não era para mim que estava olhando, de fato, e sim para a rainha. Demorou pouco para que ele se aproximasse. Eu ainda estava no meu estado repentino de paralisação, apesar de ter sido a única a ter notado sua aproximação a princípio
– Majestade! – Lady Bloom se antecipou, curvando-se ao rei, mas logo seguimos seu gesto. Era quase automático.
– Filho, que bom que veio. – diz a rainha. Ele não parecia feliz, na verdade parecia como eu, e engolia em seco a cada dez segundos. – Lady Valentina não parava de perguntar sobre você. – a rainha observa e a menina simplesmente tornou-se incapaz de parar de sorrir para o rei. Eu queria fugir.
– Min, que bom que veio. – O Rei ignorou a própria mãe, direcionando seu olhar ao meu irmão, com o rosto iluminado. Acho que isso o deixou confortável e aliviado de alguma forma. Ele parecia disposto ignorar o assunto que sua mãe havia iniciado a todo custo.
– Eu não perderia esse baile nem se eu quisesse, Kim, você sabe. – apenas eu compreendo as entrelinhas do que meu irmão acabara de falar, pois só eu o conheço bem o suficiente para compreender aquela frase completamente.
Então os olhos do rei cruzam com os meus. Ele era tão grande e poderoso que eu sentia o ar me faltar, apesar de ser uma sensação que durara pouco.
– Princesa Min – ele fala, com uma voz saudosa. Curvo minha cabeça, educadamente, enquanto um pequeno sorriso atravessa o rosto do Rei. Foi a primeira vez que o vi sorrir esta noite. – Vejo que minha mãe realmente conseguiu trazê-los, não me surpreendente que ela tenha feito todos os esforços do mundo para esse baile existir. Pelo que me parece, meu casamento já está próximo. Estou certo, querida rainha? Acredito que já tenha começado os preparativos para a festa do século... – o sorriso dela era um pouco constrangido, mas ela não conseguia negar. O rei me lançava um olhar de desdém misturado com maliciosa curiosidade. Ele sabia porquê eu estava ali, pois assim como eu, não era bobo. E eu não gostava de como fui vítima de seu sarcasmo, ou alfinetada à própria mãe. Eu não estava ali para casar com ele. Valentina provavelmente sim, estava, então que ele sorrisse assim para ela. – Não quero que os meus convidados mais especiais sejam tratados de qualquer jeito. Venham, juntem-se ao meu camarote.
Ele nos guiou, seguindo em nossa frente. E Yoongi teve que me puxar para eu conseguir sair do lugar que havia me plantado. Me despeço da rainha, sentindo aquele clima que eu preferia a todo custo não sentir, pairando entre ela e o filho.
Não pareciam compartilhar o mesmo agrado quanto aquele assunto de baile e casamento.
O camarote do rei era, de todos, o lugar mais especial daquele salão, o que o torna automaticamente o lugar que eu não quero estar de maneira alguma.
Ele caminha em nossa frente como se todo o poder do mundo estivesse posto em suas mãos e ele simplesmente ignorasse. Parecia querer estar em qualquer lugar do mundo que não fosse aquele. Ou querer estar em lugar nenhum.
– Sinto muito que tenham ficado tanto tempo entre elas... – ele se referia a mãe e as outras mulheres – Espero que estejam suportando essa festa. – o Rei se senta em seu trono imponente, olhando para o salão. Eu só conseguia achar tudo isso patético.
Ele pediu para sentarmos em volta dele, e começou uma conversa com Yoongi. Eles eram amigos, se conheciam melhor do que eu o conhecia, o que automaticamente me excluía da conversa. Eu não conseguia me encaixar em lugar nenhum daquela festa tosca, o que era um pouco pior.
Tenho habilidades de socialização apreciáveis. Hbilidades que fazem de mim uma imagem de liderança em qualquer círculo de conversa em que eu seja inserida. Habilidades aristocráticas que aprendi desde cedo, que são úteis quando eu estou disposta e contente para me favorecer delas, mas este não é o caso.
Quando o príncipe Taehyung chegou, o Rei estava bem mais animado. Eles estavam bebido vinho, deleitando-se de um banquete particular. Pelo que parecia, era a única forma para ele conseguir aguentar mais algumas horas de festa. Um Rei não deveria agir assim, mas apesar de tudo, ninguém teria coragem de dizer isso a um.
Eu estava odiando estar naquele meio, e se não saísse imediatamente, sinto que poderia perder a cabeça.
Levanto sem dar tempo para Yoongi me parar, e eu ter que fingir alguma desculpa como que só estou atrás de uma bebida.
Pessoas dançavam pelo salão. Vários nobres sorridentes e de tanta arrogância palpável, trajes bonitos e destacáveis, e eu abro caminho entre eles em busca de algum lugar onde o ar corra puro. Alguns me cumprimentam cheios de expectativa, como se soubessem a razão para eu estar ali, o que me deixa enraivecida.
O salão estava perfeitamente decorado. O teto era totalmente feito de ouro, pelo que eu supus. Grandes lustres decorados de diamante iluminavam o ambiente. Era majestoso, e eles queriam mostrar sua imponência e riqueza. Eu não me sentia menos nobre ou menos especial que ninguém, essa não era a questão. Eu só me sentiria muito mais confortável em casa.
"Está pior do que eu imaginava. Ele é um grosseiro.”
Eu pensava em todas as possibilidades para me livrar, talvez se eu voltar para o quarto ninguém realmente perceba, e eu ficarei livre por um tempo.
Me afasto um pouco, seguindo um caminho que eu não conheço, mas pelo menos parece levar para algum lugar ao ar livre. Estou certa, em pouco tempo paro em uma sacada, sem pessoas, iluminada pela lua e o reflexo do salão, e com ar puro entrando em meus pulmões. Era um lugar tranquilo, e relaxei por um período, apesar de seguir com os pensamentos de que queria voltar para casa o mais rápido possível.
Ou talvez nem ter vindo.
– O baile não está à sua altura para que consiga aproveitar? – me viro na direção da voz grave e grosseira. Ele havia se aproximado e estava encostado contra o mesmo parapeito que eu, olhando para a mesma direção que eu.
– Tenho uma grande aversão bailes. – falo, me recompondo.
– Então parece que estamos tendo o mesmo problema. – observa. Ainda está olhando para o pátio do palácio – Nossos pais estão tentando nos casar. Veja só, que incrível. – ele ri, mas visivelmente não achava graça. Parecia tão perdido e chateado quanto eu estava. Seokjin vira o rosto em minha direção, e eu não tive tempo para fingir que não estava olhando para ele.
Eu fico em choque. Não por de fato estar surpresa com sua afirmação, mas por ouvir sobre isso. Pois é apenas mais uma prova de que é uma situação real. Era meio óbvio que estavam tramando seu casamento.
– Patético – resmungo. Realmente me controlo ao impulso de atirar minha tiara para longe, e demonstrar a ele minha chateação.
– Eu sei, me lembram disso todos os dias ao acordar e várias vezes antes de dormir. – ele gargalha ruidosamente. Não é necessário muito para supor que ele havia bebido.
– Não foi o que eu quis dizer, não me referia a vossa majestade...
– Amaryllis? – assinto, achei que ele ao menos saberia meu nome. Mas pareceu duvidar se havia recordado da pessoa certa. Ótimo candidato a marido, o que me arranjaram. – Eu estou um pouco bêbado, mas antes de tudo quero pedir perdão pelo que irá acontecer com a sua vida pelo resto dos seus anos, não é culpa minha mas você sabe que é inevitável que isso aconteça. Nascemos de arranjos iguais e a nossa vida é um acordo, então sinto muito por ser o seu marido pelas próximas décadas. – ele não estava UM POUCO bêbado. Ele estava MUITO bêbado.
Me aproveitei disso.
– Majestade, não quero ouvir o que tem a dizer enquanto está sob efeito de tanto vinho que mal consegue ficar de pé. Vá para dentro enquanto consegue andar, porque se por acaso cair aqui eu não o levarei para dentro. – ele abre um sorriso grogue, os olhos estavam tão bêbados quanto o resto do corpo.
– Eu ainda sou Rei, não pode falar comigo dessa forma. – tentou se aproximar. Olhava para mim como se fosse uma espécie diferente.
Eu tirei todas as minhas dúvidas; eu não era compatível com ele. Era uma pessoa totalmente oposta a mim. Era irresponsável, e não são suposições, estou vendo isso. Está tão bêbado que mal consegue falar. E é perverso, grosseiro, tudo o que o torna um Rei deplorável.
Talvez sua corte tenha razão, no fim. E eu não estou de acordo a ser a criatura amaldiçoada que terá que dividir a vida com ele.
– Não vou me casar com você, grave isso em sua memória. – exclamo entre dentes. Mesmo estando bêbado, queria que soubesse muito bem a respeito disso.
Seus olhos caíram sobre o meu corpo completo, com deboche de um bêbado irritante. Me seguro para não bofetar o Rei em sua própria casa.
– Sinto muito querida, mas eu já sou sua maldição. – sorri outra vez – Apesar de tudo... – ele soluça.
Eu não fico para ouvir seja lá o que esteja prestes a falar. Afasto-me, decidida a ir para o meu quarto, pois o baile já havia acabado para mim. E decidida também a detestar qualquer pessoa que achou divertido me colocar nessa situação. De me fazer de opção para casar com o Rei de Serpens, apesar das circunstâncias diplomáticas que levaram a essa escolha.
Eu não me casarei com ele, nem se for para impedir que o céu caia amanhã.
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Eita eita eita meus amigos kkk
Eu espero que vocês tenham gostado, até o próximo capítulo 💘
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A Coroa de Serpens - Kim Seokjin
FanficA corte é perigosa, e para ser a realeza sobre a própria realeza, a trupe o obriga a provar sua dignidade com o próprio coração. Considerado indigno, o reinado do novo Rei de Serpens está amaldiçoado a acabar. Para ser rei não basta ter sangue rea...