IlCey One-Shots (Port / Eng / Spa)

2 - Como se fosse a Primeira Vez

Oii IlCey stans! Bem-vindos de volta a esse espaço maravilhoso dedicado apenas a one-shots.

Vocês votaram, vocês escolheram, e aqui está a fic do que se passa entre os episódios 16 e 17. Ficou mais caliente do que eu esperava inicialmente, mas espero que gostem!

Boa leitura e vejo vocês na próxima historinha #IlCey :)

Como se fosse a Primeira Vez

Ceylin largou-se na cadeira de seu escritório, falhando em conter um suspiro pesado.

Estava cansada, mas isso não a impedia de aproveitar cada segundo daquela fantástica sensação de liberdade. Ceylin estivera em uma cela nos últimos dias, mas a pior prisão que experimentara fora dentro de sua própria consciência. Desconhecer se era ou não culpada pela morte de Engin fora uma tortura muito pior do que passar três dias em uma penitenciária.

Mas agora, graças a Ilgaz com todo seu apoio e ajuda, Ceylin livrara-se tanto do encarceramento físico quanto mental. Inicialmente, ele havia conseguido com que ela fosse solta, cumprindo mais uma vez com sua palavra. E por fim, havia reconstituído com ela o passo a passo da noite em que Engin fugira do hospital, enfim dando a Ceylin a oportunidade perfeita para lembrar-se que outra pessoa havia sido a responsável pela morte do rapaz.

Imediatamente após sair da prisão, Ceylin havia se dado o luxo de passar a noite na companhia das pessoas que amava sem tentar preocupar-se muito com o que vinha a seguir. As últimas semanas haviam servido para provar como a vida era imprevisível. Tudo podia mudar em um piscar de olhos, então às vezes era importante apenas parar e curtir o que ela tinha no momento, sem pensar muito no futuro.

Infelizmente, a maravilhosa revelação que não era a assassina de Engin fora sucedida por outra descoberta que não deixara Ceylin tão satisfeita assim.

Logo após lembrar-se de detalhes sobre aquela noite fatídica, Ilgaz havia compartilhado mais detalhes sobre como conseguira tirá-la da prisão. Fora então que Ceylin ficara sabendo que ele havia pedido demissão de seu trabalho como promotor.

Inicialmente, a notícia havia enfurecido a advogada, deflagrando uma briga que Ilgaz se recusara a ter com ela. Ceylin havia tentado a todo custo discutir com ele para extravasar toda sua raiva e tentar convencê-lo a consertar o erro que havia cometido, mas como sempre, Ilgaz mantivera-se calmo e contido, afirmando que não mudaria sua decisão, o que apenas serviu para exaltá-la ainda mais.

Ceylin então reclamara com ele de forma ainda mais acalorada até que Ilgaz a silenciou de forma inesperada. Argumentos racionais não haviam sido suficientes para deter a fúria dela, mas o beijo que ele deu na advogada prontamente a subjugou, contendo os avanços dela exatamente como Ilgaz pretendera.

Ceylin fora pega de surpresa, mas ao invés de congelar ou o empurrar pela audácia que ele tinha em beijá-la em um momento como aquele, ela retribuíra o beijo na mesma intensidade, derretendo-se nos braços de Ilgaz.

Assim, quando ele por fim se afastou, obviamente esperando que pudessem retomar a conversa em um tom mais calmo, Ceylin impulsivamente deu as costas para ele e entrou no primeiro taxi que encontrou. Estava mortificada com a facilidade com a qual esquecera de todos os seus argumentos, mesmo que momentaneamente.

Ela voltara para a casa da mãe, determinada a não vê-lo naquela noite pois precisava da distância para acalmar seu coração e processar tudo que descobrira. Se ainda tivesse seu celular, talvez tivesse ligado quando se acalmara, mas nem isso conseguira resolver ainda.

A advogada sentia uma mistura de culpa, arrependimento e apreensão. Por fim, Ceylin se convencera que não tomara a melhor decisão ao fugir de Ilgaz daquele jeito. Não podia recorrer àqueles velhos hábitos e simplesmente se mandar porque sua cabeça tentava lhe convencer que estava causando mais mal a Ilgaz ficando com ele do que saindo de cena. Agora, depois de tudo que haviam passado, a advogada já conseguia reconhecer que apenas causaria mais dano agindo assim.