IlCey One-Shots (Port / Eng / Spa)

4 - A Aposta

Finalmente, estamos de volta!

Dessa vez com uma fic bem leve e descontraída pra fugir um pouco desse clima de angst e drama pesado pelo qual a série tá passando!

Essa fic tem um plot bem bobo, mas a ideia é justamente ser algo mais superficial (e hot!). Não tem aquela carga emocional/analítica de outras histórias exatamente por isso. 

Então... vamos logo ao que interessa!

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A Aposta

— Vá para a Prisão — Ceylin leu em voz alta, seu rosto se contorcendo em uma careta de desaprovação.

— Ha! — Ilgaz levantou os olhos das fichas em sua mão e sorriu largamente para a esposa — vai retornar para sua segunda casa — ele se divertiu mais ainda quando Ceylin o fitou enfurecida.

A advogada não conseguiu pensar a tempo em uma resposta apropriada para a provocação dele, então limitou-se a mostrar a língua, deixando bem clara sua contrariedade.

— Se eu tivesse um cartão de saída da prisão, eu juro que o dava pra você — Defne comunicou à cunhada de forma solidária — já é a segunda vez que vai para a prisão apenas nessa partida — a garotinha se compadeceu.

— Duas vezes não chegam nem perto do recorde de Ceylin — Ilgaz falou com um sorrisinho no canto do rosto, sabendo que a irmã interpretaria aquilo como uma estatística de jogo ao passo que Ceylin entenderia perfeitamente bem ao que ele se referia.

Ilgaz soube que estava certo quando a advogada o fuzilou com o olhar.

— Você é uma pessoa maravilhosa — a expressão de Ceylin se suavizou quando ela olhou para a menina e tocou o queixo dela em um gesto carinhoso. Em seguida, olhou novamente para Ilgaz e moveu os lábios silenciosamente, de forma que ele pudesse lê-los mas Defne não pudesse ouvi-la — você não.

A risada aparentemente aleatória do irmão chamou a atenção de Defne.

Estavam sentados no chão ao redor da mesa de centro do apartamento no terceiro andar. Um enorme tabuleiro de Banco Imobiliário ocupava a maior parte do espaço. Bem próximo a eles, Çinar se acomodara no sofá, encarregado das fichas e das notas.

Ceylin olhou ao seu redor, reparando na sua modesta pilha de dinheiro. A sorte simplesmente não estava ao seu lado naquela noite. O patrimônio de Defne era um pouco maior que o seu, mas não chegava nem perto da quantidade de notas e número de propriedades que Ilgaz já colecionava.

Ele parecia conseguir fazer absolutamente tudo de forma competente e eficiente, o que às vezes tirava Ceylin do sério.

— Por que está com esse sorrisinho no rosto? — Ceylin implicou com o promotor — está tão seguro assim que já ganhou?

Ilgaz não respondeu com palavras, mas a forma com que levantou as sobrancelhas e inclinou a cabeça levemente para o lado, olhando de sua pilha de dinheiro para ela como se aquele desfecho fosse inevitável serviu para aumentar ainda mais a determinação de Ceylin de vê-lo perder.

A advogada passou as três rodadas seguintes na prisão e precisou pagar fiança para conseguir sair. Nesse meio tempo, Ilgaz comprou mais um terreno e acrescentou um hotel em uma propriedade, aumentando substancialmente sua fonte de renda.

— Estão com fome? — Ceylin perguntou após finalmente conseguir uma rodada com receitas positivas. Precisava de tempo para pensar em uma estratégia. Sem esperar por uma resposta, a advogada se levantou e foi até a cozinha — vou providenciar alguma coisa para comermos.