II

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 Acordo com os olhos muito pesados, mas estava tão quentinho e confortável, nem me dou ao trabalho de me mover. Porém, por uma força maior, algo me empurra levemente e eu me virou para entender quem atrapalhava o meu momento de conforto.... não deveria ter virado. Era ela, Marinette estava deitada do meu lado na minha cama...¿ não era a minha cama, nem mesmo a minha casa!

Confesso que adorei ver ela tão fofo dormindo, mas quando ela abriu os olhos entrei em pânico, não sabia o que fazer e nem o que dizer. Por favor, não me reconheça....

Adrien¿- ela coçou os olhos delicadamente- o que está fazendo na minha casa¿

Eu não sei, acordei aqui- me sentei, mas nesse momento senti minha cabeça pesar pela bebida- só sei que bebi de mais...

Eu também... AHHHH- tomei um susto com o grito, mais ainda quando notei que ela estava só de roupa intima- no...nós não...¿

Não o que¿! - sinta a falta da minha roupa também, e assim como ela, eu estava apelas de box- você quer dizer aquilo¿

Talvez... você acha que sim¿- ela parecia com medo disso, acho que talvez tenha sido a primeira vez dela- eu vou... sabe, colocar uma roupa.

Sim...- ela desce da cama com a coberta- não vou olhar.

Você sabe como viemos pra minha casa¿- ela começa a vestir a roupa dela.

Não- olho pela janela procurando o meu carro- mas não fui eu que dirigi.

Você sabe onde o seu carro está¿- olho para o lado e ela parecia nervosa- queria uma carona de emergência...

Posso encontrar ele- alcanço o celular no criado mudo para localizar o carro- onde você precisa ir de emergência¿

Pa..para o ginecologista...- ela desvia o olhar, parece muito mais preocupada do que envergonhada.

Sim...claro, eu te levo- eu tenho que perguntar- você está com medo de ter contraído algo¿ eu não tenho nenhum tipo de doença assim.

Não é isso, só quero saber se fizemos e se somos só dois nesse quarto...

Não entendi- volto o olhar para o celular que apita- achei ele, vou buscar e volto para te pegar.

Está bom, mas temos que tomar café primeiro- ela vai até o armário e pega umas peças de roupa- essas devem servir em você.

Obrigada, mas vou pegar o carro primeiro- visto as roupas e os sapatos- volto rapidinho.

Certo.... – Só então percebi, não era o quarto que eu ia quando estávamos na escola, ela se mudou¿ e os pais dela¿ assim que sai confirmei que não era a padaria dos Dupain-Chang, era um apartamento próximo da faculdade dela.

A casa que aconteceu a festa era a apenas umas quadras dali, em vinte minutos já estaria lá, então é rápido para buscar o carro. Ele estava sujo e cheio de garrafas e latas por cima, quero voltar logo para Marinette, ela parece tensa...

Entro no carro e dou partida, em menos de cinco minutos estou na porta do prédio dala. Quando entro sinto minhas narinas serem invadidas pelo café fresco, e quando o bolo acompanha a bebida, parece que um buraco negro se abre no meu estomago, chagava a flutuar até a cozinha de tanta fome.

Mari¿ deixei a chave na porta- me sento na bancada da cozinha enquanto a vejo servir duas canecas de café e fatias de bolo- nossa, parece ótimo. Muito obrigada.

Não foi nada....- o mortal silencio... vamos Mari, diga algo- você pode só me levar lá¿

No negócio lá¿ claro que não, vou com você- pelo menos não estamos em silencio mais- caso nos dois...sabe, tenho que estar lá também.

Seria Pedir Muito?!Onde histórias criam vida. Descubra agora