capitulo 1.

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  New York --  Angelina narrando.       

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Eu- Boa noite mãe. - dou um beijo na testa da minha mãe, com os olhos cheios de lagrimas vejo a pessoa que me botou no mundo dormindo, tão calma, e eu sinceramente não sei como ela está aguentando tudo isso com um sorriso no rosto como se ela não estivesse prestes a morrer.

 Pois é, a minha mãe ta morrendo, a cinco meses atrás a minha mãe passou mal em um desfile então levamos ela ao hospital e descobrimos um câncer de mama, mais já era tarde demais, ele já tinha se espalhado por todos os órgãos dela, não tínhamos oque fazer, nem as quimioterapias iriam ajudar, ela já estava morrendo. Ela foi a única que lidou bem com a situação, contamos para todo mundo da família e todos ficaram arrasado, mais mesmo assim ela não deixou se abalar, ela continuou firme e forte, e eu me orgulho disso, porque se fosse eu choraria o dia todo.

Saio do quarto indo pra sala de espera aonde tem habitado a mim e a minha família nesses meses, chegando lá só vejo a minha madrinha a Bia, sim a Bia é a minha madrinha mais ela e seu marido Caio  também me criaram então considero eles meus pais e como eu e a Helena crescemos juntas nos tratamos como irmãs.

Bianca- Como ela ta? - pergunta assim que me sento ao seu lado.

Eu- Acabou de dormir. - suspiro limpando as minhas lagrimas, minha madrinha me abraça apertado entendendo que eu não to preparada pra perder a minha mãe, eu não consigo segurar e choro, choro que nem uma criança e ela chora junto comigo.

Bianca- Chora meu amor, pode chorar, eu to aqui contigo. - 

Eu- Madrinha eu não posso perder ela....ela é tudo pra mim, ela tem que ver eu me casar, ela tem que ver eu formar a minha familia.....eu....eu preciso dela. - falo entre soluços, ela pega nos meus ombros me fazendo a olhar.

Bianca- Eu sei meu amor, eu sei disso. Todos nós precisamos dela, ela é a nossa luz. Mais ela ta sofrendo demais meu amor, pode não parecer porque ela esconde pra não nos preocupar, mais ela ta sofrendo, e ninguém ta preparado pra perder parte de si, alias, nunca ninguém vai ta preparado, e agente tem que pensar que ela vai estar em um lugar melhor, nos olhando lá de cima, sendo o nosso anjo da guarda e que lá ela não vai sofrer, que ela não vai sentir toda essa dor. - ela da pausa para limpar as lagrimas e então continua. - Então minha pequena, chore, chore oque precisar, mais quando entrar la dentro seja forte, ela precisa da gente mais do que nunca ta bom?

Eu- Ta bom. Ela precisa da gente agora. - assinto me encostando na tia Bia que me abraça fazendo um carinho no meu cabelo.

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New York -- 08:43.

Depois da minha conversa com a minha madrinha eu jantei e fui dormir na poltrona que tem no lado da cama da minha mãe, agente revisa os dias e ontem foi o meu dia de dormir aqui. A minha mãe já acordou tem um tempinho e agora ela ta me ajudando nas tarefas da escola que a Lena trás pra mim não ficar atrasada nas matérias.

Alice- Isso, agora divide esses números aqui e depois com o resultado tu multiplica com esse daqui. Entendeu? - me pergunta apontando pro caderno no meu colo.

Eu- Assim? - 

Alice- Isso, assim mesmo minha filha, agora é só fazer igual com os outros. - fala com  um sorriso orgulhoso no rosto, eu faço de tudo pra ver a minha mãe assim.

Eu- Ok dona Alice, já entendi. - dou risada.

Alice- Filha? - 

Eu- Oi mãe? - pergunto levantando a cabeça olhando pra ela, que me olhava com um sorriso triste no rosto.

Alice- Oque você quer ser quando crescer? No que você quer se formar? - me levantei da poltrona e me sentei ao seu lado na cama segurando as suas mãos quentes.

Eu- Eu sempre sonhei e sempre tive a necessidade de ajudar as pessoas, então eu quero ser uma medica mãe, uma medica obstetra. - minha mãe deixa algumas lagrimas caindo, e eu entendo o porque, então continuo. - Meu maior sonho é poder trazer uma vida ao mundo, ou ver que eu estou ajudando as pessoas. Eu quero ver os sorrisos das pessoas, eu quero poder examina-las e dizer que esta quase na hora do bebe nascer. - ela sorri enquanto eu limpo as suas lagrimas.

Alice- Tu sempre me falou isso quando eu te perguntava a tua profissão quando tu era criança. - riu, e apertou as minhas mãos. - Seja oque tu quiser minha filha, porque pode ter certeza que eu vou estar te aplaudindo de pé aonde quer que eu esteja. - Eu abraço a minha mãe, o mais forte que eu posso, sentindo o seu cheiro doce deixo minhas lagrimas caírem porque eu não consigo ser forte.

Eu- Luta mãe, por favor, luta por mim, não vá embora, eu não vou conseguir. - falo entre lagrimas e ela me aperta mais.

Alice- Eu to tentando minha Angel, eu to tentando. -  assim que ela acaba de falar a minha tia Bia entra no quarto.

Bianca- Gente, desculpa atrapalhar mais o medico ta vindo pra fazer os exames de rotina. E você tem que ir pra casa pequena. - fala dando um sorriso triste, eu me separo da minha mãe, limpando suas lagrimas e lhe dou um beijo na testa.

Alice- Tudo bem meu amor, vai lá e dorme um pouco, depois você volta aqui.

Eu- Ok, eu vou pra casa mais depois eu volto. - minha mãe e minha tia assentem e eu pego as minhas coisas e dou um beijo na minha mãe e na tia Bia. - Tchau gente, amo vocês.

Bia/Alice- Tchau meu amor, também te amo. - elas falam e eu saio do quarto. 

Assim que saio do hospital eu dou de cara com a multidão de New York e decido passar em uma cafeteria já que eu não tomei café da manha. Ando um pouco e entro em uma cafeteria de frente para a Times Square, faço o meu pedido e me sento em uma mesa ao lado da janela olhando pros anúncios que tem pendurado nos prédios, eu fico olhando ate que olho um que fazem os meu olhos se encherem de lagrimas.

No Morro Do Alemão.Onde histórias criam vida. Descubra agora