- "Kerin, Kerin"–Ouviu a mesma voz de novo.
A porta da sala secreta ainda estava aberta.
- "Kerin, Kerin"– Entrou na sala e viu a adaga.
Kerin se lembrou das palavras de Oliker.
- 'Uma bruxa, Donna, ela veio dizendo que iria ter o poder do meu pai e tentou mata-lo com uma adaga, mas a minha mãe recebeu o golpe, depois ela virou essa estátua'.
Kerin não pegou a adaga, mas sua mão foi apressadamente para a adaga.
- Kerin!
Quando Oliker a chamou ela olhou para ele e desmaiou.
- De novo não–Ele a segurou e a levou para seu quarto–Será possível que você não consegue se manter segura por cinco segundos?–Colocou ela na cama e se sentou em uma cadeira perto.
- Não vou mentir, você foi a primeira humana a me surpreender, soube que eu estava apaixonado e a saber da história da minha mãe, isso tudo sem ser uma de nós–Riu enquanto se levantava, foi pra frente da cama–Eu até estava pensando se não poderia ter chance de vocês dois ficarem.
Oliker sentiu mãos o abraçando e algo gelado em sua garganta.
- Acho que não vai ser possível, docinho–Ainda no "abraço" Oliker olhou para Kerin, seus olhos estavam violeta.
- Esses olhos, não são os seus.
- Não, não são, sentiu saudade?
Oliker ainda não estava entendendo.
- Sou eu bobinho, a mulher que matou sua mãe.
Oliker saiu do abraço, ainda não havia entendido, ele olhou para a mulher.
- Não se lembra de mim? Sou eu Donna, e é com grande prazer que vou matar o seu pai.
Donna, no corpo de Kerin, pula da cama e sai do quarto, procurando pelo conde Greenvy.
- Ah, aí está você.
O conde estava no andar de baixo e olha para Kerin.
- Acho que temos negócios inacabados, senhor conde.
- Kerin, o que você...–Quando olhou para os olhos de Kerin percebeu a diferença.
- Lembra disto?–Mostrou a adaga para ele, enquanto descia as escadas–Era pra esta adaga ter atravessado o seu peito, mas aquela bela mulher entrou no meio e levou o fim, que deveria ter sido o seu–Terminou de falar apontando a adaga para ele.
- A garota não tem nada haver com isso.
- Kerin...
- Oliker, sinto muito, mas essa não é a Kerin.
Oliker olhou para seu pai.
- Ela disse que se chamava Donna.
- O que está acontecendo aqui? Kerin, o que faz com essa adaga?
Aproveitando a distração, Donna foi pra cima do conde, mas Oliker ficou entre os dois.
- Não acho que esse assunto seja de sua importância, garoto–Disse Donna.
- É de suma importância, Kerin— Oliker Rebateu— Não faça isso.
- Kerin não está mais aqui, você não pode impedir ou fazer nada.
- Eu posso manter você longe dele.
- Tente–Ela sussurrou
- Com todo o prazer.
Oliker não tinha uma espada, mas se o fizesse, Kerin iria correr perigo, então ele apenas desviava dos golpes.
O conde se juntou a Tobias e Leilane.
- Conde, o que está acontecendo–Perguntou Leilane.
- Kerin pegou a adaga envenenada, está sendo controlada pela a bruxa.
- Bruxa?–Repetiu Tobias.
- Donna, ela tentou me matar a alguns anos atrás, mas acabou matando minha esposa no processo, consegui mata-la e escondi a adaga, por algum motivo essa adaga não pode ser destruída.
Aquilo parecia ser eterno, os dois eram bem habilidosos, mas um tinha que ganhar, Oliker foi empurrado na escada por Donna, quando ela estava a ponto de dar o golpe de misericórdia, algo acontece, Oliker ficou surpreso com aquilo, Donna colocou a adaga no próprio peito.
- Não!–Tobias deu um grito preocupado, mas o grito maior foi de Oliker, ele sabia o que aconteceria.
- Kerin–Leilane chamou, como se aquilo não fosse real.
Donna saiu de cima de Oliker e cambaleou até o meio do salão.
- Ohhh, que falta de sorte... novamente eu não consegui.
Oliker fechou as mãos em punhos e foi até ela.
- Como pôde? Ela não.
- Ela morreu assim.... que eu cheguei–Donna riu, era verdade, a alma de Kerin não estava mais em seu corpo, apenas a de Donna.
O corpo de Donna começou a ter uma aparência de madeira, ela estava virando uma estátua.
- Kerin!–Tobias tentou chegar perto, mas Oliker o impede, Leilane o segurou pelos ombros e o abraçou, tentando confortá-lo, mas ele se soltou de Leilane e foi até a estátua de sua irmã e a abraçou–Não!
- Oliker...
Oliker quase não podia acreditar em seus ouvidos, era a voz de sua mãe.
- Elise?–O conde ficou surpreso, mas ao mesmo tempo feliz, foi até sua esposa e a abraçou
–Está viva!–Oliker a abraçou também.
- Sim, parece que a maldição foi quebrada.
Tobias voltou-se para eles.
- Maldição?–A voz de Tobias fez eles olharem para ele–Então minha irmã teve que morrer pra você voltar?
- Tobias, a culpa não é deles, Kerin também não tem culpa, a culpa é da bruxa–Leilane disse tentando acalma-lo.
Tobias olhou para a estátua.
- E como eu vou falar para a mãe? E o pai? Como eles vão reagir sabendo que a filha mais nova deles virou estátua?
- O que?
O mais incrível era que a mãe e o pai de Tobias chegaram ao castelo antes do esperado.
- O que aconteceu?
Maerd olhou para o seu filho e depois para a estátua, lágrimas estavam em seus olhos.
- Não, não, não, não!–Maerd teve a mesma reação que Tobias.
Oliker não aguentava ver aquela cena, se teleportou para o quarto e se sentou em uma cadeira qualquer, começando a chorar.
Sua mãe foi para o quarto logo depois.
- Era sua amiga?
Oliker tentou esconder o rosto, Elise olhou para o quarto que tinha ao lado.
- Entendo, ela era sua....
- Não, ela não era nada.
- Nada? Filho, a última vez que ficou triste desse jeito, você tinha quebrado o pescoço de um passarinho sem querer.
- Não tem jeito de reverter isso?
- Isso é uma maldição, meu filho, não um feitiço, não pode ser desfeito.
Elise se aproximou e abraçou seu filho, Oliker continuava a chorar.__________________
A família Thompson tinha perdido dois membros da família no mesmo dia, conseguiram fazer o enterro apropriado de um, mas ficaram tristes ao saber que o outro nunca iria encontrar a paz.
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Bloodmate
VampireA família Thompson chega na vila Nowar e passam o verão na casa de Mustafar, pai de Maerd, eles foram convidados para assistir a algo que pode tira-los da pobreza, um leilão de um colar de pedras que Mustafar encontrou no meio da floresta, só que ni...