Verde

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A minha posição verde é quando eu me sinto mais insatisfeita comigo mesma. É quando eu sou animal de estimação, um pássaro com penas que não eram tão bonitas. É quando eu me sinto sobrecarregada, quando choro de noite, ou quando procuro na minha lista de contatos alguém para desabafar e percebo que só tenho eu mesma.
O verde é o medo e a angústia de viver presa aqui, com pessoas que não se importam de verdade, ou que só querem pisar em mim, me fazer de idiota até o último segundo. O verde é ser amassado e arrebentado, cortado em pedaços e pedir desculpas por isso. O verde é uma exposição a crueldade e a manifestações dos seres humanos querendo cada vez mais sugar a minha alma. Essa é a regra número 6, doe sua alma, se prometerem que depois disso te deixarão em paz. Eu sou minha própria refém, e eu me exponho aos traumas. Mas estou sempre sorrindo, independentemente de o quão desgraçados os outros são, ou o quanto pisam em mim sem saber. Eu sempre vou dizer que perdoo, mas ninguém estava lá quando eu decidi escrever um livro antes de desistir da minha vida de uma vez.

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