capítulo 11🖤

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Jade💖

Quarta feira

05:20

O dia tinha chegado e com ele veio o medo, nervosismo e ao mesmo tempo a ansiedade.

Mas eu faria isso, pela a minha mãe, só por ela, eu não conseguiria viver sem essa mulher, eu amo minha mãe mais que tudo nessa vida.

Vesti uma calça leggin preta e uma blusa solta rosa, calcei uma rasteirinha e fiz um rabo de cavalo nos meus cabelos, me olhei mais uma vez no espelho.

Olhei o celular e vi que eram 05:40 da manhã. Dv disse que quanto mais cedo eu sair mais cedo eu entraria lá.

Ele também disse que um vapor me levaria em todas as visitas e me buscaria, ele não poderia ir por quê precisaria tomar conta do morro.

Mas é menos mal né? Já pensou ter que pagar ônibus pra ir visitar bandido na cadeia pra fazer visita intima pra ele? Ainda mais o presídio sendo longe pra caralho, Deus me livre.

Peguei um casaco e meu celular e desci as escadas vendo que minha mãe ainda não tinha acordado, deixei um papel já geladeira dizendo que tinha saído pra ir no centro resolver umas coisas.

Sair de casa vendo que tinha um carro em frente a minha porta me esperando entrei no mesmo vendo que quem me levaria era o MT, desejei bom dia e ele fez o caminho .

06:20 am

MT afastou o carro um pouco afastado do presídio.

Mt: é o seguinte bailarina, tu vai entrar, hoje é só pra visita, tu vai entregar essa sacola transparente aí a ele, vai ficar até o horário da visita acabar beleza?

Jade: so isso?- sorri debochada, peguei a sacola transparente com as comidas e sair do carro batendo a porta, esses homens precisam é de uma mulher na vida deles.

Entrei em uma fila que não estava lá aquelas coisas

Tinha umas dez ou onze pessoas a minha frente, quando chegou a minha vez deu um arrepio por todo o meu corpo, nunca tinha estado em um presídio antes, passei pelo detector de metal e a sacola passou pela a esteira pra ser revistada.

Graças a Deus não é mais aquelas revistas que passou na série que eu assistir que tinha que ficar agachada nua em cima de um espelho pra ver se você carregava alguma coisa. Dei graças a Deus Deus pensamento e comecei a caminhar indo em direção ao pátio onde provavelmente estaria o f1

Entrei no pátio e comecei a procura-lo com os olhos, aquilo era uma espécie de gaiola, muitos carcereiros me olhavam e se perguntavam o que uma garota que parece ser tão bem de vida está fazendo aqui?

Encontrei ele bem afastado sentado em um banco na sombra.

Jade: oi- falei fria me sentando em um banco de frente pra ele

Ele me olhou de cara fechada, acho que por eu ter aceitado isso agora, ele pegou a sacola que estava na mesa e ainda continuava com o mesmo assemblante.

Evitei olhar pra ele enquanto o mesmo comia aquela comida que dv tinha mandado.

F1; eai bailarina, qual o teu nome mesmo?- ele perguntou olhando pra mim.

Jade: Jade- disse encarando um ponto fixo em cima da mesa.

F1: nome bonito que nem a bailarina - ele disse abrindo um sorriso meio amargo.

Jade: obrigada- sorri sem mostrar os dentes, ele tinha umas tatuagens pelo o corpo definido, sua cara de mal era evidente.

Ficamos assim por um tempo, eu olhava pro tempo mas sentia seus olhares em cima de mim.

F1: qual foi bailarina? Tá com medo de olhar pra mim é?- ele disse tocando nos meus cabelos

Jade: oxe, não- olhei pra ele.

F1: faz balé a quanto tempo?

Jade: morava no asfalto desde novinha, comecei aos sete anos e parei aos vinte.

F1: tá aqui por que? - sei que ele ja sabia o motivo.

Jade: você não precisa saber da minha vida F1- falei tentando não ser rude.

Ficamos em silêncio, voltei a olhar pro ponto fixo e ele me encarava, poha namoral não tava afim de falar sobre a minha mãe logo pra esse cara, nem o conheço. Olhei pra ele e seus olhos transmitia fúria, acho que pelo o motivo dele nunca ter sido tratado assim.

F1 tá acostumado a ter tudo e ter todas na hora que ele quer, é isso que eu sei sobre ele lendo sobre o mesmo nos sites de fofocas do morro, mas nunca postavam uma foto dele, apenas seu nome era citado em tudo.

Um tempão depois um carcereiro veio avisar que já tinha encerrado as visitas, arrumei as coisas na sacola enquanto ele ainda me olhava e me levantei.

Jade: tchau- falei encarando ele e me levantando indo pra saída daquela gaiola

Não estava fazendo aquilo por que eu queria e muito menos por que eu estava gostando, eu estava fazendo por ela apenas por ela, e eu não preciso saber da vidinha dele e muito menos ele saber da minha.

É melhor assim, não quero criar vínculos logo com o dono do morro.

Sair do presídio sentindo uma leveza nos ombros e fui caminhando até o carro do MT que logo deu partida indo pro morro sem falar nada.




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O que acharam do nosso futuro casal? Ou talvez nao? Ksksksk

visita íntima🦋 (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora