N/A: Esse conto contém um certo nível de degradação verbal.
Eu sou o Gabriel, tenho 21 anos, sou filho único de um filho único, logo, não tenho irmãos e nem primos. Meu pai Marcos, herdou a fazenda dos pais e minha avó sempre dizia, que ele era o maior orgulho da vida dela. Meu pai nasceu de um casamento arranjado, meu avô era 20 anos mais velho que a minha avó, que casou com 15 anos, as coisas naquela época eram diferentes e muito ruins pras mulheres. Meu avô era alcoólatra, abusivo e violento, fez da vida da minha avó um inferno, mas ela dedicou a vida dela, a fazer meu pai ser um bom homem e não uma cópia do meu avô. Então ela aproveitou todos os anos da infância e início da adolescência e, quando meu pai entrou na adolescência e meu avô o arrastou para aprender os ofícios da fazenda, ela aproveitou as viagens do meu avô e continuou a ensiná-lo. No fim, meu pai ficou com aquele jeito meio bruto de homens do interior, mas ele é gentil, paciente, educado, sempre procura a melhor forma de resolver os problemas, sabe cuidar e administrar a casa e cozinha. Isso tudo para um homem de 38 anos, nascido e criado no interior e com um pai violento foi um milagre e, por isso, minha avó tinha tanto orgulho dele. O único vacilo foi meu pai ter engravidado minha mãe, quando ele tinha 17 e ela 16. Meu avô ficou possesso, porque minha mãe era filha de um dos peões da fazenda, eles esperaram eu nascer pra resolver a situação e, assim que eu nasci, meu avô deixou claro que minha mãe nunca teria direito a nada dele. Foi aí que minha mãe se demonstrou uma interesseira, ela fez de tudo pra arrancar dinheiro do meu avô e quando não conseguiu ela sumiu no mundo, com um velho rico da região. Minha avó sempre deixou claro que ela era interesseira, mas nunca me maltratou e cuidou muito bem de mim enquanto esteve comigo, minha avó não queria que eu tivesse uma imagem ruim dela. Interesseira sim, mãe desnaturada não.
Sempre fui indiferente a isso, ela era uma adolescente imatura de 16 anos, cuidou de mim nos primeiros meses, até desmamar, me deixou seguro com minha avó e sumiu no mundo. Nunca tive raiva ou rancor por ser abandonado, apenas indiferença. E sendo o filho que minha avó criou para ser, meu pai cuidou de mim, enquanto conciliava escola e trabalho e, quando ele precisou ir pra faculdade, ele me deixou com minha avó e se esforçou para formar antes do tempo e voltar pra mim. Deu certo, ele foi pra faculdade de agronomia quando eu tinha 1 ano e voltou quando eu completei 4, depois disso nunca mais a gente se separou, meu avô morreu quando eu completei 6 anos. Meu pai passou a vida apanhando dele de graça ou apanhando por defender minha avó, então quando ele morreu ninguém lamentou. Cresci feliz e tranquilo com meu pai e avó, até que minha avó nos deixou quando completei 15, morreu dormindo, não sofreu nem nada, quando encontramos ela, tinha um sorriso e um semblante tranquilo no rosto. Sofremos muito com a morte dela, principalmente porque um ano antes eu tinha me assumido gay e por algum motivo que eu nunca entendi, isso nos aproximou muito. Ela andava comigo pra cima e pra baixo, decidiu que iria me ensinar tudo o que sabia, mandou reformar meu quarto na fazenda, me encheu de presentes e me defendia com unhas e dentes. Meu pai achava engraçado e nos apoiava incondicionalmente. Quando penso sobre isso, sinto que de alguma forma ela sabia que não me veria formar, não veria meu casamento, que o tempo dela tava acabando e quis viver tudo comigo enquanto podia. Foi nessa época que meu pai contratou Enrico, um peão da mesma idade dele que seria o seu braço direito, pra ajudar na fazenda, Enrico morava na casa grande com a gente porque já era conhecido do meu pai de anos então ele confiava nele.
Bom, demorou mas superamos a perda, honrei sua memória e seus desejos, passei a viver mais livre, mudei meu estilo e mostrei realmente quem era o Gabriel. Uma poc afeminada muito bem resolvida consigo mesma e que tava pronta pra viver a vida. Quando meu pai percebeu que eu era uma poc afeminada e delicada, ele me chamou pra conversar. Querendo ou não eu sou herdeiro de uma fazenda, mas nunca gostei muito de botar a mão na terra e mexer com os animais, então quando terminei o ensino médio, meu pai me perguntou se eu pretendia fazer um curso para assumir a fazenda ou ele deveria treinar outra pessoa. Fui sincero com ele, pretendia fazer administração para cuidar da fazenda mas não tinha a intenção de botar a mão na terra. Assim, meu pai começou a treinar o Enrico para assumir essa posição, iria coordenar os outros trabalhadores e prestaria contas a mim, que administraria a fazenda. Fiquei feliz por ele não me pedir pra fazer agronomia igual ele e me apoiar na minha decisão, principalmente porque eu tinha prestado vestibular naquele ano mesmo e já tinha sido aceito em algumas faculdades. Dois meses depois eu fui pra cidade para cursar a faculdade, agora 4 anos depois, com 21 anos eu voltei pra fazenda e quase morri. Enrico mudou radicalmente nos últimos 4 anos e soube assim que olhei pra ele, que eu precisava ser a fêmea daquele macho. Enrico tinha emagrecido, tinha virado adepto ao crossfit, seu corpo estava malhado e definido, ele deixou a barba crescer e deixou num formato quadrado, o que realçou sua boca e seus olhos cor de mel. Penteado moderno, coxas grossas e bunda definida, os braços musculosos cobertos por pelos pretos e uma mala marcada na calça, que não devia ter menos que 18cm.
Eu quase caí de joelhos na frente dele, tamanha a fraqueza nas pernas que eu senti, quando vi ele. Minha boca secou, meu pau deu uma fisgada e meu cu se contorceu, nós dois temos a mesma altura, porém eu sou magro, corpo definido mas nada de músculos grandes e trabalhados, cabelo até os ombros, os mesmos olhos mel, cintura fina e quadril largo marcando o famoso corpo violão, bunda grande, unhas bem feitas porque não sou obrigada né mores, corpo depilado e um pau de 18cm. Quando cheguei na fazenda Enrico vestia um jeans justo, uma blusa xadrez que parecia que ia rasgar nos braços e um chapéu de cowboy, já eu vestia um cropped mostrando a barriga e uma bermudinha mais curta. Enrico estava junto com meu pai que abriu os braços pra mim, sorriu e veio me abraçar. Disse que morreu de saudade e estava muito feliz pela minha conquista, passamos o dia juntos botando a conversa em dia e as fofocas dos últimos 6 meses, já que eu sempre passava as férias com eles. Nós acertamos minha função na fazenda e durante toda a conversa eu não conseguia parar de olhar pro Enrico... dois dias depois comecei a trabalhar e a pensar numa forma de ter Enrico pra mim.
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Valentim - Série Daddy - Livro 1
Short StoryConteúdo não recomendado para menores de 18 anos. obs: todos os livros da série mostra relacionamentos de caras mais velhos (os daddy) com caras muito mais jovens, porém ambos são maiores de idade.