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Sexta-feira dia do jogo.

Eu estava suada e muito cansada o time contra quem estávamos jogando era realmente bom. As meninas não davam uma brecha e eu já havia tomado umas quinhentas faltas, mas me mantinha firme. A todo o momento eu corria meus olhos na arquibancada vendo minha namorada gritar feito uma doida assim como minhas amigas e minha família. Mas o meu olhar mesmo sempre parava sobre o olheiro de Stanford, eu estava tentando dar o melhor de mim.

Estávamos no segundo tempo e a gente perdia de 1x0. Droga nós não podíamos perder. Na lateral do campo eu via o quanto o treinador Park gritava.

Eu estava no meio do campo quando recebi a bola, passei por duas jogadoras e fiz uma tabela com a Priscilla. Eu estava praticamente na cara do gol e eu poderia fazê-lo, mas eu vi que a zagueira já estava vindo para me marcar, passei meus olhos rapidamente em volta e vi que a Pri havia se livrado da marcação então esperei a zagueira chegar e a cortei deixando o caminho livre para eu poder tocar para a Priscilla e eu o fiz, assim que toquei a Pri bateu de primeira fazendo a rede balançar. Corri indo abraça-la.

- Porque não chutou para o gol? – Me questionou.

- Porque você era a melhor opção.

- Obrigada, mas você deveria tentar impressionar o olheiro. – Falou séria.

- Não, eu quero ganhar e não o impressionar, se ele gostar de mim será assim.

- Quando é que ficou tão madura? – Dei de ombros.

- Ei Jauregui vem aqui. – O treinador Park me chamou.

- Oi treinador.

- Presta atenção estamos empatados e falta cinco minutos para o jogo acabar eu quero que você pegue essa bola e vá para a área sem passar para ninguém. – Franzi a testa sem entender o porquê daquilo.

- Mas treinador eu preciso das meninas para fazer o gol.

- Eu sei disso, mas você viu como a marcação em você é pesada? – Assenti. – Então faça isso que eu tenho certeza que elas vão tentar te parar e nada melhor que elas fazerem uma falta em você dentro da área que nos daria um pênalti.

Sorri largo com a ideia dele, essa seria a nossa oportunidade de virar o jogo. Como ele havia pedido eu retornei ao campo e sussurrei para Pri me passar à bola e que ela me acompanhasse caso eu perdesse para ela pelo menos tentar recupera-la.

Assim que eu recebi a bola saí em disparada para dentro da área, eu ia driblando todas as jogadoras que eu conseguia e assim que entrei na área a zagueira que mais me bateu no jogo estava ali e como o treinador disse ela veio para me parar. Ela me deu um carrinho fazendo com que meu corpo fosse para o alto girando e caísse contra o chão, ela sorriu largo para mim. Levantei-me e sorri mais ainda quando ouvi o apito do juiz indicando que havia sido pênalti.

- Toma acho que é mais do que merecido você bater o pênalti. – Kátia me entregou a bola sorrindo.

- Obrigada.

Peguei a bola e coloquei na marca do pênalti. Eu estava nervosa demais e com medo de errar, pois esse seria o último lance do jogo e estava em minhas mãos para gente ganhar. Respirei fundo e olhei para a arquibancada, minha namorada parecia que estava tendo um treco lá. Passei meus olhos por todos e eles pararam sobre o olheiro. Ele estava com a mesma postura desde o início.

Tentei me esquecer disso e me concentrei no jogo eu encarava o gol tentando decidir aonde chutar. Então o apito soou e parece que tudo ficou em silêncio, eu não ouvia mais nada então respirei fundo e fui em direção à bola, bati de peito de pé e assim que chutei eu fechei meus olhos. Mas logo senti corpos se colidindo com o meu. Abri os mesmos e vi que a bola estava dentro do gol, eu havia chutado no meio e a goleira tinha caído para o lado esquerdo. Tínhamos ganhado meu Deus esse era uns dos jogos mais importante, pois como ganhamos a gente trazia para a escola o troféu, pois passamos a temporada inteira invictas. Esses jogos eram tipo campeonatos, mas não contava com um apesar de ter troféus. 

Cᴀᴍʀᴇɴ •We Belong• ½T (ᵍⁱⁱᵖ)Onde histórias criam vida. Descubra agora