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Quando entramos no quarto os gêmeos foram correndo em direção ao Daniel gritando por ver o estado do pai.

- Ei fiquem calmos eu estou bem! – Daniel tentava acalma-los, mas estava impossível.

- O que aconteceu pai? Por que você está assim? – Bea perguntava desesperada.

- Ei meu anjo fica calma, eu fui assaltado. – Quando Daniel disse isso eu sabia que eles não iam engolir, pois Lauren deu a mesma desculpa.

- Nossa hoje é dia de assaltos? – Bernard perguntou desconfiado. – Lauren veio com a mesma estória. - Daniel me encarou não sabendo o que dizer e eu muito menos se Bernard não engoliu a estória de Lauren não seria a de Daniel que ele engoliria.

- Nossa a Lauren foi assaltada também? – Bernard o encarou com a cara de “qual é? Eu sei que isso é mentira”. – Eu nem sabia que ela tinha voltado da viagem, pois ela nem apareceu hoje na gravadora.

No meio de todas essas confusões Lauren e Daniel tinham conseguido por a gravadora para funcionar e ela já estava indo bem, também Lauren era muito conhecida nesse ramo e Daniel fazia sucesso em Nova York, eles seriam a combinação perfeita se não fosse o modo ao qual que eles eram ligados.

- Ela também está machucada papai, mas bem menos que você. – Bea disse suspirando e Daniel me olhou, eu apenas dei de ombros e fiquei constrangida com a situação tanto quanto ele.

- Mas agora nós dois estamos bem e bom eu e a sua mãe queríamos conversar com vocês. – Senti meu corpo estremecer, mas me mantive firme.

- Aconteceu algo? – Beh perguntou visivelmente preocupado.

- Vem vamos nos sentar. – Daniel falou e a gente sentou na cama do Bernard o silêncio se instalou e acontece que nem eu e nem Daniel sabíamos como começar isso.

- Então vocês não vão dizer nada? – Bea perguntou e ficou nos olhando ansiosa.

- Certo... – Daniel deu uma pausada suspirou e voltou a falar. – O que sua mãe e eu temos para dizer é que nós estamos nos separando. - Os dois nos olhavam com os olhos arregalados de tal forma que estava nos assustando, eles não diziam nada então eu resolvi quebrar o silêncio.

- Vocês não vão dizer nada? – Perguntei baixo o suficiente para eles ouvirem.

- Por q-que? – Bea perguntou com a voz estrangulada, ela estava a ponto de chorar e vê-la assim me machucava demais.

- Por que nós não estamos mais dando certo meu amor então sua mãe e eu nos decidimos que seria melhor assim. – Daniel dizia com uma sutileza enquanto Bea deixou uma lágrima escapar. – Mas nada vai mudar entre a gente porque eu continuarei vendo vocês e sua mãe e eu seremos amigos.

Bea começou a chorar e Daniel foi até ela a abraçando enquanto Bernard permanecia do mesmo jeito, ele não olhava para nós apenas encarava um ponto fixo em sua frente parecia estar digerindo tudo.

- Filho não vai dizer nada? – Daniel perguntou o tirando de seus devaneios, Bernard olhou para nós dois e saiu do quarto correndo. – Beh volta aqui.

- Não, fica. – Interrompi Daniel de se levantar. – Fica aqui com a Bea que eu vou falar com ele. Sai do quarto e escutei barulho no fundo de casa fui até lá e encontrei Beh chutando umas latas, ele estava visivelmente irritado. - Filho calma as coisas vão ficar... – Ele me olhou e seus olhos estavam vermelhos devido às lágrimas, senti os meus marejarem por saber que eu era a causadora daquilo então ele me interrompeu devidamente bravo.

- É POR CAUSA DELA, NÃO É? – Ele gritava o mesmo estava surtado. – EU SEI QUE É POR CAUSA DELA, ESSA HISTÓRIA DE ASSALTO PODE COLAR COM A BEA, MAS COMIGO NÃO E EU SEI QUE ELES BRIGARAM.

Cᴀᴍʀᴇɴ •We Belong• ½T (ᵍⁱⁱᵖ)Onde histórias criam vida. Descubra agora