Capítulo sete. Mãe

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A perda de Li aumentara o vazio de Fēng. Assim que escapara deles, ela voltara para a floresta longínqua que estivera, para cuidar do bebé recém-acordado que sentira frio. Antes de cobri-lo com as roupas dela, Fēng levara-o para junto da fogueira, onde sentira a sua última sensação de estar viva.

É estranho pensar que não temos mais vida, mesmo sabendo que podemos caminhar, respirar, pensar, mas naquele momento Fēng soubera o que estivera prestes a ser. O que estivera prestes a tornar-se.

O mais difícil de dizer adeus aos seus sentimentos, é quando os seus últimos são de dor. No caso de Fēng, dor e tristeza foram a sua última essência de vida. Naquela noite, encostada ao calor, Fēng chorara como nunca. Lembrara do tudo o que passou, desde as regras estritas de sua mãe às brincadeiras e liberalismos de seu pai. Desde o momento que vira Ming pela primeira vez, quando a fizera sentir-se pela primeira vez aceite, desde a última vez, que matara o seu amigo Li.

Depois de chorar, o bebé começara a berrar, e preocupada, Fēng começara a tirar a roupa e a cobri-lo. Depois de tirar a roupa, tudo o que lhe houvera sobrado eram as cuecas. Nem sequer sutiã Fēng tivera. Mesmo com roupas, o bebé não aguentara aquele frio, e usar tantas roupas pode sufocá-lo, então Fēng tentara ao máximo não tapar as zonas importantes, bem como ficar perto da fogueira para aquecê-lo. Fēng sentira um frio intenso, mas desde que escolhera ser forte, não haveria temperatura que a afectasse.

Um ano e oito meses antes (obs: Não recomendado a menores de 13 anos. Se tiver menos pule para próximo subtítulo)

Enquanto Ming saira da vila para apanhar alguns alimentos, ele parara numa zona muito escura, lamentando-se sobre a recém morte de seu companheiro Tseu. Durante aquele local todo silencioso e deserto, Ming vira muito à sua frente uma luz amarela alaranjada. Aquela luz estivera no chão, e não houvera nenhuma tocha que a iluminasse, parecera ser um fenómeno raro. Com o tempo, a luz se aproximara a ele, e ele preocupado começara a afastar-se dela, até ficar ela fazer um círculo nele impossibilitando-o de sair.

Aquela luz vinda do chão fizera aparecer um fogo do nada, que ficara enorme... E desaparecera. Tudo em questão de segundos. Ming ficara completamente confuso.

- Boa noite, eu suponho. - Dissera uma voz grossa a sua trás.

Ming virara-se aos poucos, e quando vira a sua figura entrara em estado de choque. Ele era todo vermelho, grande, com asas nas escostas e chifres na cabeça.

- Tu és... Tu és...

- Sim. Sou. E tu deves ser Ming.

Ming caira no chão e rastejara na direcção contrária aterrorizado

- Ouvi dizer que conheceste um ser poderoso. Temo que deva dizermo.

- Eu... Não sei do que fala.

- Ou... Devo ter consultado então a pessoa errada não?

Aquele ser abrira a mão e surgira fogo nela como forma de ameaça

- Shù. O nome dele é Shù.

- Que estranho. Para alguém que controla o vento, árvore (Shù) é meio esquisito. De qualquer das formas, és me útil.

Depois de pegar em Ming, aquela criatura criara um círculo gigante de fogo, onde colocara ele... E possuíra-o. Depois daquela noite, Ming perdera a sua vida. Naquele momento, a criatura que o controlara só tivera uma ambição: encontrar o tal ser poderoso capaz de controlar o vento.

Actualmente

Enquanto Fēng caira num sono profundo no chão, os seus sentidos a alertaram. Uma coisa se aproximara deles. Fēng tão logo que se apercebera levantara-se, checara o bebé, e tentara procurar por algum indício de perigo na zona que mais a chamara a atenção. Olhara para a as florestas... E encontrara uma grande criatura.

Os Quatro Elementos: FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora