Os Quatro Elementos: Fogo

Capítulo nove. Chama-me Chung

Perdida na sala de espelhos, Fēng olhara para o espelho gigante e logo associara a ideia de ser o portal, mas se ela fosse, todos os restantes poderiam segui-la, então tivera uma ideia um tanto maluca.

Posicionando-se em baixo do portal, Fēng usara os seus poderes que fizeram o absurdo, nunca antes visto: todos os espelhos daquele local caíram de tal forma que se partiram. Aqueles espelhos eram especiais e indestrutíveis, mas não o suficiente para para uma mãe/mulher com um propósito.

O portal também caíra, mas em cima de Fēng, que fizera-a passar e tudo o resto partir, impossibilitando a passagem de saída de qualquer outro.

Assim que chegara ao mundo normal, Fēng decidira correr, e de tão otimista que estivera, há quem diga que correra 45 km/h, há quem chegue a dizer 60, mas o que é certo é que ela não estivera para brincadeiras. O melhor disso é que ela não sentira dor naquele momento, se sentira as pernas doridas, a sua mente ignorara-a.

Depois de chegar, ela entrara na casa de Sey, e encontrara tudo bagunçado. Tigelas partidas no chão, a mesa virada, insectos mortos em todos os compartimentos. Quando entrara para o quarto, ela não encontrara a cama, em vez disse encontrara a Seyoung numa ponta com as pernas e braços cruzados encolhida.

- Fēng. Ah, ainda bem que voltaste. Foi um caos. - Dissera respirando ofegantemente.

Fēng não dissera nada, em vez pegara no pescoço e levantara-a.

- O que fizeste com a Sey?

Ela nem se deu ao trabalho de fingir, com o seu braço ela pegara com força a cara de Fēng. Tentando chegar ao olhos, Sey pega também na outra parte da cara com seu outro braço, e Fēng não fizera nada. Segundos depois Fēng controlara o vento e empurrara-a com força na parede, deixando-a imobilizada.

- Espero que tenhas parado com as tuas brincadeirinhas. Agora diz-me. O que fizeste com a Seyoung?

- Preciso mesmo de dizê-lo? - Sorrira. - Eu matei-a.

Fēng contivera-se.

- E os filhos que estavam com ela?

- Mesmo caminho.

Mesmo magoada, Fēng olhara fixamente para Sey, até perceber o quão assustado aquele "demoniozinho" estivera.

Fēng sorrira.

- Tu não fazes ideia de onde está. Ela deixou num sítio onde não podiam alcançar longe daqui.

Sey não respondeu.

Fēng saira dali sorridente. De facto nada parara a sua alta auto-estima.

...

O sol se estivera a pôr, e não houvera sinal de Fēng ainda. Mas estivera tudo controlado. Ming prendera os principais guardas numa corda perto de uma fogueira, onde ameaçara matá-los caso otimissem informações, e eles não diziam uma única palavra. Nem mostraram sequer medo ou dor.

- Eu vou perguntar só mais uma vez. - Dissera Ming pela quinta vez. - Onde está Fēng?

Ninguém respondera.

Ming quisera mostrar que não estivera para brincadeiras, então mandara um seu irmão começar a acender uma fogueira e com tochas espalharem por toda a vila. Aquele irmão não roubara o corpo de ninguém, logo todo o mundo pudera ver a sua verdadeira identidade.

Depois de lançar olhares severos aos seus prisioneiros, Ming vira um seu irmão voar disparadamente para a sua direcção oposta. Poderia ser uma tarefa que havia se esquecido, poderia ser uma mudança de planos, enfim havia milhares de explicações, então Ming nem se dera ao trabalho de perguntar.