Meu colega de equipe bateu pela décima vez no acrílico onde separava os ratos do resto no mundo.
-Da pra parar de mexer com a experiência? Se eu fosse o Erin (um dos ratos) arrancaria minha cabeça pra não ter que olhar pra sua cara feia.
-Disse quem vem na escola desde o ensino fundamental pra ver meu rostinho lindo.- Ele apertou meu nariz.
-Vou te dar a chance de conseguir meu perdão e fazer minha parte no relatório de hoje dessa pesquisa brilhante que vai mudar a humanidade e... - Antes que ele pudesse terminar seu epílogo enorme e dramático dei um peteleco na testa dele e sai da sala enquanto o sinal que indicava o fim das aulas tocava enquanto ele gritava atrás de mim.
-Não grite nos corredores. - O vice-diretor velho e rabugento disse me fazendo diminuir o passo o suficiente para Yuta me alcançar.
-Hey eu ainda não terminei.
-Ainda bem!
-Promete que depois da convenção de ciências vai parar de reclamar tanto. Vai ficar cheia de rugas com essa micro expressões de raiva a cada 5 minutos.
A convenção de ciências.
Uma chance única de mostrar ao mundo qualquer descoberta notória em física e química. As melhores das melhores escolas estariam lá e vários doutores em química e física também. Nossa pesquisa é sobre um vírus capaz de reverter a morte cerebral. Uma verdadeira 2 chance pra todos que morreram. Combinado com criogenia gênios poderiam ser eternos.
-Você trouxe guarda-chuva? - Yuta disse me tirando dos meus devaneios.
-Não. - Suspiro pesadamente.
O céu estava desabando do lado de fora da faculdade.
-Toma eu te empresto o meu. - Ele disse antes de passar o cachecol ao redor no meu pescoço e me entregar um guarda-chuva.
-A final seria problematico se você ficasse doente à três dias da convenção né? E além do mais minha casa não é tão longe daqui. - Ele disse antes de correr na chuva na direção oposta a minha.
De qualquer forma isso ainda é estranho. Como uma pequena calmaria antes da tempestade.
Ou talvez eu estivesse me preocupado demais afinal eu e meu parceiro de laboratório nunca estivemos tão bem.
3 dias depois
Eu me obriguei a levantar mesmo que eu quisesse continuar na cama depois de ter perdido no pedra papel tesoura com o okkotsu sobre quem iria nos representar hoje.
De qualquer forma isso duraria pelo resto do meu dia se eu não tivesse que ir monitorar as cobaias minutos antes do yuta aplicar o vírus no primeiro ser humano e não tivesse visto a cena que mudaria minha história para sempre.
Eu não tive ao menos tempo de pensar direito antes de correr em direção a convenção com meu celular em mãos tentando ligar para o yuta.
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Um capítulo de início bem curtinho só pra contextualizar um pouco sobre a continuação da história.
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𝐀𝐋𝐈𝐂𝐄 𝐈𝐍 𝐇𝐀𝐘𝐋𝐎𝐅𝐓, yuta okkotsu
Fanfic𝐡𝐞𝐲 {𝐧𝐨𝐦𝐞}, 𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐞 𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐨𝐬 𝐬𝐚𝐥𝐯𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐨 𝐦𝐮𝐧𝐝𝐨 Tóquio seria uma cidade linda se agora não tivesse prédios exuberantes abandonados e milhões de carros pegando poeira pelas ruas enquanto agora se...