1995

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Nesses anos todos eu pensei que Voldemort tivesse morrido assim como muitos outros, mas Bella deve ter rogado alguma praga ao dizer que ele iria retornar pois isso realmebte aconteceu. Ontem quando a marca voltou a queimar, parei no cemitério com mais alguns comensais e Harry estava lá, e Cedrico Digory morto do outro lado, eu sabia que era Harry pois seus olhos eram iguais ao de Lilian. Após Voldemort gritou com nós dizendo que nenhum de nós buscou o trazer de volta, porra, eu achava que ele estava morto! E se soubesse dessas horcruxes mais cedo eu mesma teria ido atrás delas e as destruir. Dei mais uma olhada para Harry que também me olhava mesmo eu estando de máscara e logo todos vamos embora.

De volta para casa, olho para o mural que fiz de anotações sobre Harry e Sirius que mesmo procurando por ele, não o achei, ate ontem nunca mais tinha visto Pedro, aquele maldito traidor, deveria ter lançado um avada nele e em Voldemort e que se...menos palavrões Megan, menos palavrões...e que se dane! (É o máximo que consigo).

Ouço a porta da frente bater, desço para o andar debaixo e vou até a cozinha, vejo Remus preparando chá. Ele se vira para mim e com lágrimas nos olhos eu corro e o abraço quase o derrubando, ele me abraça também.

-Aluado!-falo com a voz trêmula

-senti saudades Meg-falou

-faz tempo que não o vejo passar por essa porta, esta acontecendo algo?-pergunto e ele volta a olhar o chá

-você já deve saber das noticias recentes né-apontou com a cabeça para meu braço

-ah sim...eu estava lá ontem, eu vi ele, vi Harry e o filho dos Digory-digo e ele apenas assente com a cabeça

-agora que ele voltou, vai ser bem provável que a ordem se reúna outra vez-alertou

-eu já esperava por isso, creio que vai ser apara ajudar Harry não é mesmo?-assentiu

-ajudar Harry e Hogwarts que possivelmente sofrerá ataques guiados por ele

Retirou a chaleira do fogão e serviu duas xícaras de chá, me entregou uma delas e fomos nos sentar no sofá. Com um estalar de dedos, acendo a lareira e aparece um prato de biscoitos com gotas de chocolate na mesinha de centro, estendo o braço e pego um e o levo até a boca.

-já se encontrou com ele?-agora ele não se refiria mais a Voldemort e sim a Sirius

-não-encurvei as costas e tomei um gole do chá que queima minha língua-ele não entrou mais em contato comigo depois daquela noite-ele assentiu com a cabeça 

-sabe que ele te amou muito não é?-estremeço com o "amou"

-sei...e eu o amo ainda mais, me arrependo por ter feito certas escolhas-como outro biscoito para evitar falar muito sobre o assunto

-eles te enganaram, não foi sua culpa-sua mão repousou em cima do meu ombro me confortando-ele também não te culpa.

-fui ingênua demais em relação a minha família, deveria saber que eles teriam feito qualquer coisa para que eu me juntasse a eles. Embora, nunca entendi realmente o por que deles me quererem tanto, hoje nossa família não passa de uma piada para eles, mesmo assim...sinto pena do meu sobrinho, ser manipulado e forçado constantemente por Lucius não é nada fácil, eu entendo, estive no seu lugar-desabafei olhando para a xícara em sua mão e observo a fumaça sumindo no ar quando chega a uma certa altura 

-eles te queriam porque voce é forte Megan, voce é uma das bruxas mais brilhantes que conheci, claro que na escola sempre aprontava uma coisa ou outra-soltou uma risada nasalada antes de continuar-todos a admiravam por isso, inclusive Sirius. 

-é apenas questão de tempo até Voldemort chamar a mim e os outros, quem voce acha que vão matar dessa vez? Ou me forçar a matar?-perguntei como se fosse uma pergunta muito feita no dia a dia e ele recuou 

-eu espero que ninguém-tomou de sua bebida e a deixou em cima da mesinha

-é, eu também. Voce tem sorte, conseguiu passar um tempo com Harry, o mais próximo dele que fiquei foi ontem. Mas não poderia simplesmente ir até ele e dizer "olá Harry, voce não deve se lembrar de mim mas eu sou sua madrinha!".

-voce ainda vai ter muito tempo para o conhecer quando tudo isso acabar Megan-abriu um sorriso amarelo e se levantou arrumando sua roupa-agora eu tenho que ir embora, passei apenas para ver como estava e avisar sobre a ordem.

Me coloquei ao seu lado e com um abraço apertado nos despedimos, antes de sair ele ergue o braço e mostra a pulseira que fiz para ele e diz nunca ter a retirado (apenas nas noites de lua cheia) sorriu ao falar isso e foi embora. Tranquei a porta e fui até a pia lavar a louça, sei que poderia usar uma simples magia para essas coisas simples, mas já não faço muita coisa além de ler, olhar vitrines de lojas de roupas e um ou duas vezes recusar gentilmente a cantada de algum cara aleatório. Olho para para o chão e vejo meu furão brincando com seu brinquedo, o apelidei de Almofadinhas, pois da vez em que o transformei em um, era parecido com ele.

My Boy-Sirius BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora