Being taken care of

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Pov Ariadne;

— Ainda não consigo entender o motivo disso.—Juliana indagou brava abrindo os laços do meu vestido outra vez,minhas costas ainda ardiam e latejavam ao mesmo tempo,dormir esta noite foi uma coisa complicada e devo ter cochilado por no máximo umas duas horas.

—E desde de quando meu pai precisa de um motivo para me chicotear?—retruquei rápido,fazendo uma careta em seguida quando por fim Juliana conseguiu abrir a parte de cima do meu pijama,ela o tinha feito para aqueles eventos,Juliana se preocupava tanto comigo que passou a noite costurando uma roupa para que que não sentisse dor durante a noite mas era impossível fazer isso,mesmo que a roupa não tocasse nos machucados em minhas costas.

—Sinto muito Ariadne.—comentou com tristeza na voz e conseguia sentir seu olhar sobre minhas costas,tenho toda a certeza de que era possível ver os tons de vermelho nas minhas costas.

—Não precisa me dizer isso,faz parecer como se tivesse culpa de tal coisa.—a olhei por cima do ombro e então a mulher me fez um gesto para tirar o cabelo das minhas costas e devagar o fiz afinal qualquer coisa faziam com que minhas costas ardessem um pouco mais.

—Poderia ter lhe alertado que seu pai estava nervoso.—seus dedos foram até a bandeija cheia de remédios estranhos e por mais esquisitos que fossem eram os únicos que faziam com que minhas costas melhorassem com mais rapidez e me deixassem dormir a noite.

—Não coloque a culpa em você,quando não é a pessoa que ergue um chicote para mim.—a repreendi fazendo um gesto brusco para olhá-la e em seguida xingando em minha mente,talvez neste tempo entre a morte e a minha vida nova tenha esquecido o quanto isso latejava e ardia.

—Pode ser indelicado de minha parte mas porquê o duque faz isso?Porquê lhe castiga como se fosse...—não terminou sua frase como se estivesse receosa.

—Meu pai tem ódio nas veias,apenas o desconta em mim.—expliquei sentindo por meio segundo minhas costas relaxarem com o gel líquido que Juliana espalhava cuidadosamente nas minhas costas,em seguida minha pele começou a sentir incômodos com os toques mas de certa maneira já estava acostumada aquilo.

—Quantas foram dessa vez?—pegou mais um pouco do gel verde estranho que passava em minhas costas e as deixavam geladas por um tempo mas pelo menos não faziam elas arderem tanto quanto os outros que tentei usar antes que Juliana visse o que meu tio Julian fazia comigo.

—Nove.-senti o corpo de Juliana se enrijecer atrás de mim como se estivesse surpresa com a quantidade,não era o menor número mas ao mesmo tempo não era o maior.

—Sinceramente não entendo o porquê faz isso com você,desde que soube fiquei assustada porque de forma alguma merece isso,não fez nada de errado.—a voz saiu em um tom raivoso como se pensasse que aquilo fosse injusto e de certa forma,era injusto.

—Ninquém merece ser chicoteado,não desejo isso nem mesmo ao meu pior inimigo.—quero me vingar por tudo o que meu tio fez junto com Despina mas não teria coragem de erguer um chicote para os dois,esse era o meu limite,não iria chicotear meu tio ou Despina pelo que me fizeram,irei deixar que eles paguem da forma que achar justo mas isso não.

—Desculpa.-pediu quando me referi ao fato de ninquém merecer ser chicoteado.

—Juliana estava com raiva,não precisa me pedir desculpas.—comentei fechando os olhos com força quando a mesma deslizou a mão pelas minhas costas com um pouco mais de força.

—Machuquei você?—perguntou preocupada e neguei com a cabeça sorrindo fraco percebendo que pelo menos nestes momentos Juliana ficava tão preocupada que não ligava nem um pouco se me chamava de senhorita ou pelo nome,talvez nem notasse que fazia tal coisa.—Sei que cuido disso a anos mas deve doer sem nem mesmo que alguém toque.—sugeriu a dor e de certa forma a mulher atrás de mim cuidando das minhas costas estava completamente certa.

The Secrets of a Court   Onde histórias criam vida. Descubra agora