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S/n correu para fora da casa, e seguiu Mirabel, que adentrou a Casita, com Dolores.

- Hey! Eu cresci com medo de escutá-lo gaguejando. Posso até ouvir o som do Bruno murmurando. Com um som de areia que não para de escorrer. Tsc, tsc, tcs - Dolores cantava guiando Mirabel com sua dança. S/n observava tudo, cantando junto - Bruno com seu dom foi nos assustando. Toda a família foi aos poucos pirando, com suas profecias tão difíceis de entender. Dá pra entender?

A cena mudou rapidamente, e Mirabel e S/n estavam num lugar escuro. Como um porão.

- Perdão, Bruno... - S/n cochichou à si mesma, sabendo que iria cantar cada pedaço da música

- Ser abismal, vive no porão. Se chamado tal, verás o apagão. - S/n observava Camilo cantar enquanto se transformava em Bruno várias vezes. Ela sorria ao ver ele cantando e dançando - Quando for dormir, vai te consumir.

- Não falamos do Bruno, não, não, não. - Pepa, Félix, Camilo, Dolores e S/n cantavam juntos - Não falamos do Bruno!

E a música seguiu.

S/n dançando e cantando junto com todos. Sempre ficando perto de Camilo, que as vezes a girava como em uma dança realmente.

Ao fim, eles cantaram juntos.

- Não fale do Bruno!

- Por que eu falei sobre o Bruno!? - Mirabel perguntava

- Não mencione o Bruno!

- Não sei por que falei sobre o Bruno! - Mirabel diz

A música para. Todos estão no hall da Casita, indo para a sala de jantar, com os Guzman.

- Vem conosco, Hermosa? - Camilo perguntou estendendo a mão para S/n

- Desculpe... Mas eu vou achar a solução pra isso.- S/n levantou o indicador, que já havia sumido por Inteiro.

- Ah... - Camilo suspirou - Precisa de ajuda? - Sorriu leve

- Não agora. Mas obrigado. - S/n beijou a bochecha de Camilo rapidamente, que corou.

S/n então saiu correndo para um lugar já conhecido.

O quadro da parede da passagem para o esconderijo de Bruno.

Ela atravessou sorrateiramente, e fez o mesmo caminho ate lá.

Chegando lá, bateu na porta cinco vezes na porta de madeira, dizendo a frase para afastar o azar.

Bruno, do lado de dentro, estranhou as batidas. Mas foi atender, receoso.

- S/n? - Bruno perguntou surpreso. - O que faz aqui?

- Boa tarde pra você também, señor Madrigal. - S/n disse, fingindo uma cara fechada

- B-boa tarde... Desculpe, e-eu... - Bruno gaguejou nervoso, mas S/n começou a rir

- Você é muito fofo. - S/n sorriu e adentrou a "sala" de Bruno - Mas então... - disse se sentando numa cadeira ali - Será que podia me ajudar numa coisa?

- Tudo que estiver em meu alcance, eu faço. - Bruno sorriu se sentando na sua poltrona

- Pode me adotar, por favor? - S/n brincou novamente, e viu a cara nervosa de Bruno, que já iria começar a gaguejar. - Eu tô brincando! - ela riu, e Bruno sorriu corado - Olha, eu... precisodeumavisão.

- O que?

- Eu... Preciso que veja o futuro pra mim. - S/n dizia brincando com seus dedos

- Ah, isso... O-olha - Bruno se levantou - Eu não tenho visões faz tempo, sabe... S-será que não tem outra coisa que eu possa te ajudar? Afinal, por que precisa de uma visão?

S/n então levantou sua mão, e seu anelar estava sumindo também.

Bruno encarou confuso, e se sentou novamente.

- O que é isso...? - Perguntou confuso

- É... Eu meio que vim de uma outra realidade, e eu acabei levando o Camilo pra lá, mas como ele estava começando a desaparecer lá, eu e ele voltamos, e agora sou eu quem estou sumindo, e não consigo mais voltar à minha realidade, e se eu não voltar, posso deixar de existir nas duas realidades! - S/n estourou. Então ela encarou a cara confusa de Bruno.

- Espera... Existem outras realidades? - Bruno perguntou, e viu a expressão de "Sério?" de S/n - Q-quer dizer... Nossa, eu... Como será que posso te ajudar?

- Eu queria que vê-se o futuro pra mim... Ver se vai dar tudo certo. - S/n suspirou cabisbaixa

- Eu... Eu não posso ter uma visão, S/n. Me desculpe, mas eu não tenho nem um lugar pra realizar meu ritual de visões. - Ele disse suspirando

Um silêncio se fez. S/n ainda estava encarando o chão, sem esperanças. Então Bruno segurou sua mão, em forma de conforto. S/n sorriu fraco, e Bruno também.

Então, um ruído de ratos foi ouvido. Bruno se levantou rapidamente.

- Meus ratos... Precisam de mim. - Ele disse - Fique aí, tudo bem? - ele disse colocando seu capuz e cobrindo seu rosto, e indo em direção à porta. - ¡Yo ya vuelvo! (Eu já volto)

- Ok, Hernando. - S/n sorriu ao ver Bruno sair rapidamente.

Ela analisava o lugar onde ele vivia. Sua renite estava começando a atacar? Sim, mas ela poderia suportar isso.

Ela analisou a mesa onde Bruno havia desenhado seu próprio prato...

Ela acariciou o desenho tristemente. Era horrível saber que ele foi rejeitado pela própria família, e que ele ainda amava ela, mesmo depois de todos falarem mal dele, ou não falarem dele.

- Você vive aqui? - Mirabel disse entrando no quarto, com Bruno.

"Ele vai ter uma visão!" S/n penso animada


















N/a:

Gostando? Espero q SS 💃❤️

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