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Todos do lado de fora da Casita gritavam para Mirabel sair.

Até que S/n percebeu algo. Olhando fundo à casa, viu Mirabel caindo no chão com a vela, mas a porta, cadeiras e outros objetos que iriam lhe proteger não estavam lá. Nenhum objeto se moveu.

- Essa não. - S/n exclamou - Eu vou lá.

- Ta doida!? - Camilo exclamou - Vai desabar em cima de vocês duas, S/n!

- Não vai, relaxa. - S/n disse e correu para dentro da Casita.

- O que ela tá fazendo? - Dolores perguntou preocupada

- Acho que... Ajudando.

S/n correu procurando algumas coisa grande, para proteger Mirabel e a ela mesma.

Achou então uma porta com dobradiças, e a arrastou o mais rápido possível para perto de Mirabel.

- O que faz aqui? - Mirabel pergunta

- Só relaxa e cuidado! - Ao dizer isso, sentiram toda a casa desmoronar em cima da porta que as cobria

Tudo despencou, como no filme.

Mas era diferente estar lá. Era mais... Dolorido. Não tanto fisicamente, mas estar numa casa que gerações cresceram com dons e agora está desabada... É triste.

S/n então tira a porta de baixo das duas, e Mirabel estava paralisada, vendo que não sobrou nada da vela em suas mãos.

- Ei... Fica calma, Mirabel. Não era culpa sua, não foi culpa sua.- S/n diz tentando consolar, mas a expressão de Mirabel não muda

- Ei, você está bem, borboleta? - Julieta chega e chama a filha, segurando seu rosto - E S/n, como você está? Se machucaram muito?

- Não, não, eu tô bem... - S/n sorriu forçadamente e começou a andar pelos destroços da casa.

Então ela pensou, e adentrou a floresta, sem que ninguém visse.

Ela achou Bruno conversando com seus ratos.

-... Ok, ok, todos parados, por favor? - Ele dizia levantando o polegar - Vamos lá. Brunito? - ele chamou e um rato pigarreou - Certo, Ruañito? - outro rato fez o mesmo.

E uma longa lista de nomes criativos foram chamados, além dos ratos que estavam nos cabelos de Bruno, escondidos.

- Beleza, e só falta o... Bruno Jr! - Ele disse e encarou S/n, que segurava um pequeno rato nas mãos.

- Esse aqui, certo? - perguntou acariciando o ratinho - Aqui. - ela sorriu e entregou o pequeno para Bruno.

- Ele mesmo... - Bruno sorri e pega o rato - E então... Como estão minha família? Todos arrasados? E minha mamá?...

- Estão todos arrasados mesmo... - S/n suspira - Provavelmente, agora estão procurando a Mirabel, que está no riacho chorando... Depois, sua mãe vai lá conversar com ela, conta a história de como seu pai faleceu... - Ela diz receosa e Bruno faz uma expressão triste - E elas fazem as pazes... Ai você vai lá! - S/n sorri

- Eu? Espera, como você sabe de tudo isso? Você também vê o futuro? - Ele Pergunta

- Digamos que... É como se eu tivesse vindo do futuro... É complicado de explicar. - S/n suspira rindo

- Bem, é legal ter uma amiga que... Saiba do futuro, como eu. - Bruno ri se sentando no chão.

- Amiga? - S/n pergunta se sentando ao lado do mais velho

- Ah, meu Deus. E-eu não quis dizer isso, é que... A-achei que fôssemos amigos, m-mas se não quiser, tá tudo bem, sabe? E-eu nem sei por que...

Então S/n segura a mão de Bruno, que a encara confuso.

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