Taehyung não sabia se tinha feito o correto. Não sabia se ter assumido a identidade do irmão gêmeo no dia de seu casamento era a decisão mais sensata.
Taesook havia desistido, e agora cabia a Taehyung casar-se em nome do irmão para não botar tudo a...
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JUNGKOOK
- Não quero descer. - Soobin sussurrou com as mãos embaixo do queixo, me olhando atentamente com os olhos bem abertos. Sorri olhando pra ele, terminando de desligar o vídeo game.
- Porque não quer descer? - É sua família... Eles gostam de te ver.
- Eu sei... Ficam apertando as minhas bochechas, dizendo que sou bonitinho e tudo... Mas por trás eles falam mal. Falam que não tenho pai e que é tudo culpa do meu papai Taehyung... Por ele ser irreposável. - se atrapalhou na pronuncia da palavra, talvez sem saber o verdadeiro significado.
- Irresponsável? - corrigi, e Soobin sorriu. - É bobeira. Nada disso é culpa do seu pai, mesmo que eu não saiba como aconteceu. - cheguei perto dele, parando ao seu lado meio triste. - Não deve acreditar nisso, Ok? O seu pai é o único que vai te amar em todas as circunstâncias e tenho certeza que ele daria a vida dele por você. Não deixa ninguém te por contra ele nunca. Nunca.
- Tá bom tio Jungkook. - prometeu. - Ninguém nunca vai me por contra ele
- JUNGKOOK? - entrou falando alto, e nem precisei olhar no colar pra saber qual dos gêmeos era. - Ah, você tá ai. - apoiou as mãos na porta, olhando em minha direção e de Soobin.
- Que foi agora Taesook? - me joguei no sofá esfregando a testa, imaginando o que esse maluco iria me inventar agora. Soobin estava quieto, olhando pra ele como se planejasse algo.
- COMO ASSIM O QUE FOI? Meus parentes querem ver meu marido... Acho que você devia descer pra falar com eles, não é? - disse ironicamente, pondo a franja para trás. Olhei em direção a Soobin que me olhou também. Adotamos a mesma cara de tédio. - Vai Jungkook, é pra hoje! - apressou-me.
- Não vou em lugar nenhum porque você quer. - expliquei atentamente, quase soletrando as palavras. - Se já esqueceu, estamos quase divorciados! Se querem ver seu marido, arranje um e vá apresentá-lo. - Os lábios de Taesook se separaram quando me olhou pasmo, quase sem acreditar que eu estava falando isso. Soobin deu um risadinha baixa.
- VOCÊ NÃO PODE FALAR ASSIM COMIGO JUNGKOOK! - gritou. - E você pirralho? TÁ RINDO DO QUE? SE NÃO TEM MAIS O QUE FAZER NÃO?
- Hei, ABAIXA ESSE TOM E PARA DE GRITAR COM ELE! - Respondi ficando de pé na hora, irritado pelo rosto triste que Soobin adquiriu. Isso me trouxe uma raiva enorme, como se fosse meu dever fazer com que ele sempre sorrisse.
- PORQUE EU DEVERIA? - ironicamente foi entrando no quarto. - Ele riu de mim. Não passa de um moleque mimado e bastardo... - Antes que ele pudesse continuar, segurei seu pulso com muita força.
- CALA A DROGA DA BOCA! Se não eu juro que não respondo por mim. - O rosto dele foi de ironia a medo. Pude sentir em seus olhos um pavor enorme por que... Porque ele jamais havia me visto assim. Sempre tive paciência em relação a Taesook, nunca extrapolei os limites e cheguei a tocá-lo enquanto brigávamos... Mas agora eu podia sentir a pulsação dele nos meus dedos de tão forte que o segurava.
