Capítulo 6

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20 de março de 2022

Passaram-se dez dias desde que Heyoon acordou, e ela vem melhorando cada vez mais. Na verdade, depois de ter feito todos os exames necessários, tomado soro e mais algumas coisas que precisava, ela melhorou, pelo menos, noventa por cento. Josh estava com ela vinte e quatro horas por dia. O homem não ia embora nem para tomar banho, pois, assim que a mulher acordou, ele levou um tanto de roupa para lá e, só voltou para sua casa uma vez, que foi para levar as roupas sujas e trazer limpas. Apenas.

Justin ainda se sentia culpado, ele não teve uma conversa decente com Josh, eles trocavam apenas alguns olhares e conversas padrões ou sobre Heyoon e Hina, nada mais. O homem tinha conversado com Heyoon, que apenas pediu para o pai ignorar o fato de ter desistido fácil assim.

Já Billie estava de boa sobre isso, aliás, ela nunca desistiu da filha, ela mesmo disse que ela acordaria. A mulher teve pouca conversa com a filha, apenas para saber como ela estava se sentindo e se precisava de alguma coisa. Billie se aproximou mais foi de Hina, ela passou a ficar mais com a filha, tinha até a levado para andar no shopping, para tentar distrair a filha um pouco ou fazê-la feliz, já que nesses meses todos, a menina não deu um sorriso sincero.

Hoje, dia vinte de março, seria o dia em que Heyoon iria sair daquele hospital — finalmente, como ela mesma dizia. Josh estava radiante, ele não tirava o sorriso do rosto, assim como a própria Heyoon, que parecia a mais calma e tranquila de todos desde que acordou.

— Licença. Eu trouxe a sua alta, preciso apenas de sua assinatura e da sua mãe, que está como responsável por você. — Lamar apareceu segurando o papel da alta.

— Ela não está, doutor — Josh respondeu, antes de Heyoon falar algo. — Saiu com Hina e com Justin.

— Ah... — Suspirou. — Okay. Só assine então, Jeong — falou, apoiando o papel na mesinha, onde a morena foi assinar. — Te falei todas as recomendações médicas há alguns minutos, mas eu vou reforçar uma: por favor, não faça esforço essa semana.

— Pode deixar, doutor — murmurou.

— Certo. Então, está liberada.

As coisas já estavam organizadas e no carro. Faltava apenas a alta, o que agora já tinha feito. Lamar saiu do quarto, alegando que tinha uma consulta agora. Josh sorriu para a namorada e estendeu a mão, a morena sorriu de leve e entrelaçou seus dedos.

Os dois caminharam para fora do quarto, passaram pela recepção, onde foram avisar que mais tarde Billie viria acertar tudo o que precisava, e logo saíram do hospital.

Heyoon soltou a mão de Josh e suspirou, caminhando devagar em sua frente. O homem sorriu mais, colocando as mãos no bolso da calça.

— Amor, vem. Vou te levar para um lugar antes de te trancar em casa — falou, com humor no final e tirando uma risada da garota.

— Aonde vai me levar? — perguntou, se aproximando em passos lentos.

— Segredo — ele falou, sorrindo.

— Me dê uma dica só, poxa. — Ele negou.

— Não senhora. Vamos. — Abriu a porta do carro para a mulher, que entrou.

Ele fechou e rodeou o automóvel, entrando e dando partida. Heyoon olhou para os lados, apertando as mãos. Ele sentiu um pequeno nervosismo, não entendia o motivo. Será que o acidente teria causado algum trauma?

— Coloca o cinto, amor — pediu baixo, quando percebeu que o namorado estava sem, assim que pararam no primeiro semáforo.

Josh olhou para ela, iria dizer que era perto e que não precisava, mas acabou cedendo, sem dizer nada. Ele havia percebido sua tensão assim que entrou no carro, mas acho que era apenas ela curiosa.

— Tá tudo bem? — perguntou, trocando a marcha e continuando seu caminho.

— Eu não sei — ela falou sincera. Não sabia mesmo o que estava havendo.

— Tem medo? — perguntou, olhando-a de relance.

— Eu sinto... algo. Um frio na barriga. Parece que... eu não sei. Parece que eu não estou segura — murmurava baixo. Odiava parecer frágil.

— Está segura, meu amor. — O homem trocou a marcha e estendeu a mão, com a palma virada para cima, a fim de segurar sua mão, mas a mulher negou.

— Coloque no volante.

— Tudo bem.

Josh ligou o rádio e colocou uma música, para tentar distrair Heyoon. Aos poucos a mulher foi relaxando, mas não estava cem por cento. Ela começava a cantar baixinho, enquanto olhava pela janela. O clima estava fechado, parecia que iria chover a qualquer momento, mas ainda estava claro. Estava um dia nublado, porém gostoso. Eles gostavam desse clima, inclusive.

Assim que chegaram no local, Josh estacionou e desligou o carro, fazendo com que Heyoon soltasse um suspiro praticamente inaudível. Eles desceram e deram as mãos. Caminhavam devagar até chegar em um campo aberto. Ali, dava vista do horizonte, parecia que não tinha fim. Não tinha Sol aparente, mas, atrás das nuvens, estava colorido em degradê: amarelo, laranja, vermelho e um roxo claro. Estava lindo.

Heyoon soltou a mão do homem e caminhou em frente, enquanto respirava fundo o ar limpo. Ela se sentia livre de novo. Parecia que ficou anos naquele hospital, o que, para ela, era um pequeno exagero, levando em conta que ela apenas estava consciente há um mês. Josh estava, novamente, com as mãos no bolso da calça, enquanto olhava sorrindo para a mulher.

Heyoon tinha um enorme sorriso no rosto. O vento começava a soprar um pouco mais forte, fazendo com que ela sentisse os pelinhos de seus braços se arrepiarem um pouco, por conta do vento.

Josh se aproximou devagar, passando seus braços por ela e a abraçando por trás. A mulher se aninhou, abraçando os braços do homem e deitando a cabeça em seu ombro. Ele beijou sua bochecha e apoiou o queixo em seu ombro.

— Eu senti falta do ar puro.

— Eu imagino.

— Você está bem? — perguntou, olhando para cima.

— Sim, eu estou. Só sentia sua falta. Senti falta do brilho que minha vida tinha. Você acordou e as cores do mundo voltaram. — Heyoon soltou um riso nasal. — Eu não saberia viver sem você, minha pequena.

— Não precisará viver sem mim, meu amor. Eu estou aqui e vou ficar.

— Nunca mais te deixo sozinha, Heyoon.

— Possessivo — brincou, tirando um riso dele. — Não quero que me deixe sozinha, Josh Beauchamp.

— Jeong — falou, como se completasse o nome.

— Beauchamp Jeong?

— Se você aceitar, sim.

— Como assim, Josh? — A mulher o encarou, agora confusa.

— Quero você comigo, amor — murmurou, apertando mais ela. — Casa comigo, vida? — Mostrou a aliança, que havia comprado há muito tempo.

— Você é doido! — Gargalhou.

— Por você!

— Eu te amo! — Se virou, o abraçando. — Caso, príncipe.

— Eu te amo.

Selou seus lábios. Agora sim, tudo estava entrando no eixo. Agora sim, Josh estava voltando a ser feliz. Agora sim, sua vida está continuando.

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KATIAUUU

Quilindos

E aí, tão bem??

Não se esqueçam do voto
Caso verem erros sinalizem

Até mais <3

Wake Up, Please - HeyoshOnde histórias criam vida. Descubra agora