O Visconde Ea Dama Da Noite| Bridgertons

Capítulo 2☄️

Kalliope

Mas quem disse que eu conseguia dormir? Quem disse que conseguia descansar??

Eu estou no mundo de Bridgerton, quero ir a abiles e ser cortejada, quero viver uma história emocionante!

Eu estava eufórica, mas quando a noite chegou e o jantar devorei eu caí no sono como uma criança.

No dia seguinte estava animada, hoje, hoje é o baile, mas consegui disfarçar o ânimo com uma expressão desinteressada.

— A senhora está nervosa? -questionou Alice.

— Não! Por que estaria? Eu pareço nervosa? -arregalei os olhos.

Ela sorriu.

— Nem um pouco. -negou.

— Oh, que bom. -suspirei aliviada.

Ela prendeu os meus cabelos em um penteado elegante.

— Por que prender sempre o cabelo? -questionei.

— É a etiqueta, mulher solteiras devem permanecer com os cabelos presos, se soltarem, devem ter alguma parte dele presa, o que acham politicamente correto, apontam que se soltarem completamente, estarão provocando os homens.

— Humpf, que besteira. -bufei.

— Também acho, mas temos que lidar com isso. -suspirou.

— Vou mudar isso, pode ter certeza. -falei.

Ela riu.

— Talvez a senhora possa debater o assunto, mas acho que não resolva, é algo de muitas gerações. -ela disse.

— Vai vendo. -falei.

— Se for com os cabelos soltos, pode ser criticada, então, presos, e estão bonitos. -ela sorriu.

Eu me encarei no espelho, realmente, estão muito bonitos.

— Não estarei debutando, certo? -a encarei.

— Só se quiser, mas acho que debutando ou não, a senhora vai atrair muitos olhares do sexo oposto. —falou— até mesmo, muitos pretendentes.

— Só espero não ser incomodada.

Ela riu.

— A senhora vai ser perseguida pelo o salão, por uma fila de homens a reboque, e receberá cantadas. -falou.

— Ridículo. -falei, no sotaque espanhol.

Ela riu.

— Boa sorte, senhora. -ela disse.

Eu pus os brincos de pérolas.

— Creio que precisarei. -me ergui.

Estou em um vestido de tom branco, repleto de pedrarias brilhantes, na mesma moda que o livro e a série.

— Aconselhável, luvas. -ela disse.

— Por Dios. -choraminguei.

Essas luvas vão me fazer suar as mãos.

Ela me ajudou a por as luvas, o tecido delicado e liso passando por elas, de cor branco marfim.

— Se algum descarado a agarrar.

— Oh, eu sei como se dar um bom soco. —soltei uma risada— mais que um soco, sou faixa preta.

— Faixa preta? -questionou confusa.

Eu pisquei.

— Bem...

Eles sabem o que é karatê?